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CENTAURO
Após intensos aplausos, assobios
e vivas, a menina Samanta sorriu agradecendo a manifestação de apoio algo que
não tinha significado algum para a infante. Mas, a continuar, o professor Prada
continuou com a palavra orientando aos alunos a duas perguntas por vês para dar
espaço a todos os que desejavam enveredar pelo caminho da orientação. A seguir,
ele manifestou.
Prada:
--- (Olhando a menina, indagou)
Certo? Duas questões por vez a cada um dos estudantes. Tem algo a declarar? –
indagou
Samanta:
--- Não. Estou pronta. – falou a
menina em sua língua estranha.
Prada:
--- Pois bem. O próximo! – chamou
atenção do auditório.
Enoque:
--- Eu. Enoque. Estudante do
curso de astronomia. Pergunto: Estrelas variáveis de uma categoria especial
chamadas Centauro pulsão, porque são jovens e instáveis. Como adolescentes
teimosos as Centauros têm explosões erradicas. O que me diz? – indagou
Samanta:
--- Só que os seus acessos de
fúria envolvem uma luta com a gravidade. Enquanto as forças nucleares empurram
para fora, a gravidade puxa para dentro com a sua posição de equilíbrio para
dentro, oscilando para lá e para cá. As Centauros crescem e perdem as suas
pulsações. À medida que envelhecem encontram equilíbrio e se tornam estáveis.
Na verdade, antes de o nosso Sol amadurecer, a ciência acha que ele foi uma
estrela Centauro. As primeiras estrelas Centauri foram identificadas na
Constelação de Touro com 98 estrelas visíveis. Aldebaran, uma estrela gigante
vermelha, é o indigitado na Fera. Touro é uma das constelações do Zodíaco que
fica perto do plano da Eclipsa. Chama-se de plano eclipse porque é o único círculo
no Céu onde podem ocorrer eclipses. A Lua tem de passar pela eclipsa para
provocar o eclipse do Sol. – fez isso demostrando com suas mãos. E sorriu.
O estudante ficou temeroso em
fazer a segunda questão. Mesmo assim, não se deu por vencido e poder indagar.
Enoque:
--- Muito bem. Confesso que eu
não sabia desses detalhes. Mas, me deixa crer que esse é o caminho que a nossa
Terra percorre em sua órbita em volta do Sol. – concluiu.
Samanta
--- Oito graus acima e abaixo da
eclíptica há uma região chamada Zodíaco. Toda constelação que se situa nessa
faixa é citada como Constelação Zodiacal. Como orbitamos em volta do Sol, ele
parece se movimentar pelas constelações zodiacais que estão fixas no
firmamento. Durante a noite, a porção oposta do nosso Céu é iluminada pelo Sol.
Veja bem: o Sol leva sete dias para passar por Escorpião, a menor constelação
zodiacal. E 44 dias para sair de Virgem, a maior. – concluiu.
O professor Prada tomou a palavra
para declarar que muitas das pessoas depositam grande significado no seu signo
do Zodíaco.
Prada:
--- Seja para iniciar uma
conversa, prever o futuro ou definir traços de personalidade, os doze signos do
Zodíaco desempenham o papel de peso na cultura popular. Vamos agora, o próximo!
– falou o professor.
Soraia
--- Eu. Soraia. Acadêmica de
Direito. Eu indago: Mas de onde vêm esses signos e quem batizou as estrelas? –
indagou
Samanta:
--- (Ela olhou o professor como
quem diz: “Posso? O professor lhe passou a palavra) – Há nomes originais das
estrelas, em alguns casos, que vieram da Mesopotâmia. Alguns nomes foram
acrescentados pelos gregos e romanos. Alguns sobreviveram. Outros, não. Com a
queda do Império Romano, perto do ano 450 da era Cristã, boa parte desse
conhecimento se perdeu. Mas foi preservado pelos árabes. Na verdade, boa parte
da astronomia sobrevive, hoje, porque os astrônomos árabes preservaram e
ampliaram os cálculos e o trabalho dos astrônomos gregos e romanos. No ano 150
da era Cristã, o cientista grego Claudio Ptolomeu juntou suas próprias
observações aos textos históricos, batizando mais de mil estrelas. E das
constelações que cobrem o nosso Céu descobrimos que doze são constelações
zodiacais. Mas, na verdade, são treze. –
expos
Soraia:
--- Segunda questão: por que são
trezes em lugar de doze constelações? – concluiu.
