domingo, 9 de setembro de 2018

RACILVA -


SEGREDOS DE RACILVA
QUINTO
ANGÚSTIA
Dias se passaram quando tudo estava quieto por assim dizer. O gazeteiro passava na rua e as entrava no beco para oferecer jornal aos de casa. Alguns aceitavam, outros não. Essa era a rotina constante. De repente, Racilva observou a sua amiga Kátia a chegar apresada como se estivesse exausta por demais. Com a mão no coração, a moça foi logo dizendo algo de pavor, para ela, de sobrenatural. Pediu um pouco de água, embora não estivesse com sede. Mesmo assim era uma forma de tranquilizar até certo ponto. Racilva buscou na geladeira ao lado, uma garrafa e lhe pôs para beber o conteúdo visto necessário. Kátia demorou um pouco, de cabeça abaixada como sinal de pensamento e logo após começou a conversar.
Kátia
--- Eu tenho uma amiga (chorando angustiosa) e toda a família para bem dizer. Ontem, aposta a aula, eu e minha amiga...Ela também estuda no Conservatório. Bem. Fomos, eu e outra estudante até à sua casa. - - parou de falar. As lágrimas voltearam sua face.
Racilva
--- Tudo bem! Acalme-se, por favor! Um pouco só! - - falou a seu modo delicado.
Kátia
--- Eu não consigo! (prantos no rosto) - - a moça abaixou-se a seu modo com a cabeça batendo nos joelhos
Racilva
--- Queira me desculpar. Quem é a moça? A que você fala? - - perguntou
Kátia
--- O seu nome? Adda! Você a conhece? - - indagou
Racilva
---- Adda! Adda! Creio que não! Nome estranho! É hebraico. “Aquela que prospera” creio eu.
Kátia
--- Seu pai é hebraico! Por isso ele batizou com o nome de Adda! Não é? - - indagou
Racilva
--- Pode ser. Esse mundo é pequeno! Meu nome é italiano, veja só! - - e sorriu
Kátia
--- Bem. Vamos lá. Chegamos à casa, todos estavam assistindo, ainda, o Rádio. Passava uma novela de muito gosto. Eu não assisto essa tal de novela. Mas a minha mãe faz gosto. Ela assiste demais. Meu pai, não! Ele prefere os jogos de futebol. - - disse a moça.
Racilva
--- Isso já é mania. Eu também rejeito ouvir novelas. Uma vez ou outra. Parece que é comum se ouvir essas novelas. Na Itália é uma praga. - - com asco
Kátia
--- Bem. Onde eu estava? Ah sim! Adda e eu entramos na sala e encontramos o pessoal a ouvir novela. Tudo bem! Mas em um dado instante. ... Já estávamos ambientados. Contudo faltava, apena, na sala, o senhor Rafael, pai de Adda. E foi aí que se ouviu um estarrecedor grito:” Socorro! Socorro! Socorro!”. Então todos nós corremos para um só lugar: o quarto onde estava o velho pai de Adda, o seu Rafael. Todos tremiam de medo! O velho, alarmado, olhava a parede onde se notou as figuras de uns seres já em desfragmentação, seguindo para o escuro. Eu vi esses seres. Eles não faziam nada de ruim. Apena se desfragmentaram e desapareceram de onde eles estavam. Sumiram! - - relatou com o maior medo.
Racilva
--- Céus!!! Eu já sabia desses seres. Eles vêm buscar amostras de algo no corpo humano das pessoas. São humanoides! Criaturas de uma cor aldosa! - - declarou
Kátia
--- Ave Maria! Eles são maus? O que querem de nós, afinal? - - perguntou alarmada.
Racilva
--- Tem, no Brasil, uma entidade que protege as cobaias humanas. Trata-se de uma entidade que faz a consulta às vítimas desses seres, os humanoides, e protege o paciente. São pessoas esclarecidas no assunto. Quando eles tomam conhecer essas tragédias com criaturas de cabeça como uma penda, a Associação vai a fundo até descobrir o que eles procuram. O clube é o Centro de Ufologia Brasileiro. - - falou com bastante calma.
Kátia
--- Certo! Tudo bem! Eu vou procurar essa Associação! De qualquer forma, obrigada! - - escutou.
