- DEUS MITRA -
- 05 -
O TEMPO -
O negócio de vendas no bar,
naquele dia, era pouco. O pintor chegou cedo, antes mesmo do bar está
funcionando. O movimento no bairro da Ribeira nem ainda começara de certo.
Mesmo assim, com seus barcos a fazer viagens na rota da Redinha, ainda era bem
cedo. O bar estava fechado e o pintor de sua auxiliar estavam com se estivessem
a dormitar. As seis horas ou um pico mais, Rapa Coco abriu a porta da casa e
viu de perto o certo pintor. E falou;
Rapa Coco
--- O pessoal ainda não chegou. -
- falou ele ao pintor
Pintor
--- Nós estávamos aqui apenas a
espera. - - respondeu
Rapa Coco observou as oficinas ao
lado. Mesmo assim ainda estavam fechadas. Ele observou um homem embriagado a
dormir na calçada ao longe e nada falou. E continuo a abrir outras portas. Uma
toalha levemente úmida, com ela Rapa Coco limpava os moveis da sala. Nesse
ponto, o Pintor e sua auxiliar entraram do bar. Nada havia preparado a não ser
uns pasteis um tanto murchos. Nesse instante Rapa Coco foi coar café. No
momento chegara a moça Zuleide empregada como garçonete. E indagou
Zuleide
--- Eu cheguei cedo ou a turma
está atrasada? - - quis saber
Rapa Coco
--- Seis horas. - - respondeu o
homem
Zuleide
--- Deixa que eu faço. Vocês
tomaram café? - - indagou ao pintor e sua auxiliar
Pintor
--- Não. Chegamos agora. – - respondeu
o pintor
Nesse ponto o carro encostou na
frente do bar. Geraldo estava suado. Era por empurrar o carro na saída de casa.
Ainda estava a rezingar com o veículo.
Geraldo
--- Vou comprar outro! Vou
comprar outro! Ora se vou! - - com cara feia.
Zefinha
--- Não esqueça das bananas. - -
respondeu a mulher
Lourdes
--- Vou levando a troçada! - -
disse para a sua comadre
Zefinha
--- Deixa um pouco que eu levo. O
pintor já está aí. - - respondeu
Nesse ponto vinha a passar o
mecânico Hélio não esquecendo de dar bom dia. Lourdes o cumprimento da mesma
forma.
Lourdes
--- Estamos atrasados. Bom dia. -
-
Hélio
--- Quer ajuda? - -
Lourdes
--- Não é preciso. - -
Geraldo estava esquisito por
conta do carro. E entrou na conversa perguntando se sabia de algum carro porto
a venda. E Hélio respondeu ter um que estava a[aa1]
negócio por sinal.
Hélio
--- Estou trabalhando nele. Hoje,
acabo. Só está meio ronceiro. Mas, pega bem. -- -
Geraldo
--- Um no outro. Quer? - -
indagou
Hélio
--- Não é meu. Mas posso saber. -
-
E a conversa parou nesse ponto. O
pintor estava conversando com Zefinha para saber se podia começar seu trabalho.
A mulher ficou sem o que saber responder. E de repente perguntou.
Zefinha
--- Mas quanto tempo? - -
Pintor
--- Um ou dois dias.!
Zefinha
--- E presta? - - cara feia
Pintor
--- Eu faço o melhor possível!
Nos Estado Unidos fiz o melhor possível. - -
Zefinha
--- Verdade? Pois comesse! - -
disse como ordem.
E o pintor começou a operar. Com
a ajuda de sua auxiliar ele meteu a mão na massa. A moça preparava as tintas e
ele salpicava as pinturas. Era algo deslumbrante que não se sabia dizer algo de
melhor detalhe. Super-heroínas eram os destaques principais e a cada pincelada
as heroínas se transfiguravam em deusas da noite ou do dia em suas corres
rubras com azuis e cor de pele. As espadas eram o máximo coloridas cheia do
calor sentido por suas ninfas numa brilhante silhueta sensual. Em matizes
loucos era tudo sensual onde o tempo se esvaía a cada passo para cair num rio
caudaloso em mirabolantes sentidos de tonalidades multicoloridas entre nuvens
ressentidas de valiosos cambiantes. No bar, quase nada se podia oferecer aos
fregueses. Por certa ocasião o pintor argumentou.
Pintor
--- Por que a senhora não fora
esse teto? Fica maravilhoso. E uma cortina vermelha por traz. - -
Zefinha
--- Custa caro. - -
Pintor
--- Custa nada. A senhora faz em
troca da pintura. - -
Zefinha
--- E quanto vou gastar? - -
Pintor
--- Nada. Se a senhor quiser, em
mesmo faço. - - -
Zefinha
--- O senhor? - -
Pintor
--- Sim. É num instante. É
bastante dizer! Ainda ponho banco. A senhora chama artistas que querem cantar.
E não paga nada. Artistas! Sabe? - -
Zefinha
--- E quanto eu gasto? - -
Pintor
--- Nada. É só deixar que eles
cantem. - -
Zefinha
--- Sei não. Quem ganha?
Pintor
--- Os que cantam. Livros. Já
pensou? Lançamento de Livros. Toda semana tem uma atração. Eu vi o homem que
não tinha nada. E ele se entreteve por essas coisas e hoje está rico.
Zefinha
--- Como? Ele fez sozinho? - -
Pintor
--- Não. Mas não gastou nada.
Carros. Lançamentos. E assim por diante.
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