- BOMBA ATÔMICA -
- 27 -
- FOGO NO CÉU -
Há milhares de quilômetros, no
espaço, um meteoroide viaja em direção à Terra, a mais de 75 mil quilômetros por
hora. Com cem metros de diâmetros, ele tem um enorme tamanho sendo capaz de
reduzir tudo a cinzas ao se chocar com o chão. Os astrônomos já o identificaram
antes mesmo do impacto. Viajando pelo espaço a mais tempo do que o período de
existência de vida, na Terra, sua jornada interplanetária logo chegará a um fim
violento quando a gravidade do planeta o capturar. A massa rochosa invade a
atmosfera onde a resistência do ar a desacelera um pouco e a esquenta, fazendo
a se transformar em uma gigantesca bola de fogo até que a rocha, por fim
explode. Uma onda de choque com a força de milhares de megatons atinge o solo.
O ar quente, resultante do impacto viaja a centenas de quilômetros por hora
fazendo desmoronar tudo o que tem pela frente, levantando um tsunami colossal
de um tamanho vertiginoso como nuca d’antes visto. Tudo explode e vira
destroços em pleno oceano. Inclusive barcos, Yates e navios. Ilhas parecem
feitas de papel. Os moradores dessas ilhas nem chegam a temer a destruição,
pois a morte o persegue de uma vez por todas. A explosão pode vista e ouvida a
milhares de quilômetros de distância onde existem oceano e terra na parte leste
da África do mar Mediterrâneo. No centro do mar, tudo está arrasado. A
devastação é impressionante. Milhares de habitações destruídas em lugar onde
havia terra. Milhares de mortos, se era possível contar. As perdas são
incalculáveis podendo chegar a bilhões de dólares. Nos territórios próximos,
tudo está em ruínas. O mar revoltou
cresce a cada instante invadindo continentes mais próximos. A Terra é
exterminada.
Cientista:
--- Nunca pude imaginar que essa
bola de fogo chegasse a Terra! – declarou assustado
Miranda
--- Pior é quando esse tsunami
atravessar o Atlântico! – alarmou o brasileiro
Brams
--- Nós vamos virar macacos! –
declarou Otto Brams totalmente assustado
Os objetos vindos do Céu, são
rochas. Pedras de ferro chamadas de meteoroides que orbitam o Sol. O nosso
sistema solar evoluiu a partir de um disco de gás e poeira. A gravidade reuniu
esses cases e poeiras interestelares em pedados de material em pedaços de
material rochoso que cresceram com o tempo transformando-se nos nove planetas.
No centro, a força gravitacional do astro solar mantém os corpos celestes em
órbita. Um asteroide é, simplesmente, um meteoroide especialmente grande que
chega a 900 quilômetros de circunferência. Quando cruzam com a órbita da Terra
poderão colidir com ela. Fora do cinturão de asteroide existem outros corpos
celestes, como meteoroides e cometas esparsos. Os cometas são bolas de sujeiras,
gás e rochas congeladas formados nos pontos mais distante do sistema solar.
Eles, também, orbitam o Sol.
Brams
--- Quando o cometa se aproxima do
Sol o gelo evapora, solta parte da sujeira o que provoca a cabeça esfumaçada e
a poeira mais fina vai para a cauda. – explicou o cientista.
Apesar de cometas raramente
atingirem à Terra, as sujeiras de sua cauda, muitas vezes, invadem nossa
atmosfera. Nosso planeta ganha, todos os anos, dezenas de milhares de toneladas
com esses corpos espaciais de rápido movimento.
Vitória:
--- O corpo vem de todo o frio do
espaço a velocidade cósmica, e logo passa a desacelerar pelo atrito com a
atmosfera. – falou a cientista
A atmosfera da Terra se estende por
mais de mil quilômetros acima do planeta e é formada, na maior paste, de
nitrogênio e oxigênio. Se o corpo invasor for grande o bastante, do tamanho de
um grão de areia, ele se incendiará em um fenômeno visível, conhecido como
meteoro ou estrela cadente.
Campo Belo
--- Nós a vemos sem o telescópio
porque ele é muito brilhante. E por dois segundos a partícula de poeira pode
iluminar o céu e nós vemos o meteoro.
Mas alguns meteoroides são grandes
o suficiente para atravessar a atmosfera sem se queimar completamente. Quando
eles aterrissam são chamados de meteoritos.
Brams
--- O meteorito é aquilo que
podemos encontrar no solo. Ele só se torna um meteorito quase pousa no solo.
Recapturando: no espaço é um
meteoroide. O meteoroide muito grande é um asteroide. E se cria na atmosfera, é
um meteoro. E se aterrissou, é um meteorito. Os meteoritos, na grande maioria,
são pequenos, entram sem ser percebidos e aterrissam sem causar problemas.
Ocasionalmente, eles produzem verdadeiras bolas de fogo à medida que desaceleram
pela atmosfera. Às vezes, os meteoritos são bastantes assustadores. Existem
gigantes sorrateiros viajando pelo nosso sistema solar. As colisões com os
maiores são raras. Mas acontecem causam catástrofes globais. A ciência demorou
a reconhecer essa ameaça. Apenas 40 anos atrás, a maioria dos especialistas
ainda não tinha certeza de que asteroides e cometas sequer chegavam a atingir à
Terra.
