terça-feira, 16 de maio de 2017

SONHOS DE MARILU - 16 -

- SANTOS -
- 16 -
CONVENTO

Lauro subiu a estrada que leva o Convento dos Capuchinhos. Logo, na entrada, após o portão de ferro que separa do mundo externo, tinha uma imagem Cristo sendo abraçado pelo Frade São Francisco. Lauro já pode observar antes da entrada. O portão de ferro tinha uma pequena janela da Sala do Capitulo no Convento de Cristo. O nome em si denotava uma irmandade franciscana devota em Jesus Cristo, com certeza. Para ser atendido, Lauro tocou na sineta e ficou a esperar. Com poucos minutos, um frade, ao que parecia ser, abriu a portinhola e perguntou quem era o jovem moço e o que buscava.
Lauro
--- Eu sou Lauro, do Brasil, e pretendia falar com o Prior, se possível. - - declarou
Frade
--- Um instante. - - falou o Frade
E o Frade fechou a portinhola e logo desceu – ou subiu – para dentro do Convento desaparecendo por completo. Após um esperado tempo surgiu outro Frade abrindo a portinhola. Fez questão em saber o que o rapaz desejava.
Lauro
--- É uma questão sobre a história desse Convento. Sua idade, por exemplo, e outras informações, por favor. - - discorreu
Frade-2
--- Um momento, por favor. - - fechou a portinhola e sumiu.
Passaram-se um tempo imenso para o Frade aparecer, de novo. Os calos do pobre homem já esquentava por demais até o ponto do religioso poder entrar. Lauro conheceu o Prior e o cumprimentou com religiosidade dizendo que estava ali a conhecer o Convento, apesar de ter morado em Paris há cinco anos. Agora, estava no pais participando de o Congresso de Jornalismo e ficou hospedado em um Hotel próximo do Convento. Por acaso, ele ouviu falar que aquele Hotel tinha sido. Em tempos remotos, um Convento dos Capuchinhos. E que esse Convento seria o mesmo que agora o visitava, pois demoliram, por completo, o primeiro e ele não sabia a causa.
Prior
--- Já faz muito tempo. Quem pode se lembrar já está morto. Mesmo assim, há relatos de um forte terremoto em Paris. E, com isso foi demolido o Convento. Mas, são histórias, provavelmente mal contadas. Eu mesmo já procurei saber o que de fato ocorreu e nada apurei. Sei bem que esse Convento foi onde hoje é um Hotel em que o senhor se acomoda. Provavelmente ele foi vendido a outros proprietários quando já a Igreja construiu esse novo Mosteiro. Provavelmente. - - relatou
Lauro
--- É verdade. Aqui é muito mais amplo. O terreno do Hotel é bem menor, confesso. Mas, como o desaparecimento do Convento os senhores trouxeram tudo? - -  
Prior
--- Creio que sim. A não ser uma imagem de Cristo sendo sepultado. - -
Lauro
--- E por que se deixou essa imagem ao abandono? - - curioso
Prior
--- Não sei dizer. A Igreja tem muitas preciosidades pelo país e pelo mundo. Essa imagem é uma delas. Nunca se fez questão em traze-la, é verdade. - -
Lauro
--- Muito bem. Eu agradeço ao senhor. Espero que não ocorra com as relíquias. - -
Agradeceu e se despediu, saindo enfim.
Pelo tempo da França, já eram mais de meio dia. Com pressa, Lauro chegou ao Hotel e foi de imediato ao restaurante onde estavam Marilu, sua mãe e o Senador, seu pai a almoçar como de costume. Marilu ficou surpresa com a chegada de Lauro àquela hora tardia da manhã. E logo quis saber.
Marilu
--- Onde andavas? Que horas! - - quis saber
Lauro
--- No Museu de História colhendo informações. - - disse.
Marilu
--- Ave Maria! Onde fica? - -
Lauro
--- No centro de Paris. - -
Marilu
--- Eu estava morrendo de cuidado. - - surpresa
Lauro
--- Não morra. Pelo menos, agora. - - sorriu
Lindalva
--- O que tu buscavas? - - indagou
Lauro
--- Onde ficava esse hotel. - - sorriu
Lindalva
--- Era só perguntar ao gerente. - -
Lauro
--- Em sei. Beco das Barrelas. - - sorriu
Lindalva
--- Nunca eu soube esse nome! - - e virou a cara.
Senador
--- Tem no guia da passagem. - - falou sem graça
Marilu
--- Barrelas? Que nome! - - disse espantada
Lauro
--- Por que? Não tem beco da Lama? Aqui tem beco das Barrelas. Caldo tirado da espécie de vegetais. Quando se engoma, usa-se essa espécie de caldo. Isso é o que é Barrelas. - - sorriu
Marilu
--- Nunca ouvi falar nisso!! - - e deu um “tuc”.
Lauro
--- A propósito! Onde você viu a imagem do Cristo? - - quis saber
Marilu
--- Lá em baixo, numa gruta. Você indo ao balcão, é só olhar para à esquerda. - - disse.
Lauro
--- Depois, vou lá. Eu já ouvi dizer que era uma imagem antiga. - -
Marilu
--- Que você vai fazer? - - preocupada.
Lauro
--- Olhar apenas. Ver de perto. - - alertou
Marilu
--- Eu posso ir? - - quis saber
Lauro
--- Pode. Ele não está exposto? Então, pode. - -
Marilu
--- Não. Depois eu vejo. - -
Lauro
--- Está bem. Depois você vai olhar. - -
Senador
--- Jesus, tem em todo canto. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário