terça-feira, 11 de setembro de 2018

RACILVA - 07


SÉTIMO
A VOLTA
À tarde daquele dia, passado o susto da manhã com a chegada do homem, Moura, vindo para ouvir o senhor Rafael por ter avistado uns seres extra-terrestre, Racilva ainda de cabeça por demais enfatuada nada progredia para ver se o negócio aplacava. Na janela, o gato a vislumbrar para outros animas da mesma espécie vagado pelo outro lado da rua. A mãe, dona Cora, a costurar para o grato, Junior, umas cuecas. E Junior a brincar com os seus dados. De repente, o gato se encurvou, todo arrepiado, mostrado as suas presas para um outro gato, deixado sair um forte miado! Dá sua máquina de costura, dona Cora, da sala onde estava pareceu ter visto algo a se mover no final do corredor da casa. Algo semelhante a um corpo de mulher.
Cora
--- Virgem Maria! Que é aquilo? - - indagou assustada.
Racilva
--- O gato! - - respondeu a filha
Cora
--- Que gato, que nada? É uma visagem! - - estremeceu de pavor.
Racilva
--- Visagem? Onde? Deixa-me ver! - - e se levantou bem rápido do assento da outra máquina de costura onde ela trabalhava também.
E foi para o interior da casa à procura de algo, como se fosse uma visagem. As duas andaram, para cima e para baixo, procurando uma visagem que, por acaso, apareceu tão de repente. Após breve instante Racilva procurou dizer se sua mãe não estaria enganada com essa aparição.
Cora
--- Que aparição, que nada! Eu vi o negócio! A coisa passou de repente, e pronto! - - relatou.
Racilva
--- Não duvido! É bom chamar dona Alzira para ela benzer a casa! - - falou cheia de susto.
Cora
--- Alzira! É bom chamar! Eu mesma vou logo mais à casa de Alzira! Vou chama-la! - - declarou.
A mulher chamou um carro de praça para ir, então, até a casa de dona Alzira, senhora de 50 anos, aproximadamente, e lá conversou com a senhora de tudo o que viu. E emtão pediu a sua ação de ir para fazer algo em sua residência, de modo a benzer a casa como um todo. A mulher, Alzira, ficou bastante preocupada com o que dona Cora relatou e logo se arrumou para poder ir até a casa de dona Cora fazer a benzedura total, levando ervas necessárias para cuidar do asseio.
Chegando à residência, Alzira sentiu tremendo calafrio e, de imediato, se benzeu tento jogado para fora aquele agouro insidioso. Com esse assustado tremor, Alzira rezou uma oração se benzendo toda, dos pés a cabeça, sem nada dizer a sua “comadre”, como Alzira chamava dona Cora. A mulher, Alzira, disse algo como se fosse uma prece ou algo assim. Em seguida, Alzira se limpou e logo em seguida buscou entrar na residência à qual lhe fora chama por sua dona. Dona Cora, curiosa, fez-lhe a pergunta de um modo baixo.
Cora
--- Era um “espírito”? - - indagou
Alzira
--- Tem muitos nessa residência! Muitos mesmos! Chega de dar calafrios! – disse a mulher.
Alzira adentro na residência acompanha com sua comadre, dona Cora, e logo à entrada, encontro a filha, Racilva, a quem cumprimento. E neto também, o Junior, a quem lhe fez carinhos coçado a cabeça e dizendo:
Alzira
--- Menino lindo! - - sorrindo logo após
Racilva acompanho dona Alzira e a sua mãe por causa do susto que lhe acometera por dona Cora ao dizer ter visto uma “coisa” no interior da cozinha. Por isso mesmo, a mulher ainda moça estava com tremendo pavor. Mesmo assim ficou calada, se agachado para pegar o seu filho, o Junior, ainda pequeno. A mulher, dona Alzira, já de meia idade, fez o que se destina a fazer por toda a residência, levando um tempo medonho para que tudo chegasse ao seu fim. Terminada a angustiosa aflição de ter que mandar para “os infernos”, Alzira chegou ao fim, totalmente suada por tamanho sacrifício. Após um tempo, a mulher falou.
Alzira
--- Creio que chegou ao fim. Mas, tomem cuidado! Eles podem voltar! - - e jogou fora as suas folhas secas de verdade. Dona Cora correu apressada e lhe pegou certa importância para dar a mulher.
Cora
--- Tome, por favor. Eu sei que não é dinheiro que venha lhe pagar. Mesmo assim, é o valor da passagem. - - falou temerosa.
Alzira
--- Eu não devia nem mesmo receber! Obrigada! Deus lhe pague! - - respondeu pesarosa
Cora
--- Tentou mais uma coisa a perguntar. É uma questão bem antiga, ocorrida nos meandros do século passado. Creio. A história de uma moça, chamada Chiquinha Gama ou coisa assim. A senhora tem conhecimento deste caso? - - indagou curiosa.
Alzira
--- Chiquinha! Eu sei de uma história de uma moça de nome Chiquinha. Não sei bem se é essa! É uma história bem antiga. Ela era uma moça nascida no interior do Estado. Será essa? - - indagou
Cora
--- Talvez. Por favor, conte-me, se for o caso dessa tal Chiquinha! - - falou curiosa.
Alzira
--- Eu não a conheci, de verdade. Porém ela viveu muito por aqui. Francisca Gama, a Chiquinha, ela era uma moça pobre, de 19 anos, era filha de um imigrante. Não sei se italiano. Ela saiu do interior e veio residir, aqui, na Capital e, por bem, se “perdeu”. Caiu da “vida”. Mesmo assim tinha alegria e formosura. Será essa? - - indagou ciente.
Cora
--- Parece ser essa! Ela era do interior. Caicó, talvez. Ou Açu, com certeza! - - detalhou!
Alzira
--- Provavelmente talvez Açu! Era uma cidade ainda pequena, naqueles idos! De namoro então, Chiquinha foi seduzida por um rapaz de nome Lima. Então, a rapariga tornou-se a inveja das moças de bem e da cobiça dos rapazes. Ora vejam! - - a mulher sorriu.
Racilva fez uma ilustrada gargalhada, e quem passava pela calçada à frente da ilustre casa se espantava e sorria sem nem saber por que estava sorrindo.
Cora
--- Conte mais! - - sorrindo
Alzira
--- Pois bem. E nesse ponto, Chiquinha fugiu de casa. Ela estava noiva. Mas o rapaz morreu, assim, tão depressa, que nem se saber por que. Morreu, simplesmente! –
Racilva
--- Ele morreu de verdade? - - indagou perplexa.
Alzira
--- Sim. Ele morreu. Ninguém sabe o porquê. Meramente morreu! - - declarou sisuda.
Cora
--- É assim. Hoje se morre por nada! - - confirmou
Racilva lembrou o seu marido e, certamente calou. Dona Alzira prestou bem atenção a Racilva e calou um pouco. Logo após, prosseguiu.
Alzira
--- Não se sabe quando se vive. Há crianças que já nascem mortas. Por que elas nascem? Talvez, o espiritismo tenha sua explicação, na verdade. Coincidência ou não, elas nascem já sem vida! E por que? Talvez essas crianças não queriam nascer nesse instante por um motivou ou outro! –
Cora
--- É muito complexo. Nascer e morrer! - - declarou pensativa
Racilva
--- Eu bem queria ter morrido durante o meu acidente! - - pensativa.

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