domingo, 9 de setembro de 2018

RACILVA - 06


SEGREDOS DE RACILVA
SEXTO
LÁGRIMAS
As moças, Kátia e Adda além do homem, Romeu, saíram apressada do Conservatório para a casa, muito embora, Kátia resolveu algo em meio do caminho. Por acaso, Kátia resolveu, logo, ir pela casa de outra mulher: Racilva. Era ela uma pessoa carente de informações atuais. Em outra ocasião, não precisava contar. Porém, logo agora, seria por demais importante. Adda nem se fez do rogada. Aquietou-se no banco do carro e nada fez para não despertar as emoções tiradas. Logo após, Kátia chegou a casa de Racilva e, com presa, lhe chamou, como se estivesse com brutal assombro.
Racilva
--- Espere, menina! Que assombro é esse? Conte-me agora e tudo enfim! - - quis saber.
Kátia
--- A revista mandou-me o homem e agora ele quer saber de tudo! Como eu começo, heim? – assustada
Racilva
--- Ora! Pelo início! Tudo como se deu! Conta o bla bla bla do drama! E pronto! - - explicou
Kátia
--- Mas eu não sei. Por favor, venha comigo! Favor!....as lágrimas romperam mais a denso.
Racilva
--- Agora? - - perguntou alarmada!
Kátia
--- Sim! Por favor! É importante! - - chorando falou.
Racilva
--- Diabo! Pois está! Dá um minuto! Falar com minha mãe! Ora sebo! - - entrou com pressa.
Em ligeiro instante, Racilva, Kátia, Adda e o homem Romeu de Moura estavam a descer do auto para dar entrada na casa de seu Rafael e família. Era sol quente de matar. Mulheres e homens a passar com pressa. Alguns buscava a mercearia, outros, o Mercado e uns poucos, apenas a passear ou vender cajus, mangas e pitombas, licores e até mesmo vinagres. Moura viu um deles a oferecer a uma dona de casa os seus produtos. Era então, costume a venda de casa em casa pelos vendedores. O pessoal entrou, com Adda à frente a chamar por quem estivesse por perto e logo se fez presente a sua mãe, dona Mariana, roupas simples, de uma única cor, quase cor de cinza.
Mariana
--- Quem é essa gente toda, minha Adda? - - assustada
Adda
Pessoal, essa é minha mãe! Eu não disse a ela porque eu não sabia que vinha esse pessoal todo!
Mariana
--- Ah, bom! Essa eu a conheço! Já esteve aqui, não foi? - - falou a Kátia.
Kátia
--- Sim, senhora! Sou eu mesma, de aquela noite! - - falou sorrindo
Mariana
--- E essa moça? - - perguntou por vez a Racilva.
Adda
--- Racilva! É a amiga de Kátia. E esse é o doutor Moura. Estudioso de assuntos de Discos! - -
Mariana
--- Discos? É Disco mesmo? - - quis saber
Moura
--- Sim, senhora. É um prazer conhecê-la. Mas são Discos Voadores ou UFOS, objetos que aparecem no Céu. E trazem gentes o que se chamam de “humanoides”! Seres humanos! - - declarou com certeza
Mariana
--- Ah bom! Queiram entrar. Fiquem à vontade! Rafael está aqui no quarto, ouvindo rádio! Vou chama-lo. Ele é quem conhece de certas coisas! - - declarou tremendo toda.
Todo o pessoal ficou sentado na sala, excerto a moça Adda que acompanhou sua mãe, Mariana. Ele quis acompanhar para evitar berreiro na ocasião. Tanto foi que Adda seguiu os passos de sua mãe para evitar questões de alvoroço. Na sala, ficaram Racilva e seu Moura. Os ficaram calados, apenas Moura a observar os quadros de antigas fotos de pessoas parentes da família, com certeza. O jornaleiro passou a oferecer jornais de dia. A doméstica entrou na casa e viu os dois – Racilva e Moura – mas nada indagou naquela ocasião. Deu um “bom dia” e nada mais. Andou depressa, com sacolas na mão, algo para o almoço e era tudo o que podia carregar. Racilva folheava uma revista dos tempos a procura de algo. Ela ouviu a voz de um carteiro em uma casa ao lado. E tudo era silêncio total. Um carro seguia para um local qualquer. Uma mendiga pedia esmola em alguma casa bem próxima. Era tudo o que podia se ouvir. Nessa ocasião apareceu seu Rafael com a sua filha ao lado.
Rafael
--- Bom dia. Eu já estava cochilado. É assim, mas o senhor quer saber o que? - - perguntou
Moura
--- Bom dia! Como estás? Eu vim aqui porque eu soube de uma história com o senhor e que por demais interessante! Bom dia mais uma vez, a todos. - - sorriu e calou
Rafael
--- Ah sim. É o caso dos espíritos ou coisa assim? Eu sei. Eu vi mais algumas vezes. Eles uns homens de média altura. Não falava nada. Apenas eles vinham até onde eu estava. E me olhavam com seriedade! Um deles me examinou. Algo nas costas. Só isso. Depois, sumiram como apareceram. Entendes? – - indagou
Moura
--- Ah sim. Mas, me conte mais. Esses deuses não perguntaram nada ao senhor? - - quis saber.
Rafael
--- Eles não são Deuses. Deus só existe um. Eles são criaturas vindas do espaço. Vindos de outros lugares. Eu indaguei a outras pessoas de seriedade, e eles me disseram que esses são serem humanoides, vindos do espaço. Muito além. De bem distante. - - confirmou
Moura
--- Mas o senhor se lembra de viu esses seres mais de uma vez? - - quis saber
Rafael
--- De quando em vez eles aparecem. Vem e vão embora. Não falam nada. Certa vez, um deles falou baixinho como um rato. Qui qui qui. Algo assim. Eu não entendia palavra alguma. Eles são estranhos. Como se fossem uns ratos. - - falou sério
Moura
--- Eles são de boa altura? - - quis saber
Rafael
---Nada. Eles são de média estatura. Pequenos como o senhor. De um metro e setenta, mais ou menos. Vestem umas roupas esquisitas, parecidas com um chambre cobrindo o corpo todo! Tem cabeça alongada e olhos grandes. Parece que é só isso. - - disse.
Moura
--- Eles aparecem e desaparecem, assim, de modo instantâneo? - - perguntou
Rafael
--- É o caso. Eles se desfragmentam em um instante! É como se o senhor estivesse vendo essa parede! Eles vêm e vão de forma instantânea. - - explicou
Moura
--- É uma situação caótica, senhor Rafael! –
Rafael
--- Prefiro nem lembrar. Eles são de um corpo branco ou cinza, com formato fantasmagórico.
Moura
--- Nós vamos esperar um tempo para ver se eles voltam a aparecer outra vez. O caso é anormal para os nossos dias.
E o dialogo continuou por mais uma hora com Rafael divagar sobre os seres do outro mundo.

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