- IMAGENS -
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SANTO
À tarde, Lauro
foi até a gerencia do Hotel e procurou o senhor Denis Oliver, jovem dos seus 30
anos para conhecer melhor a imagem de Cristo morto que havia naquele
deslumbrante espaço, próprio para eventos como o que sucedia naquela hora.
Chegou Lauro e, como sempre, cumprimentou o senhor Gerente conversando por
diversas vezes sobre o que oferecia o Hotel aos seus hospedes. Após bom pedaço
de tempo, Lauro chegou a parte que lhe interessava.
Lauro
--- Por
exemplo, aqui tem uma imagem de Cristo. Em conversa anterior, o senhor me falou
ter sido Hotel um Convento. Porém, nada mais falou. Como é essa história de um
Convento, por favor. - - quis saber.
Denis
--- Muito bem.
Eu ainda sou jovem aqui no Hotel. Nada posso adiantar. Porém, em tempos
remotos, pelo que me disseram os mais antigos, esse Hotel foi um Convento. Eu
nem dei grande importância ao fato. Convento, aqui na França, tem em toda
parte. Isso me faz lembrar o Santo Oficio, quando morreram milhares de pessoas
porque a Igreja suspeitava dos seus procedimentos, como foi o caso de Joana
D’Arc, a Donzela. Refletindo, pois, a existência de um Convento nessa parte da
rua, era-me de pouca importância. No entanto, aqui, sempre ou quase sempre teve
guardada a Imagem de Cristo. Certa vez, um Frade esteve aqui e ficou observando
a Imagem. Eu, nada perguntei. Contudo, o serviçal me falou que essa Imagem
vinha de tempos remotos. É o que posso afirmar.
Lauro
--- Tempos
remotos! – - pois a mão na cabeça e ficou a pensar por algum tempo – Tempos
remotos. Não teria sido do Convento de Cristo, por acaso? - - quis saber
Denis
--- Eu não
posso afirmar. Com certeza a Imagem pertenceu a alguma ordem dessa época. O
Convento de Cristo é bem provável. - - falou baixinho
Lauro
--- Convento
de Cristo. Eu estive conversando com o Prior, e ele também não soube dizer, com
certeza. Podemos ir lá, na Imagem? - -
Denis
--- Sim. Com
certeza. Podemos, sim. - - confirmou o gerente Denis
Os dois homens
caminharam pelo corredor com destino ao local onde estava a Imagem de Cristo
morto. Qual não foi a surpresa, pois naquele momento, um servidor já dos seus
60 anos caminhava apresado a procura do Gerente Denis. Ao encontra-lo, quase ao
desmaio, falou.
Servidor
--- Senhor,
roubaram a nossa preciosa joia. - - declarou assustado
Denis
--- Como
assim? Que Joia? - - alarmado
Servidor
--- Jesus!
Roubaram a imagem de Cristo, senhor! - - disse o homem a chorar.
Lauro
--- Roubaram a
imagem? - - perguntou com ânsia
Denis
--- Eu preciso
ver, de imediato! Vamos!!! - - e os três homens correram para o interior onde
estava depositado Jesus.
Em lá chegado,
na gruta, não havia nem sombra da imagem de Jesus e dos seus discípulos, sua
mãe, Maria, sua esposa, Madalena e de mais duas outras figuras. Era tudo vazio
como se alguém pudesse arrastar todo aquela imagem sagrada.
Lauro
--- Meu Deus
do Céu! Levaram tudo! Mas, como puderam arrastar todas aquelas imagens? - -
quis saber
Servidor
--- Não se
notou ninguém aqui. - - disse o velho
Denis
--- Alguém
teve a preocupação de levar por trás da parede onde as Imagens estavam
guardada! O senhor viu por trás, Pierre? - - indagou preocupado
Pierre
--- Não
senhor. Quando eu vi que a imagem não estava aqui, então eu corri para p seu
escritório, senhor. Nada mais eu olhei. - - chorando
Denis
--- Vejamos
pelo lado de dentro! - - e os três homens correram para o outro lado onde
estava a parede oculta.
O Gerente
Denis Oliver, buscou encontra vestígios de se arrastar o bloco imenso de
imagens de Deus morto e dos seus adeptos, porém nada se encontrou de real. De
imediato, o Gerente se viu obrigado em chamar a polícia para investigar o roubo
de Jesus Cristo morto.
Pierre
--- O que
fazer? - - indagou o velho
Denis
--- Chamar a
polícia, de imediato! E chamar agora! Não peguem em nada! - - falou sério
Denis buscou o
telefone de emergência e Lauro saiu para o interior do hotel para falar com
Marilu, contando o fato terrível. Após narrar o ocorrido, chamou Marilu para ir
até o local de onde estivera a Imagem de Jesus.
Marilu
--- Ir agora?
- - atordoada
Lauro
--- Urgente!
Sem conversa! - - desesperado
Marilu
--- E o Congresso?
- - perguntou
Lauro
--- Esqueça!
Faça foto do local onde roubaram a Imagem enquanto a polícia não chega.
Marilu não
discutiu mais e preparou a sua máquina para fazer as fotos do espaço gótico
onde esteve por longo tempo e Imagem de Cristo. Nesse tempo, Denis pediu
proteção aos ajudantes para guardar o espaço ambiente. Ninguém passava no local
e nem por trás do mesmo como proteção de provas. Com mais instantes, a Polícia
chegou ao Hotel, com as suas serenas ligadas. De um só momento os gendarmes
tomaram sua posição guardando a passagem de quem entrava ou saia. Apenas Marilu
e Lauro tiveram permissão para ficar no ambiente.
O Chefe de
Polícia interrogou por um tempo o rapaz, Lauro e a moça, Marilu para ter
certeza de que eles já estavam no Hotel. Foi um formalismo toda a operação.
Ninguém dava informações sobre o roubo das Imagens sagradas. Lauro era o único
a saber de quase todo o corrido, menos o autor da profanação em meio da tarde,
quando se notou a façanha.
Chefe de
polícia
--- O roubo
foi uma astucia verdadeira. Não há rastros de coisa alguma. - -
Marilu
--- Só se
roubaram por cima! - - declarou
Lauro
--- Por cima?
Como? - -
Marilu
--- Tem uma
brecha no teto do hotel. Lá! - - apontou a moça
Lauro
--- Não creio
que alguém tenha passado com as imagens. –
Marilu
--- Pode ser,
mas, se os ladrões tiveram a inteligência de repartir as imagens, pode ter
havia espaço. - -
Lauro
--- Você está
louca? - - indagou perplexo
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