quarta-feira, 26 de setembro de 2018

AMORES DE RACILVA - - 14 - -



JESUS
Em um outro dia qualquer de uma semana depois Racilva foi até a Ribeira a procura de uma máquina de escrever não tanto nova em companhia de sua amiga Kátia Sobreira. A amizade era bastante nova. Mesmo assim, as duas já andavam de braços dados, de par em par, como as moças andavam pela rua sem dar importância a quem olhasse. Carros zoavam, carregadores de peixe passavam de um lado a outro, gazeteiro a oferecer jornal da última hora, mulher a vender tapioca, beiju e bolo preto. Um alvoroço total naquele bairro de mil invenções. Mundanas era o que estava pronta para receber seus inquietos fregueses até mesmo suados. Racilva procurava uma máquina de escrever em uma oficina na rua Frei Miguelinho, uma do centro da Ribeira. Depois de muito procurar na sua prateleira, Racilva alertou o homem.
Racilva
--- Eu quero essa. Não importa ser velha. - -
O feitor de máquinas buscou a terrível máquina velha e passou em uma embalagem, empacotou e despachou com uma cara sem vergonha. Racilva agradeceu pelo empenho e com Kátia saiu mundo a fora levando o pacote debaixo do braço. Em espaço de tempo Kátia pediu a máquina para ajudar a conduzir por certo minuto. A máquina pesava muito. À curta distância surgiu um casso de praça. Racilva pediu que o motorista parasse para pode embarcar as duas amigas com a máquina de Racilva. Após toma assento no carro de praça. A moça oriento ao motorista qual caminho devia seguir. A amiga Kátia, curiosa como sempre, olhava bazares, livrarias, Bancos e tudo mais até o carro dobrar as esquinas da Avenida Tavares de Lyra com a Rua Duque de Caxias para tomar novo rumo. Kátia observou a Matriz do Senhor dos Passos e fez questão de mostrar a sua amiga, Racilva. Essa olhou sem querer e respondeu de um assunto corriqueiro. Jesus!
Racilva
--- Isso me faz lembrar uma história de Jesus! Naqueles dias, houve um grande boato de que Jesus havia ressurgido dos mortos. E continua sendo um dos seus maiores mistérios. Há um vaco entre a sua ascensão e a sua ressureição.
Kátia
--- O que ele fez naqueles quarenta dias? - - indagou
Racilva
--- Eles não contam o que eu e você perguntaria. Por que Ele voltou? Naqueles quarenta dias aconteceu muito mais do que os Evangelhos nos contam. Ele disse como superou a morte. Jesus e seus quarenta dias perdidos. A ressurreição e a ascensão são o que nos dizem que Jesus é quem Ele diz ser. Não vale a pena ter uma fé cristã se essas coisas não aconteceram.
Kátia
--- E não é? - -
Racilva
--- Penso que não. Tem o Egito e a Índia, onde Ele morreu de morte natural, muitos anos depois. Ele era um homem briguento. Brigou muito. Mesmo na Índia, na Caxemira e em outros estados da Índia. Era muito briguento. Outras histórias da vida e do nascimento de Jesus são cheias de comentários. Quando você chega na ressureição, tudo é ligeiro. Não tem firulas. Não se conta uma história sobre isso. Continua o mistério. –
Kátia
--- E é mistério mesmo! Por que tanto segredo? –
Racilva
--- O Novo Testamento diz, claramente, que o que aconteceu nos quarenta dias não está incluído no Evangelho! Durante séculos, os descrentes perguntam: “como é possível que uma fé inteira seja baseada em tão pouca informação? No Novo Testamento, Jesus Cristo volta à vida e anda pela terra por quarenta dias. No final desses quarenta dias, Ele sobe ao Céu. Até mesmo para devotos cristãos, o período de quarenta dias pode ser um ponto cego. Apesar desses dias ser os mais profundos na Bíblia.
Kátia
--- Não vale a pena ter uma fé cristã e certas coisas não aconteceram. Tudo depende disso. - - falou.
Racilva
