GRANDES DEUSES - 18 -

RIO ANTIGO

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RADIO MODERNA

No domingo estava reunido o Senador com o seu filho, Lauro, a noiva, Marilu, além da esposa, advogado, representante da torre que seria adquirida, o técnico, Severo, homem capaz de resolver problemas surgidos desde o transmissor até o conserto de uma torre em si, além de um representante do edifício de três andares onde funcionou uma estação de rádio. A reunião seria para ajustar a compra do edifício, incluindo a torre fincada na margem do rio Potengi e um terreno onde foi, certa vez, outra torre, para transmitir em ondas curtas para todo canto do mundo, se fosse importada. O velho Senador já havia depositado a respectiva soma nos Banco e então nesse momento, teria que nomear um Diretor Geral, uma vez que ele não podia ser coisa alguma por conta de ser um Senador de verdade.

Senador

--- Bem. Tudo está completo faltando apenas nomear a direção de estação de rádio. Nesse ponto, fica nomeada a senhorita Marilu e o técnico Severo, responsável pela emissora em seu total. De resto, temos advogados. Parece ser isso. –

Lindalva

---Parece que o senador esqueceu de algo. - - sorriu

Senador

--- Não esqueci. Lauro fica responsável pelo jornal, como sempre. E a senhora é a responsável pelos pagamentos.

Lindalva

--- E a Direção Artística? - - sorriu

Senador

--- Bem. Isso é de competência da senhoria Marilu. Os demais, nossos filhos, passam ser os seus coproprietários. Onde estão eles? - - quis saber.

Lindalva

--- Trabalhando! - - respondeu

Senador

--- Hoje é domingo, mulher! - - declarou o Senador.

Após a reunião daquela manhã de domingo o Senador convidou o seu filho Lauro e a noiva Marilu também com a sua esposa, Lindalva, para saborear o almoço em pela casa onde ele morava em parte de Petrópolis. Era uma moradia luxuosa, casa de primeiro andar, frente ao parque infantil e a Praça Pedro Velho. Por aquele caminho passo por bastantes anos o Bonde que atendia o bairro com terminal na descida da Praia do Meio, um pouco distante já nesse tempo, muitos anos passados. Entre novos assuntos, o Senador teve a dizer que ele teria que ir, outra vez, a Paris, e os convidava – Lauro e Marilu – para fazer companhia, junto com sua esposa. O Senador pagaria passagem, hospedagem e outras demais despesas.

Senador

--- Eu estava propenso em abandonar a senatoria, porém, como meu cargo é efetivo, o Governo solicitou de continuar, como sempre estava a fazer. Eu aceitei. Os melões ficarão sob responsabilidade de Agenor, já que ele cuida muito bem. Para Marilu, eu tenho a dizer que Agenor eu o meu capataz. Ele e outros tomam conta das frutas, verduras e até mesmo do açúcar, hoje bastante admirado pela Suíça. Que vocês me dizem? - - quis saber

Lauro

--- O senhor é dono de um admirável ser. Orgulho-me. Quanto a mim, eu e Marilu estamos de casamento pronto. Queremos a presença vossa. –

Senador

--- Tem data? - -

Lauro

--- Domingo à tardinha com comunhão de bens. – -  explicou

Na segunda-feira, Marilu, ainda na sede do Jornal foi dizer a Janilce que, a partir de então, ela assumiria outra posição: a de diretora geral do matutino pois Marilu assumiu a direção da Radio Tirol, ainda sem funcionar. Levaria algum tempo para a Rádio ser posta no ar, em definitivo. Pelo menos, Janilce já seguia o seu rumo uma vez ter Marilu as suas despedidas.

Janilce

--- Mas. Mas. E que eu faço? - - indagou surpresa.

Marilu

--- O que eu fiz! - - respondeu sorrindo

Janilce

--- Logo agora? Bruta sacanagem! - - alarmada

Marilu

--- Diga, pelo menos, um caso, só para começar. - - pediu um caso

Janilce

--- Já sei. Rádio Tirol. - - disse contente

Marilu

--- Não vale. Outra! - - sorriu

Janilce

--- Não vale? Ponte que caiu! Pensando! - - a cabeça rodou.

Marilu

--- Caranguejo? - - disse sorrindo

Janilce

--- Uçá? Vou mandar um repórter. Elpídio. Ele é das brenhas. Vai ao nascedouro do Potengi. 

Enquanto isso, Marilu, lendo a Revista Ilustrada encontrou um assunto por demais interessante: A Ira de Deus. A Bíblia está repleta de punições fabulosas infligido por um Deus vingativo. Essas lendas de morte e destruição podem não estar, apenas, no passado da humanidade. Mas também no seu futuro.

Marilu

--- O mundo moderno ainda está sujeito ao mesmo tipo de catástrofes. Mas, se tivermos de enfrentar a Ira de Deus novamente, talvez seja muito pior.

Janilce

--- Inundação, fogo, apocalipse. Tudo isso está na Ira de Deus. –

Marilu

--- Imagine se o nosso Mundo fosse transformado por uma tempestade esmagadora! –

Janilce

---- Um dilúvio de proporções globais que provocasse avalanches de água entre os arranha-céus

Marilu

--- Uma inundação cataclísmica que varresse a Ásia. –

Janilce

--- E as grandes capitais da Europa. –

Marilu

--- Um Oceano compacto cobrindo completamente todo o Planeta. –

Janilce

--- As páginas da Bíblia são uma coleção de catástrofes. –

Marilu

--- Uma análise mais cuidadosa revela que uma série de desastres naturais verdadeiros foram documentos das lendas bíblicas e que eles estão entre as grandes ameaças que pairam sobre nós nos dias de hoje. –

Janilce

--- A questão é saber se eles voltarão a acontecer e quando isso ocorrerá.

Marilu

--- Esse tipo de coisa repercute hoje em dia. As catástrofes naturais, pelo menos da Bíblia, causam impacto até hoje e as pessoas, talvez, tenham um pouco de medo e se perguntem elas não podem acontecer de novo.

Janilce ficou pensativa