Passaram-se os dias, imensos dias, inquietos dias. Kátia, então, procurou em ânsia encontrar o clube de ufogia por todo canto sem descobrir. Perguntava a moça a um e a outro sem verdadeiro êxito. Para a donzela já tornara uma loucura aquela missão enfadonha. Porém, a ninfa não desistia ao intento de encontra a sociedade, talvez secreta, para não dizer encantada. Uma vez, ao voltar para casa, ela teve êxito ao ver em um jornal de outra cidade uma matéria sobre os UFOS, algo para ela, fenomenal. Então, Kátia folheou a matéria de canto a canto e vibrou de emoção. Estava ali o que lhe faltava: a sociedade Ufológica. Então, Kátia correu em debanda para mostra em casa o que lhe faltava. Apesar da indiferença de todos, Kátia não se deu por vencida. Revoltada, a moça pegou a matéria e foi ate a casa de Racilva mostrar-lhe o que encontrou na banca de jornais há ligeiro instante.
Kátia
--- Veja, Racilva, o que encontrei! Isso não é uma magia? O pessoal da minha casa não deu importância. Mas, eu dei. Veja com cuidado!
Racilva
---Ufologia! Interessante! E aqui tem o endereço da entidade! Vamos ver e ler a matéria e é só escrever o caso para alguém da Sociedade. E esperar a resposta! - - lhe disse a dama.
A moça, Kátia, postou a carta e ficou no aguardo da então resposta da sua missiva ao Diretor da entidade. Passaram-se dia e nada respondia. Certa vez, Kátia, despreocupada, estava a estudar piano quando alguém veio até a sua sala e lhe deu um recado. Ela se voltou e de imediato, quis saber.
Kátia
--- Quem me procura? - - indagou.
Leopoldo
--- É um cidadão de meia idade. Talvez 50 anos. Pelo modo, veio de outro Estado. Não sei bem! Kátia
--- Está bem! Vou lá! Pelo modo eu já sei quem é! - - lembrou da carta.
Leopoldo saio e em seguida, Kátia, suspensa de contentamento, foi atender o senhor. Ele, esguio, era o homem que a esperava, tranquilo e calmo com qualquer um viajante. Kátia chegou mais perto e o cumprimentou, logo a falar. Houve trocas de saudação e logo o homem garboso se identificou.
Romeu
--- Bom dia, senhorita. O meu nome é Romeu de Moura. Desculpe-me o incômodo. Porém eu estou à sua procura por termos recebido uma missiva em que a senhorita descreve algo do seu interesse. Ufologia! - - e lhe mostro a cópia de uma carta
Kátia
--- Ah, sim! Sou eu mesma. Queira sentar aqui ao lado. Sim. Mas o caso se passou há alguns dias. Por sinal eu estava presente ao evento. Como de hábito eu postei essa missiva para os senhores. Acontece que o caso não se deu comigo, propriamente dito. Porém com uma outra pessoa, colega de classe. Adda, é o seu nome. O fato foi bastante curioso: seres de outro mundo. E quanto eu vi esses seres, eles já estavam se desfragmentando. Após esse instante, os seres sumiram de vez, por uma parede ou coisa assim. - - completou o caso
Romeu
--- Mas a senhorita viu mesmo esses seres? Ou não uma tênue ilusão? - - outra vez indagou
Kátia
--- Nada de ilusão! Foi toda gente que viu os seres na casa. Tem mais Adda, a minha colega de classe, e o pessoal de sua casa. Todo mundo viu os seres. O senhor quer ver o que eu reportei?
Romeu
--- Faz sentido. Podemos ir a casa com a sua amiga? - - indagou
Kátia
--- Sim. Podemos. Até porque a moça, Adda, está em aula aqui, agora! Vou chamá-la! - - a moça saiu ligeira e muito nervosa, então.
O homem, Romeu de Moura, se aquietou, a ficar sentado da cadeira do salão. Pessoas vinha e ia na entrada do Conservatório àquela hora do dia.

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