- TSUNAMI -
- 40 ´-
NAVIO -
Por volta das 9
horas da manhã a equipe da Universidade Federal já estava a postos na praia de Sagi
onde estava encalhado um imenso navio petroleiro de 458 metros de comprimentos
e largura de 89 metros com um calado de 25 metros correspondente a um edifício
de 8 andares. Era um imenso navio onde pessoas vagavam por distancia a olhar
aquele petroleiro com temor do mesmo explodir a qualquer momento. A Marinha já
estava no local assessorada pela Polícia Naval e demais soldados da Polícia
Militar. As casas à beira mar que foram arrastadas pelas ondas, já não havia
nada para contar. A não ser os seus moradores a vasculhar os entulhos sobrados
e espalhados por toda a imensa costa. O
piloto do navio explicava ao comandante da Marinha o havido com a sua
embarcação.
Piloto:
--- Eu estava
no comando quando uma onda gigante arrastou o barco pondo para fora como se
fosse um resto de madeira perdido no Oceano. Eu não tive jeito de manobrar o
navio. Foi uma onda gigante. Como se diz: um tsunami. É a mesma coisa! – Falou
desalentado.
Comandante:
--- Nós já
prevíamos essas ondas. Mas colocar um navio gigante desse porte em cima das
pedras? Foi deveras surpreendente. Que fosse uma lancha ou um barco de pequeno
porte. Isso, vá lá. Mas, veja esse tamanho da embarcação? – Apontou o
comandante da Marinha para todo o petroleiro.
O piloto do
navio gigante apenas olhava e chorava de tanta comoção a lamentar perder
tamanha carga em uma praia praticamente deserta.
Piloto:
--- O peso da
carga é de 424 milhões de barris, mais de 5 vezes o peso de um porta-aviões. –
Chorava como um louco
Comandante
--- Dezoito mil
caminhões tanques! – Relatou decepcionado.
Auxiliar da
Marinha olhava o tamanho do navio tanque e apontou para o nome.
Auxiliar:
--- SMQueen.
Inglês! – Alertou.
Piloto
--- Apenas o
nome. Bandeira brasileira. Esse é um antigo navio “Enchova”. – Salientou.
Comandante:
--- Mas,
fabricado nos estaleiros ingleses! -
Comentou.
Piloto
--- Temos uma tripulação
de 40 marinheiros. Todos estavam acordados quando veio o gigante tsunami. Eles
apenas ouviam o mar alterado, o barco subindo e descendo como folha de papel.
Era o caos! – Lamentou chorando.
Comandante:
--- O senhor
comunicou o fato às autoridades? – Quis saber.
Piloto
--- Sim. De
imediato. No mesmo instante. Avisei a Capitania dos Portos, a Base Naval e aos
proprietários da embarcação. – Relatou.
Já bem antes já
estavam a postos os veículos da Polícia, Marinha e Universidade além de outros
carros com a turma de pessoas a resgatar os desatentos ocupantes navio tanque
nesse pior desastre ocorrido em terras do Rio Grande do Norte. A Marinha
destacou militares para recolher os marinheiros em uma altura considerável pelo
tamanho da embarcação.
Do seu ponto,
Dalva Lopes Baldo anotava todo o necessitado e procurava colher depoimentos de
nativos com imediata atenção. Número de pessoas, quantos casebres destruídos, a
ajuda do Governo Municipal e Estadual, o que se perdeu com o tsunami seguido de
furacão entre outros adendos normais.
Dalva
--- Minha
velha, o que a senhora perdeu de mais precioso? -
Velha
--- O meu
filho. Ele se foi com as águas da maré. – Respondeu a lacrimar.
Nativo
--- Senhora. Eu
nunca vi desastre desse tamanho! Olha só o navio! Faz até medo se chegar perto
desse monstro! – Falou com espanto
Dalva
--- O senhor já
tinha visto um navio desse tamanho? –
Nativo
--- Senhora. Eu
trabalho em jangada. E nunca vi o tamanho de uma embarcação desse tipo. Para
mim, ele também dez andares ou mais. Do tamanho de um prédio gigante! – Relatou
cuidadoso.
Em poucos
instantes, viaturas de Polícia chegaram ao local com um comando de militares
muito bem armados e ostensivos com coletes de balas e armas de longo alcance.
Foi um pavor para os nativos ver todo aquele armamento a assumir o comando para
dissolver os curiosos a estar a ver o navio encalhado nas pedras.
Mulher:
--- Sai daí
moleque! Esses soldados são malvados! – Acudiu uma mãe com toda a pressa.
E os meninos,
moças e rapazes se esconderam dos militares temendo serem os monstros guardiões
do portão do Inferno. Gigantes, truculentos, os militares tinham o rosto
coberto para uma máscara e nada falavam mantendo-se firmes e disposto ao ataque
àquele pessoal nativo cheio de problemas, até mesmo sem casebres, pois suas
choupanas foram varridas da terra para a imensidão do mar. Os algozes monstros
eram os policiais do Estado, provavelmente as feras carniceiras prontas para o
assalto a qualquer instante. Nesse momento, se aproximou um oficial da Polícia
para um militar de baixa patente e advertiu nada tem a fazer.
Oficial
--- Apenas
mantenha guarda. A Marinha é quem comanda! – Falou com seriedade.
E os
Marinheiros de terra iniciaram a labuta de retirar os componentes do destroçado
navio amarando cordas para ver se conseguiam a os nautas descerem da melhor
forma possível, caindo de uma altura impressionante de cerca de 8 andares de um
edifício. Eram todos em um total de 40 marujos a buscar a proteção de terra
firme pois na embarcação havia o seu desequilíbrio constante pelo fator das
águas do mar e da barreira de pedras onde a nau se enterrou de vez. Notava-se a
presença de mais ajudantes, todos em terra, pois havia dúvidas com relação as
fortes marés naquelas pendentes horas. A senhora Dalva Lopes Baldo quis saber
por quanto tempo a equipe ficaria na praia.
Engenheiro:
--- Quem sabe
lá! Esse navio mergulhou bem fundo nos rochedos. E os seus tanques estão
repletos de cru! – Óleo, para bem falar.
Dalva
--- Seria
preciso falar com a central? – Quis saber.
Engenheiro
--- É bem
provável. A Marinha tem pressa em manobra com esse monstro! – Falou
decepcionado
Dalva
--- Eu presumo
que vai levar um mês. –
O Engenheiro
observou bem a mulher e deu negativo.
Engenheiro
--- Um mês vai
durar para se retirar o óleo. Isso é o mínimo. Sabe qual é a capacidade do
barco? – e sorriu
Dalva
--- Não faço a
menor ideia. – Falou muito séria.
O engenheiro
sorriu antes de falar:
Engenheiro^:
--- Pois fique
sabendo: dezoito mil caminhões bem carregados! – Falou e sorriu
Dalva
--- Nossa
Senhora! E de onde se vai buscar tantos caminhões para se retirar esse
combustível? – Alarmada.
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