quarta-feira, 8 de julho de 2015

LAÇOS DE TERNURA - 31 -

- NATAL -
- 31 -
ALTA -

Dalva Lopes Baldo, de imediato, deixou o gabinete do doutor Marcelo Orta e se dirigiu ao quarto de dona Noêmia para contar a novidade. Em conversa com o médico, chegou-se à conclusão da mulher poder ter alta no dia seguinte, por alguns dias, até o doutor Orta poder voltar da viagem a São Paulo onde faria palestra para os cientistas do Brasil e alguns países convidados. Dalva Lopes ficou tensa em como começar o assunto. Apesar de tudo, Noêmia ficaria com Dalva em sua casa quando teria alta definitiva. Quando ao uso do remédio do mato, a Janaúba, ela continuaria a usar por certo tempo. Embora a ferida estivesse em cicatrização, era cuidado o prevenir o uso da erva. Quando tudo ouviu do doutor Orta, houve um delírio. E maior delírio foi feito por parte de Noêmia ao recordar a conversas.
Noêmia:
--- Eu não disse! Eu não disse! Estou curada. Graças a senhora, ao médico e, principalmente a índia que me deu a erva! Curada!! Quando eu posso ir? Agora? - - indagou em lágrimas.
Dalva
--- Não. Não. Amanhã. A senhora vai permanecer comigo até quando o médico voltar e lhe der alta definitiva. É o costume dos médicos. E ele advertiu que a senhora reside muito distante. E melhor ficar aqui, por enquanto. É só isso, mesmo! – Sorriu de contente.
Noêmia:
--- Ave Maria! Não vejo a hora. Amanhã. Que bom. Santo Deus. A índia. O Céu é lindo. Graças. Graças. Graças! Peço-te um beijo meu bom filho amado! – Delirava a mulher.
Embora falasse de tudo, Dalva Lopes se privou em ditar ter a mulher poder sido mordido por um animal peçonhento ou pisado num pé de pau com espinho. Esse foi o diagnóstico mais acertado pelo doutor Marcelo Orta. Porém pediu silencio, por enquanto, até ele voltar do São Paulo. Naquele Estado, ele faria visitas a outros laboratórios para poder ter maiores informações sobre a erva, a Janaúba, um mato a fazer milagres, mesmo já sabendo de a chaga na perna ter sido ferimento causado por outro objeto, como aranha, cobra ou mesmo espinhos.
No dia seguinte, quando dona Noêmia já estava na habitação de Dalva Lopes, um caso já quase esquecido detonou no ar. A TV estava ligada por volta das dez horas da manhã quando um sinal de advertência surgiu. Ouviu-se soar um Urgente e de imediato o locutor:
Locutor
--- URGENTE! Encontrado o avião desaparecido com o Governado do Estado. Os técnicos em resgate encontraram os corpos das vítimas. Aguardem! – Concluiu.
Dalva:
--- Encontraram os corpos das vítimas. Inclusive o Governador! Graças a Deus. E sou Afrânio? – Indagou alarmada a Walquíria.
Sorvetinho:
--- O velho está na Base. Por sorte. – Declarou.
Dalva:
--- E Amanda? –
Sorvetinho:
--- Com ele. Ora! –
Dalva:
--- E como se fala? –
Sorvetinho:
--- Com a Base. Difícil. Só indo. –
Dalva:
--- E ela na disca? –
Sorvetinho:
--- Liga sempre. Vem buscar as roupas do velho e mudar suas calcinhas. – Sorriu.
Dalva:
--- Isso é sei. Não precisa de tanto alarme! – Retrucou abusada.
Sorvetinho
---Se sabe por que pergunta? Já devia saber. –
Dalva:
--- Você é abusada mesmo. Eu perguntei por perguntar. Ela pode saber de mais coisas. Onde acharam os corpos? Como estavam? E já apodreciam? Isso! Tonta! – Revidou.
Sorvetinho:
--- Pegue o Celular. Ela tem um. Ligue! – E passou o número do celular.
Dalva:
--- Ah sim! Assim é melhor. Linda! Deslumbrante e bela! – Disse a mulher para Walquíria.
Sorvetinho:
--- Hum! Como ela está? Deslumbrante! Pegue o troco! – E estirou o dedo.
Dalva gargalhou e tentou chamar o celular de Amanda. Depois de algum tempo, o celular avisou está desligado.
Dalva:
--- A merda desligou o celular! – E embolsou o número em sua veste.
Sorvetinho:
--- Deixa eu ver se ligo. Tenho outro número aqui. Esse também chama! – E discou – Está chamando! Espere! Atenta, merda! Ah! Atendeu! Cadê o outro? – Indagou.
Amanda
--- Sem crédito. Que procura? –
Sorvetinho
--- Acharam o defunto? -  
Amanda:
--- Estão resgatando. Muito limo. Aqui não posso falar. Daqui a pouco ligo! – Disse.
Sorvetinho:
--- Por que não fala? A televisão já deu! Bosta! – Se zangou.
E o celular foi desligado, de imediato. A irmã de Amanda ficou fula da vida. E gritou!
Sorvetinho
--- Vá a merda! Sinhá bosta! – Afirmou vermelha de raiva.
Dalva
--- Que disse? – Indagou.
Sorvetinho
--- Estão tirando. Daqui há pouco ela disca. - Afirmou abusada.
Dalva
--- Que bom. É bem melhor. Tá vendo como ela fala? – Indagou a Noêmia apontando na a sua companheira.
Noêmia:
--- Nem faço caso. Lá em casa, quando os meninos se atracam, vão a guerra! – Sorriu
Dalva:
--- São uns fedelhos. Raça ruim! –
Noêmia
--- Quem resmunga muito é minha mão. “Sai daí troço ruim”! – E gargalhou.
Sorvetinho:
--- Quem te viu! Nem parece! Saúde nos trinques! – Falou Walquíria admirando a mulher
Dalva
--- Não tem melhor do que saúde! – Destacou:
Noca:
--- Um peido frouxo! – Declarou a cozinheira
E todos sorriram de vez.


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