Vitória:
--- Geólogos, biólogos,
antropólogos duvidavam e não conheciam o significado de tudo isso como os
impactos podiam estar relacionados. – confirmou
À medida que conhecemos melhor
esses MONSTROS do céu alteramos a
percepção da história do nosso planeta e de sua segurança. Quando fomos
atingidos, no passado, o que aconteceria se fossemos atingidos, hoje? Nosso
passado pode oferecer pistas geológicas e históricas. Há 65 milhões de anos
passados, a milhares de quilômetros, no espaço, um monstro desse tipo se dirige
à Terra a mais de 65 mil quilômetros horários. Um asteroide ferro voa para uma
inevitável e violenta colisão com o planeta Terra. Com cerca de dez quilometros
de ponta a ponta, ele tem, praticamente, o tamanho do Monte Everest. Grande
demais para passar despercebido ele é capturado pela gravidade da Terra e
inicia sua rápida viagem pela atmosfera. O asteroide atinge o planeta com cem
milhões de magatons de TNT, o equivalente a mais de sete e meio milhões de
bombas de Hiroshima, criando uma cratera de 270 quilometros de diâmetros. Uma
bola de fogo com raios de 285 quilometros incinera tudo que está a seu alcance.
A 1.600 quilometros de distância uma ventania superaquecida viajando a quase
740 quilometros horários incendeia o que cruza o seu caminho. A até 320
quilometros do impacto a massa de rocha fundida expelida após a explosão
inicial, enterra as criaturas. Espécies desaparecem em minutos. Em horas, o calor
gerado pela colisão eleva a temperatura a níveis abrasadores, em todo o
planeta, cozinhando quase todos os seres terrestres. Os raios solares somem
rapidamente em um ambiente de sujeira de fuligem que dura anos. A Terra é uma
paisagem desoladora. Quase 70 por cento das espécies desaparecem. Uma era
glacial envolve o planeta durante anos. Apenas as mais fortes criaturas
resistem.
Eras atrás o sistema solar era o
lugar mais violento. Os impactos, na Terra, eram mais comuns. Mas asteroides e
cometas, desde então, se chocaram contra outros planetas. Ou acabaram expulsos
do sistema solar. Mas os monstros monolíticos continuaram pairando no sistema
solar. Com o tempo, os meteoritos passaram a estar nos centros de rituais civis
e religiosos de outras culturas antigas. Muito deles foram encontrados em
tumbas e em velhas catacumbas. Uma rocha curiosa de origem desconhecida é
reverenciada em Meca. Por conta de sua aparência escura e textura incomum tem
se especulado que a pedra negra da Kaaba em direção da qual os mulçumanos de
voltam para rezar cinco vezes ao dia pode ser um meteorito. Os meteoritos podem
ter se transformados em armas e louvados em altares. Mas, o fenômeno que produz
a estrela cadente foi compreendido como um sinal dos Deuses. Mas, pode existir,
também uma verdadeira relação de causa e efeito entre impactos meteoríticos e
lendas antigas. Para encontra-las se examina os textos da antiguidade.
Arqueólogos nos dizem que lendas apocalíticas surgiram simultaneamente em
culturas da idade do bronze em todo o oriente médio e no oriente distante,
inclusive na Grécia antiga. Essas culturas também declinaram de forma drástica,
basicamente na mesma época. Historiadores se referem a esse declínio como a
Idade das Trevas Gregas. Muito embora, o impacto tenha sido sentido em toda a
região. Uma teoria sugere que um grande meteorito atingiu a Terra em algum
ponto do Oriente Médio criando uma bola de fogo e, consequentemente, uma nuvem
de fumaça que obscureceu o Sol, provocando secas e problema nas colheitas. Isso
explicaria o cenário das lendas. Mas evidencias desse cataclismo pode existir
até mesmo em anéis nos troncos das árvores.
Miranda:
--- As datas das ocorrências são
muito interessantes – falou ciente.
Se o impacto de um meteoro levantou
escombros suficiente na atmosfera, pode ter obscurecido o Sol que dá energia as
árvores fazendo formar anéis mais estreitos. Um dos eventos de anéis estreitos poderia
remontar ao declínio da idade do bronze,
Vitória
--- Fiquei intrigada porque as
árvores mostravam 18 anos de anéis estreitos indicando algum tipo de evento
bastante sério.
Mas a pesquisa feita pela ciência
mostrou uma anomalia muito mais recente do que a idade do bronze
Vitória
--- O mais recente desses eventos
ocorreu no ano 540. O interessante é que esse é um período mais próximos de
nós.
A ciência buscou referência sobre
chamas no Céu. O que foi descoberto foi um buraco negro de formações
Vitória
--- É realmente uma idade de
trevas. Não existem boas informações escritas a respeito do ano 540 depois de
Cristo.
Os registros históricos são
curiosamente vagos. Mas ao se pesquisar os registros mitológicos se encontrou
os Dragões. As lendas de Dragões que também podem ser encontradas na mitologia
chinesa antiga e na mitologia Maia reapareceram na Grã-Bretanha no século VI.
Vitória
--- O interessante é que sempre se
descreve o dragão com uma cauda vermelha. E um grande cometa tem cauda vermelha
e esfumaçada. E esses dragões são associados a explosões no solo, a árvores
sendo queimadas, ventos quentes e tremores de terra. – explicou
Evidencias circunstanciais nos
registros históricos de tempos antigos podem indicar que humanos presenciaram
impactos por objetos vindos diretamente do espaço e que sofreram muito com
eles. As provas concretas seria preciso a espetacular queda de um meteoro em
uma pequena vila da França para dar início a viagem da superstição à ciência.
Geólogos e astrônomos costumam se entusiasmar com meteoritos. E não apenas
porque eles são raros. Mas do que são mais do que ferro e pedra. Nós sabemos o
que sabemos sobre as origens do sistema solar e por extensão do Universo com
base principalmente o que descobrimos em meteoritos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário