sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

SUPLÍCIO DE UM MISTÉRIO - 16 -

- TEMPORAL -
- 16 -
CHUVA

O dia amanheceu totalmente chuvoso. Trovões rimbombavam a cada instante. De onde se estava, não dava para vislumbrar nem mesmo a praia com mais profundidade. Nada era permitido de andar para a zona sul onde estava a Universidade. Ada fez questão em alertar quem pudesse de não poder sair de seu apartamento àquela hora da manhã. Gastão foi quem pode sair tão logo a chuva aplacasse. Pescadores transitava pelo alto da avenida levando seu peixe para vender no mercado. Os ônibus paravam de circular por causa do temporal naquele instante. Dona Corina até a manhã bem cedo não aparecera. O garoto Aldo também não pode sair para assistir aula maternal. Um vento forte zoava cada instante. As lavadeiras foram outras a não sair de casa para ir ao tanque. Uma cratera se abriu na ligação entre o bairro do Baldo e a Cidade Alta, obrigando aos motoristas transitar com seus autos para parte alta do Tirol.
Mecânico
--- É o mundo todo! - - gritava sorridente
Na ponte do Igapó, um desastre. Um ônibus que vinha para o centro da cidade, derrapou e ficou preso com a metade para dentro do rio. Houve pânico geral. Mulheres e meninos choravam com temor do perigo do ônibus derrapar de vez para dentro do rio. Foi gritaria sem precedentes. Os demais carros ficaram presos sem poder passar de um lado para o outro. Nem mesmo um guindaste pode seguir para o local do acidente. Bombeiros da Policia estavam ocupados em outras ocorrências. Nada podia ser feito na ponte de Igapó. As lanchas que transitavam da Redinha para a Ribeira, bairro de primeira necessidade, ficaram enganchados no cais da Avenida Tavares de Lyra, pontos de embarque e desembarque
Tiana
--- Está ruim mesmo. Agora faltou luz. Ninguém pode nem descer do apartamento! - - tremendo de medo.
Aldo
--- Maínha! Vou me deitar. - - declarou tremendo
A falta de energia afetou toda a cidade. Não se podia nem pensar do se podia ser feito. Uma Torre de alimentação de luz se rompeu em Santa Cruz, município distante da capital, precipitando o corte de energia para todo o Estado.
Ada
--- E agora? O que eu faço? - - de olhos aboticados
Tiana
--- É esperar que Deus dê bom tempo! - - lamentou
Ada
--- Onde foi que houve acidente? - -
Tiana
--- O homem do rádio disse ter sido em Santa Cruz! - - informou
Ada
--- Santa Cruz? Isso é longe! E agora? - - indagou alarmada
Na Cidade, os jornais não puderam sair por falta de energia. Esperava-se que um deles pudesse colocar um gerador de energia colocando naquele dia tudo em ordem. Mesmo assim, isso era difícil de se colocar um gigante a gerar luz. Contudo, foram à frente. Os jornais do dia foram impressos na Paraíba e apenas chegaram a Natal por volta das 9 horas da noite
Gastão voltou para o seu apartamento antes do meio dia falando com Ada sobre o ocorrido. Ele não sabia o sucedido com a Torre de Santa Cruz. Veio saber por meio de Tiana. A moça ouviu contar ter uma Torre despencado próximo à Cidade de Santa Cruz, duas horas de meia de Natal e que poderia haver falta de água por esses dias.
Gastão
--- Água? Quem disse isso? - - espantado
Tiana
--- O homem que tem um rádio aí em cima. - - e apontou com o dedo
Gastão
--- Leopoldo? Vou saber dele! - - e correu para o andar de cima
Ada
--- Quem disse isso a você? - - perguntou a Tiana
Tiana
--- A empregada da casa. - - declarou
Ada
--- Eu não sabia disso! - - alarmada
Tiana
--- Mas eu disse a senhora! - - alertou
Ada
---Você me disse? - - perguntou
Tiana
--- Parece que sim. Falei em Santa Cruz. E em todo o Estado. - - declarou
Ada
--- Parece que sim. - - preocupada.
Tiana
--- E a luz? - - perguntou
Ada
--- E a luz!!! Vamos para Macaíba! No sítio tem cata-vento! Vamos embora! - - assustada
Tiana
--- E a chuva? - -
Ada
--- Passou mais. Vamos embora. E já! - - arrumou o que tinha de levar
Aldo
--- Mainha, estou com fome. Tem sopa? - - perguntou o menino na hora de se levantar antes do meio dia.
Ada
--- Lá vem você. Tiana, prepare uma sopa para o menino. - -
Tiana
--- Eu já fiz. Está na panela. - -
Gastão voltou de imediato e disse a mulher que Leopoldo tinha saído.
Ada
--- Nós vamos para o sítio. –
Gastão
--- Agora? - - assustado
Ada
--- Que horas pensa que vamos? - - com as mãos nos quadris
Gastão
--- Mais tarde. E eu tenho que ficar. - -
Ada
--- Fazendo o que? Pois vamos nós. Tiana, assume a trouxa. - - falou brava
Tiana
--- Aqui tem tudo arrumado. - -
Gastão
--- E eu? - - preocupado
Ada
--- Você se ajeita por aí. - - relatou enquanto virava tudo

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