sábado, 7 de fevereiro de 2015

MISTÉRIO - 01 -

- NEBULOSA AZUL -
- 01 -

A MORTE

O Airbus, o maior avião comercial do mundo, chegou ao aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte, a uma hora da tarde. Entre dezenas de passageiros, estava Vicente de Almeida Prada conhecido por professor Prada, mestre em culturas sobrenaturais. Após resolver todos os seus problemas de bagagem no aeroporto, o professor Prada se encontrou com o seu amigo de Natal, o professor Nicodemos. Esse foi esperar o professor Prada no aeroporto internacional. E ambos seguiram direto para a Universidade onde manteriam contatos com os demais professores envolvidos no assunto da causa morte de uma menina de dez anos ocorrido dias passados. Pelo seguimento alusivo em jornais, tudo levava a crer ter a inocente a morte misteriosa em sua própria casa e logo após desaparecido sem deixar vestígio. Com o tempo a menina reapareceu tão enigmática com a fala em idioma desconhecido para os seus pais. O professor Prada já esteve envolvido com casos de desaparição onde as pessoas após certo tempo retornavam ao seu convívio a discorrer em línguas estranhas de casos sobrenaturais. Esse era o caso da menina Samanta Leporace de Assis filha de um casal de descendentes italianos. A garota Samanta falava línguas não reconhecidas e mesmo estando em Centros Espiritas, nesses locais nada se pode decifrar. Esse era o tom da conversa entre ambos os professores antes mesmo de chegarem a Universidade. O professor Nicodemos era um autodidata em casos de línguas estranhas. Mesmo assim, ele de nada compreendeu quando foi chamado por um médium para decifrar o dito pela inocente Samanta.  E assim, Nicodemos resolveu partir para um professor de maior nível. Foi como se chamou o professor Prada, nesse tempo, ocupado em decifrações de línguas estranhas ditas por gente presumivelmente estranha.
Nicodemos:
--- Esse é o caso. – explicou
Prada:
--- O senhor tem algo dito pela menina? – indagou.
Nicodemos:
--- Confesso que não. São palavras soltas. – informou
Prada:
--- Como assim? – perguntou cismado
Nicodemos:
--- Bem. A menina não chama coisa que se entenda. Depois de alguma ocasião eu consegui decifrar algo semelhante que podia se assemelhar com a palavra dita. Ela falava tudo em desconexo. E também chamava com uma forma desigual o que poderia ser qualquer assunto. – tentou explicar.
O professor Prada não entendeu muito bem.  
Prada:
--- Não entendo sem que se diga uma só palavras. – relatou com paciência
Nicodemos:
--- Bem. Algo como “Yao”. Eu não entendi ao certo.  – relatou com cisma.
Prada:
--- Algo mais? – perguntou curioso
Nicodemos:
--- Muito pouco. – relatou.
Prada:
--- Tal termo não ajuda muito. É vago, por sinal. Yao? Parece um texto índio! – declarou com legítima calma.
Nicodemos:
--- Não cheguei a pensar assim. Sumérios, talvez. – enfocou com polidez
Prada:
--- Não. Não. Nada de sumérios. Talvez africano. Yao é um termo usado pelo povo africano. Uma cidade de Moçambique, região de Tete. – disse mais.
Nicodemos:
--- Verdade! África. Moçambique. – confessou sem duvidar.
Prada:
--- O termo é “Yao” do ioruba. A garota deve ter talvez se confundido. Em lugar de ela teria expressado “Tan” que significa Céu. Na verdade se expressa também “divindade”. – explicou o professor.
Nicodemos:
--- Eu creio que sim. – fomentou o segundo professor.
Prada:
--- Nas religiões africanas tem cheiro da morte. Algo de sinistro. Fantasmas em qualquer lugar. Locais onde se guarda as mais extraordinárias historias terrificantes. – explicou sem assombro
Nicodemos
--- É um país misterioso. – confidenciou o amigo
Prada
--- Todos os países do mundo têm seus mistérios. Índia, Japão, Egito. E mesmo o Brasil. Onde há religião, tem mistérios. – articulou
Nicodemos
--- Confesso que sim. Todos os países têm mistérios. Estados Unidos, Inglaterra e até mesmo França. Todos os países. Certamente. – completou do seu jeito.
Prada:
--- No Brasil houve casos inquietantes. Um deles envolveu dois camponeses. Quem passava por certo local no Paraná, sempre encontrava dois amigos a conversar. E esses amigos eram já mortos há bastante tempo. Um matou o outro. E quando morreram, se tornaram amigos novamente. – disse o professor
Nicodemos:
--- Céus! Amigos? – se espantou com a história.
Prada:
--- Amigos para sempre! – sorriu
Nicodemos:
--- Eu ouvi falar de um casal. Esse casal e seus três filhos foram morar em uma casa abandonada há certo tempo depois do assassinato dos seus ocupantes. Mas o casal não se importou com o caso. O fenômeno. Porém, no decorrer dos dias um vaso saiu do seu canto, bateu na parede e se espatifou no chão. Um velho ficava a sentar em uma cadeira antiga e conversava com a menina. Essa não se importava que o ancião fosse de outro mundo. Um dia, a menina levitou no quarto. Isso foi o suficiente. A família deixou a residência e de imediato fugiu. Incrível!! – relatou preocupado.
Prada:
--- No Brasil? – quis saber.
Nicodemos:
--- Sim. Sim. No Brasil. Para os lados do Rio Grande do Sul. – disse mais.
Prada:
--- É o terror. Mãos ensanguentadas aparecem do nada! Casos assustadores! Horrível! Uma entidade invisível empurrou escada abaixo uma mulher. Isso no Rio de Janeiro! Gente que se abrigava naquele local saiu para sempre por causa dos maus espíritos. – revelou.
Nicodemos
--- Casos de assombrações! Terríveis! Os mortos voltam para assombrar quem está vivo. –
Prada:
--- A assombrações podem emergir do fundo da terra para assustar os vivos como verdadeiros demônios. São Poltergeist. Adoradores do diabo. – lembrou
Nicodemos:
--- Casos incríveis! – relatou.
Prada
--- Incríveis mesmo. –
Os dois amigos chegaram após quase uma hora a Universidade onde começaram a discutir com os demais membros sobre o caso da menina. 

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