--- Correto. Tudo depende disso. Na imaginação, as pessoas vêm Ele voando da tumba, falando com algumas pessoas e, depois, indo para o Céu. Mas Ele teve com elas por quarenta dias. O filho de Deus tinha um corpo físico que podia ser tocado. Ele tinha ainda as marcas de pregos nas mãos, andando por aí, conversando e comendo com as pessoas, ensinando às pessoas durante semanas. Até mesmo para devotos cristãos, o período de quarenta dias pode ser um ponto cego, apesar desses dias serem os mais profundos na Bíblia. Toda via esses quarenta dias tem que se aceitar como uma forma de “mistério”. Mas as pessoas não voltam dos mortos. E é isso o que acontece.
Kátia
--- Uma questão óbvia é levantada: por que esses quarenta dias? - - indagou
Racilva
--- Pois é. Quarenta é um número evocativo na antiga tradição israelita. São quarenta anos no deserto. Jesus esteve quarenta dias no deserto. Isso tem um significado simbólico. Acho que isso é uma testemunha de que Ele ainda estava vivo e, depois, foi embora. Mas, além do Novo Testamento, há outras ferramentas e materiais que podem ajudar a esclarecer essas profundas crenças cristãs. Entre eles, o artefato mais referenciado e controverso da cristandade. O Sudário de Turim.
Kátia
--- Sudário? – indagou com cara azeda
Racilva
--- Sim. O Sudário de Turim é um pedaço de tecido de quatro metros e meio por um metro e dez que tem a imagem de um homem crucificado. A frente e o dorso. Há sangue nele. E acredita-se que esse foi o tecido que cobriu o corpo de Jesus Cristo. Depois de uma década um artista em computação gráfica chegou às manchetes do mundo todo por aplicar a mais moderna tecnologia de informática à imagem do homem crucificado no antigo tecido. Se for real, ele é a testemunha de um evento impossível. E os eventos impossíveis não devem deixar rastros.
Kátia
--- Não devem deixar rastos! - - pensou alto com a cabeça abaixada.
Racilva
--- Sim. Mesmo assim, podem existir. É um possível registro da fé cristã. Mostra o corpo de Jesus Cristo no momento da sua ressurreição. Além do Sudário há outras possíveis fontes de informação sobre os quarenta dias. Fontes do Novo Testamento. Para alguns historiadores, a resposta é: Sim. Pastores, beduínos, nômades. Depois, arqueólogos começaram a encontrar urnas enterradas e passaram a descobrir rolos cuidadosamente escondidos dentro delas. O Evangelho de Maria, o Evangelhos de Tomé, o Evangelhos de Pedro. Eles foram encontrados em Jarros de barro que foram escondidos para que não se perdessem.
Kátia
--- Eu nunca ouvi falar nisso! - - disse mais
Racilva
--- Pois foi. O que é interessante mesmo é que existem outros Evangelho que não entraram no Novo Testamento. Nesses Evangelhos Jesus guardou os seus verdadeiros ensinamentos secretos para depois dele sumir do Egito. Algo real. O verdadeiro significado da salvação e da vida nesse mundo. Eles fazem parte dos quarenta dias que Jesus esteve com os seus discípulos. Os registros entre o nascimento e a morte de Jesus Cristo contam trinta e três anos no início do primeiro século depois de Cristo. No Novo Testamento, por quarenta dias depois de sua “morte”, Jesus apareceu, começando em Jerusalém e indo até o norte da Galileia. Jesus apareceu em vários momentos e em vários locais. Ele não se prendeu a uma área geográfica pequena. Ele podia se mover e aparecer em diferentes lugares em momentos diferentes para pessoas diferentes.
Kátia
--- Assim como em disco voador? - - quis saber
Racilva sorriu para poder continuar a contar sua história.
Racilva
--- Talvez. Mais ou menos. As tentativas de sua vida com encontros estranhos do cotidiano com o sobrenatural. Era comum pessoas a andar sem o reconhecerem e Ele reconhecer a todos. Parece cotidiano e extraordinário ao mesmo tempo. A ciência definiu o que é um acontecimento histórico. Ele precisa ter um observador. Na ressureição não havia um sequer. Mas, o Sudário é um documento único para visualizar a reapareçam de Jesus que não foi morto na Cruz. E, logo após o mostra como se vive como Ele reviveu, pois nunca morrera. Jesus Cristo volta à vida, tão somente.

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