- BURACOS NEGROS -
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- BURACOS NEGROS -
Após a sessão da manhã, os
professores se reuniram na parte da tarde para analisar o assunto visto com as
proezas da menina Samanta a debater sobre todo o sistema universal incluindo
até os Buracos Negros. Para os cientistas, aquela não era uma proeza. Algo de
uma mente superior estava naquele ponto a debater com a ciência. Sabedor de
amplos assuntos, o professor Prada ficou um tanto calado a deduzir qual o caso
em que a menina veio então. E depois lembrou de algo bem antigo quando na
África ainda se falava um idioma arcaico.
Prada:
--- O Livro dos Mortos! Eureca! É
isso! Ela fala a língua dos egípcios antigos! – falou entusiasmado
Nicodemos:
--- Quem? Mortos? A menina? –
indagou confuso.
Prada:
--- Sim! Como eu não pensei
nisso. Livros dos Mortos! – falou vibrante.
Nízia:
--- Pode ser. Ela fala um tanto
embolado. Eu supunha ser uma língua viking. Mas...! –deduziu
Prada:
--- Ela viajou de um planeta
distante, muito além do nosso. Distante até. Os sumérios também vieram de muito
longe. São bem 200 anos luz a distar da nossa Terra. Os navegantes do espaço. –
se levantou do estofado sugando a calça e batendo palmas para o alto.
Nízia:
--- Esse é o mistério a se
resolver. Egito antigo. – sorriu a mulher.
Nicodemos:
--- Mas como fala tão bem como se
não soubesse se expressar? – indagou
Prada:
--- Esse é o enigma. Ela viajou
para muito distante e buscou aprender uma língua desaparecida. Mesmo assim, sem
a menina saber, tem-se agora a resposta. – verificou com certeza.
Nízia:
--- Por certo. Livros dos Mortos!
– sorriu.
Prada:
--- E de onde vieram os egípcios?
Eis a questão! – argumentou o professor.
Nicodemos:
--- De uma distância terrível!
Terrível! Terrível! – relatou o segundo mestre
Nízia:
--- Interessante! O que significa
Nilo? – perguntou a professora.
Prada:
--- Nilo? Os egípcios chamavam de
Iteru, ou seja “o grande rio”. Esse é o seu significado. O grande rio. –
discorreu o professor
Nicodemos:
--- Seria bom termos aqui,
também, alguém que decifrasse a língua antiga do Egito. Que achas? – indagou
olhando em volta.
Prada:
--- Seria bom mesmo! Mas: quem? –
perguntou o professor.
Nísia:
--- Aqui, tem uma mestra de
origem egípcia por nome Isis Zahra. Comumente nós chamamos de Sara. Mas dá no
mesmo. Serve? Ela é estudiosa de línguas mortas. – indagou.
Prada:
--- Essa professora reside aqui
mesmo? – perguntou.
Nísia:
--- Ela pode aceitar a sua
proposta se é o que interessa. – falou calma
Prada:
--- Ora. Ora. Mas traga essa
professora. Veja se ela entende do Livro dos Mortos! Mas, em suma traga essa
mulher! – fez vez com ênfase.
Nicodemos:
--- E temos ainda, hoje, a
entrevista com o pessoal da notícia. – lembrou.
Nízia:
--- E a menina? – indagou
Prada:
--- Eu posso mandar buscá-la.
Assim é que se fala! – alertou o professor.
Às cinco horas da tarde, estavam
Samanta e Isis a conversar animadamente. A menina conseguia alguém a falar o
seu idioma ou o idioma posto em seu cérebro através de um micro chip. Ela
estava eufórica pois assim conseguia falar com uma mulher sem temer de errar.
Pelo menos, não Samanta e, sim a mulher, professora Isis Zahar Kytzia, ou
simplesmente Zahar (isto é: Sara) mestra de Línguas Estrangeiras da
Universidade. De início, a Professora Sara foi apresentada à menina e para
iniciar o diálogo Sara falou em uma língua estranha. A menina entendeu e deu
sim como resposta.
Samanta:
--- Eu fui levada até aos
recônditos do planeta Sedna, na Constelação de Oort onde o povo do Egito tem
fixado moradia por algum tempo. É provável que esse povo de transfira para
outro planeta do decorrer desse milênio. A temperatura do planeta muda
constantemente. Eu fui submetida a uma intervenção cirúrgica e se implantou um
micro chip em meu cérebro. Com isso, eu posso entender e falar com o povo do
Planeta. E posso compreender os demais idiomas. Porém, só posso falar em
sednamês. Ou seja, em uma língua do nosso Egito antigo. –sorriu.
Sara:
--- Muito bem. Eu estou feliz de
ter encontrado alguém que fale esse idioma repleto de mistérios e lendas. Até
hoje não obtinha um certo dialogo com alguém por não ter a certeza de que a
pessoa seria capaz de me entender. – disse a mestra.
Samanta:
--- É difícil e confuso. O povo
árabe ainda tem uma certa cultura e pode saber algo do sednamês. Mas, o tempo
muda muito. As escritas que os egípcios deixaram pouco tem em comum com a
história de hoje. – relatou.
Em poucos instantes os
professores acompanhados da menina Samanta Leporace assumiram os seus lugares
no auditório da Universidade para então dialogar com os representes da imprensa
local e alguns da impressa da Europa e Estados Unidos. O professor Prada
cumpriu a sua missão de apresentar os presentes e de também apresentar a menina
Samanta, aquela pela primeira vez. Advertiu que Samanta teria uma intérprete
pois não falava nenhuma língua exposta naquele local.
Prada:
--- Espero que os senhores
estejam acomodados e observo a não fazer indagações inoportunas, pois a
professora Isis Zahar Kytzia será a interprete para ouvir a criança. Podemos
começar. Fiquem a vontade. – concluiu.
De início falou a Professora
Zahar a se desculpar dos incômodos naquela hora tardia. E em seguida apresentou
a menina a qual seria a entrevistada.
Zahar:
--- Estamos postos a vossa
disposição. Para a segurança das entrevistas, cada qual tem o direito a duas
perguntas. – confirmou.
E segurou a menina pelos braços
como forma de afeto. E dialogou.
Zahra
--- Contenha-se, viu? – falou
baixinho
A menina sorriu diante de toda
turma de repórteres, alguns com flashes de fotos, outros com câmeras e algumas
moças a fazer cara de nojo por ter de fazer duas perguntas apenas a uma menina
toda sapeca
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