Samanta:
--- Na verdade, são treze. Quase
todos sabemos qual é o nosso signo astrológico. O que a maioria não sabe é que
em vez de doze constelações zodiacais, na verdade, existem treze. O Ophiuchus
que em grego significa “Caçador de Serpentes” é nosso signo esquecido. Tem 55
estrelas visíveis e é onde está Barnard, a estrela que mais rápido se move em
nosso firmamento. Embora seja um dos 48 padrões originais de estrelas que
Ptolomeu classificou, porém o Ophiuchus foi dispensado no signo zodiacal paras
se manter número par de doze. - completou
Aplauso vibrantes ouviu-se por
toda a imensa plateia e o solicitar das pessoas em que a menina dissesse mais
sobre a astronomia. Apesar do frenético barulho, o professor bateu com a sineta
a solicitar um pouco mais de tranquilidade. E essa, se fez. Samanta estava
tranquila a ponto de não deixar de sorrir. E foi a vez do próximo inquiridor.
Betânio:
--- Betânio. Estudante de
jornalismo. Pergunto: Hoje, nossa rede de telescópio permite se observar
qualquer ponto no Céu. E antigamente? – indagou
Samanta:
--- Os antigos astrônomos, no
hemisfério norte não podiam ver que o hemisfério sul oferece uma visão
totalmente diferente. No hemisfério sul, o detalhe de maior destaque nos Céus
noturno é a Via Láctea. Na Via Láctea existem zonas que são escuras. São nuvens
de poeira. Mas, quando se olha da Terra são zonas escuras contra o fundo de uma
Via Láctea e de estrelas muito brilhantes. É a coisa mais notável. Essas nuvens
escuras parecem buracos na faixa estrelar da Via Láctea. A civilização Inca, na
América do Sul, identificava essas manchas escuras como constelações. Essas
densas formações de poeira são conhecidas como ‘constelações de nebulosa
escura’. Existe uma incrível ausência de estrelas numa região perto do centro da
galáxia que é chamado “Saco de Carvão”. É uma nuvem de poeira tão densa que
bloqueia toda a luz das estrelas atrás dela. Hoje, o Saco de Carvão está
constelação do Cruzeiro do Sul, a menor constelação com 20 estrelas visíveis.
Os marinheiros confiavam nas estrelas Alfa e Gama dessa constelação para
localizar o polo sul, já que não existe estrela polar no hemisfério sul. –
destacou
Betânio:
--- Muito bem. Eu não tenho um
gravador e a menina falou muito para eu anotar. – sorriu – E estou satisfeito.
Samanta:
--- Tem a segunda. Não quer
saber? – sorriu a menina – Com o desenvolvimento da astronomia, a comunidade
cientifica se deu conta de que precisava unificar os nomes e formas das
constelações. O grupou adotou a maioria das constelações originais de Ptolomeu
e acrescentou outras para incluir todas as estrelas visíveis, sem sobreposição.
Ao todo, 88 constelações oficiais cobrem os Céus noturnos. – concluiu.
O alvoroço tomou conta do
auditório com gritos de alegria pouco se importando com a presença do Reitor
Holanda naquele instante a sorrir e abraçar a menina por ver na garota um pingo
de gênio a alcançar os píncaros da glória. A alegria era tamanha que toda a
maça estudantil se formou em algazarra enfeitando de tudo num magnifico
carnaval.
Algazarra:
--- Olá, olá, olé olá. Vivá, vivá
– gritava a turma a dançar em um cordão intenso com todos em folgazã
divertimento.
Nesse ponto, nem mesmo o
professor Prada conseguia suportar e caiu na fuzarca a um só tempo abanando um
lenço como se fosse um menino. Samanta se divertia a todo instante como se
nunca houvera visto tamanha ovação ao seu nome.
Galera:
--- É Samanta! É sim! É Samanta é
sim! – gritavam folgazões os estudantes
Uma turma chegou, de repente,
organizado uma Banda com tudo o que podia fazer ritmo entre bombos e cornetas.
Era uma loucura total onde até a guarda não se conteve e caiu na baderna.
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