quinta-feira, 20 de agosto de 2015

LAÇOS DE TERNURA - 50 -

- MISTÉRIO -
- 50 -
A MORTE -
De repente, chegou à frente da casa a moça Walquíria, puxando o garoto Ciro pelo braço e logo indagou da situação atormentada não esperando nem mesmo a cozinheira ir chama-la, pois, a conversa estava como que acalorada e entrando de casa a dentro. Ajeitando o vestido, Walquíria foi logo a indagar.
Sorvetinho
--- Que houve gente? Algo de mais? – Indagou assustada.
Noca
--- O pescador. Ele informou da morte do prefeito! – Relatou a mulher com susto
Sorvetinho
--- Prefeito? Que prefeito? Avia! – Quis saber detalhes
Noca
--- O Prefeito de Baía. Onde ele vai sempre. Lá! – Falou clamorosa.
Sorvetinho
--- De Baía? Que Baía? Formosa? Ai meu Deus! Onde botaram um para baixo? – Perguntou sem sossego.
Pescador
--- Sim, sá dona. É lá mesmo. O Prefeito de lá foi morto nessa madrugada. Quatro homens. Eles deram tiros de morte. Os capangas do Prefeito ainda perseguiram os bandidos. Mataram dois. Os outros, fugiram. Está um clamor! – Relatou o pescador cheio de espanto.
Sorvetinho
--- Ave meu Deus! Vou já chamar Dalva. E ligar a TV. Não é possível! – Saiu puxando pelo braço o seu afiliado
Noca
--- Ave meu Deus. E quem eram os criminosos? – Perguntou alarmada
Pescador
--- Sabe lá quem foi! Gente de outro Estado. Por que, não se sabe! – Lamentou
E ao telefone com o aparelho de televisão já ligado, Walquíria tentava chamar a dona da casa, senhora Dalva e indagar sobre o rumoroso caso. Após alguns minutos, Dalva atendeu. E quis saber
Dalva
--- Diga, mulher. O que houve? –
Sorvetinho
--- O Prefeito. Mataram o Prefeito da cidade! – Respondeu alarmada.
Dalva
--- Quem? Daqui? Quando? –
Sorvetinho
--- Não. De Baía Formosa. Agora. Parece. O pescador foi quem deu a notícia. Ave meu Deus. Os desalmados mataram o homem. Foi bala muita. –
Dalva
--- Não diga isso. Verdade? A que horas? Quantos marginais? –
Sorvetinho
--- Espera. Espera. A TV vai divulgar agora. Eu te chamo. –
E a emissora passou a divulgar a notícia da morte do prefeito José Lima da Silva empossado há pouco tempo no Cargo. O Prefeito José Lima estava dormindo em sua casa, em Baía Formosa, quando quatro homens a invadiram e, armados de escopetas, detonaram, matando o Prefeito na mesma hora. Os capangas se alertaram e perseguiram os marginais deflagrando balas em todas as direções acabando com a vida de, pelo menos dois marginais, enquanto os demais conseguiram escapar. Não se sabia, ao certo, se dois ou três escaparam da refrega e fugiram em um carro pegando o destino ignorado. Os que ficaram, eram todos mascarados. Os transeuntes temeram o ocorrido. Mesmo assim, os capangas conseguiram retirar as máscaras das caras dos agressores e nada mais disseram de quem seriam os mortos. Dois policiais chegaram ao local horas depois e guardaram os mortos enquanto a Polícia era acionada logo pela manhã. O corpo do Prefeito continuava em sua casa. Foi um caso nunca visto na cidade.
Mais ao longo do dia, outras informações eram dadas, mesmo assim, nada se podia afirmar com certeza o mandante do assassinato do prefeito José Lima. O caso foi levado a Capital. O corpo do defunto passou por autópsia naquele dia sendo despachado para sepultar no dia seguinte.
Dalva
--- Não disse! E eu fosse o prefeito? – Comentou.
Zequinha
--- Isso é rixa antiga. Talvez de outras terras. – Falou consciente
Dalva
--- Mesmo assim, isso não me pega. Eu prefiro ficar em minha casa com os meus do que está exposta aos demais. –
Zequinha
--- Laços de ternura, com certeza. – Sorriu
Dalva
--- Pois é. Isso é muito melhor.  
Horas, dias, semanas e meses foram passados. Tudo estava calmo, salvo pelas chuvas caídas vez por outra a deixar as pessoas aflitas com o aguaceiro insistente capaz de afogar a várias pessoas em um só tempo. Independente disso, tudo era então normal. Certa vez, a madrinha de Ciro quis saber.
Sorvetinho
--- Que dia é hoje? – quis saber.
Dalva.
--- Segunda. Por que? –
Sorvetinho
--- Ah. Porque dentro de uma semana tem nova festa. – Sorriu
Dalva
--- Já sei. Aniversario de Ciro. – Sorriu amplo
Sorvetinho
--- Então, vamos à luta. – Sorriu
Dalva
--- Você pensa que eu esqueci? Eu já estou pronta para chamar os coleguinhas. Que venham! –
Amanda
--- Falta apenas uma coisa: -
Dalva
--- O que? –
Amanda
--- O velho barrigudo que quis fazer Prefeita a mãe de Ciro! – Gargalhou.  


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