- SANTUÁRIO -
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DIAS PASSADOS
Em dias passados com a noite
chegado, Othon dormiu bem cedo o que não era costume. A sua mulher permaneceu
um pouco a conversar com Neta, sua doméstica sobre a vida no interior. Norma
viveu mais que sempre no interior. Neta, também foi outra a viver em um sítio
com seus pais. Os bebé quase menino já dormiam por vasto tempo. Mesmo assim, a
sua mãe ficava sempre a observar a eles. No seu quarto, Othon ferrava no sono.
Em alguns momentos bem quieto. Em outros, não. Mastigava as gengivas e falava
coisas sem nexo. Uma espécie de grunhido quando sacudias as mãos para o alto.
Nesse ponto, ele voltava ao outro canto da cama como se estivesse discutindo
algo com alguém. Em determinado instante Othon parecia falar com outro ser do
espaço interestelar falando que ele não via intenção de viajar pelas estrelas.
Ser
--- No espaço existe mundos
habitáveis! - -
Othon
---Não existe!!! Está vendo uma
coisa dessas? - -
Ser
--- Eu sou de outro mundo igual a
esse! - -
Othon
--- Você? Vai nessa!!! Quem morre
acaba! - -
Ser
--- Acaba aqui. Mas, não em
outros mundos! Você está, agora, em outro mundo a conversar comigo. Em outro
Mundo! Veja bem! - -
Othon
--- Que outro mundo é esse? Eu
moro aqui! - -
Ser
--- Você vive em vários mundos! -
-
Othon
--- Como é que eu vivo em vários
mundos? - -
Ser
--- Da mesma forma como você vive
no seu. Apenas com alguma diferença. Você está se alimentado agora aqui nesse
mundo. Não está no outro! - -
Othon
--- Conversa! Eu não estou nesse
tal de mundo estranho! - -
Ser
---Se você vive em um planeta,
por que não vive em outro? - -
Othon
--- Em que condição? - -
Ser
--- Veja bem! Você não viaja!
Apenas existe! Com a Terra assim como em outros Planetas! Você é o mesmo e
vário planetas. - -
Othon
--- Está certo! E que eu me
alimento nesses outros Planetas? - -
Ser
--- Da mesma forma que onde você
vive! Você pensa que vive num Planeta! É certo que você vive! Mas em outros
Planetas, agora, você se alimenta, você trabalha, você é um mestre de obras,
você é um teórico! Enquanto você dorme, aqui, o seu espírito viaja para outros
Universos onde pode se alimentar ou não. Essa é a verdade! - -
Othon
--- Será que eu sou alienígena? -
- quis saber
Nesse ponto, Othon despertou de
seu sono quando então sonhava. Ele ficou um tempo eterno acordado a imaginar no
que sonhara naquele instante da vida. Ele recordou um amigo há muito tempo não
poder vê-lo e, com ele os dois tanto passeavam pelas avenidas dessa terra. Um
tempo, Othon esteve com esse amigo e, o rapaz, apenas desenhava naquele dia,
coisas que Othon não entendia muito bem. O rapaz nem mesmo se importava. Ele
estava mais atento aos seus desenhos. À noite, Othon teve um sonho. O rapaz que
desenhava, saiu de casa, onde Othon dormira e, no caminho, o rapaz declarou que
saíra para encontrar outros amigos. O almoço que o moço deveria se alimentara,
não havia mais, e o moço nada podia fazer. E Othon indagou para onde o moço
seguia, e ele dizia ter que ir a algum canto da cidade. O sonho terminou dessa
vez. Isso foi há tempos. Muito tempo mesmo.
Na manhã seguinte, um domingo.
Othon convidou a esposa para ter que ir até o sítio da anciã, apenas para uma
visita social e nada mais. A mulher, Norma, estava um tanto abusada. E sua
doméstica, em poder de um filho do casal, sugeriu ser o local muito belo, com
fruteiras e até um rio com cachoeira. Norma nunca tinha visto, de perto, uma
cachoeira de verdade. Apenas conhecera algumas de fotos na sua visita a
Alemanha. Por fim atendeu ao chamado e resolveu ir ao sítio da velha senhora.
Ela, seu filho Hervê e a doméstica, Neta, levando sua filha, Racílva. As
crianças ainda eram de tenra idade. Seis meses.
Norma
--- É longe? - - quis saber
Othon
--- Não muito perto. Duas horas
de viagem. - - falou o marido
Logo após, quase duas horas de
viagem, tudo arrumado, cestas de comidas para os nenéns já habituados a viagens
no carro do seu pai, então, a turma chegou. Othon, contente da vida, fazia
cócegas na barriga de Racílva. A menina sorria pelas cócegas. Com passo, Neta
foi abrir a cancela e o homem segurou a neném, fazendo carinhos e lhe pondo em
pé, como de costume. Logo aberta a cancela, o carro seguiu em frente. A anciã,
cachimbeira como sempre, se orgulhou ter como visita aquele punhado de gente. E
então, Othon foi quem primeiro falou:
Othon
--- Chegamos! Aqui tem a troupe!
Minha esposa e o resto da minhunçada. Não precisa se incomodar. Nós chegamos de
mala e cuia. Queremos água! - - falou sorrindo
Anciã
--- Ora mais que viva! Vamos se
abancar! - - sorriu a velha senhora
Neta, a doméstica, correu para
dentro, levando no colo a menina consigo. A mulher, Norma, cumprimentou a
senhorinha e em par, as crianças, adultos, mulher do sito e muito mais. Muitas
conversas, matando aves do terreiro, os homens um tanto acanhados. O velho de
chapéu a sorrir contente chamando todos para sentar em umas cadeiras toscas.
Mocinhas traziam as cadeiras e sorria em classe mandado a mulher, Norma, sentar
ali mesmo. Norma se alegrou por ter o sito a aparecia com sua terra bem longe
dali. Em outra direção. A mulher da casa foi depressa matar uns frangos.
Mulher
--- Chega, menina! Neta está com
a criança! - - dizia a dona da casa.
Do lado de fora, o velho de um
modo de mãos dos braços, a sorrir, parecendo completamente banguela, chapéu na
cabeça, andando para um lado a outro. Vezes a olhar o menino e fazer carinhos.
O homem, Othon, entrou na conversa com a anciã.
Othon
--- Minha senhora, eu tive um
sonho que um meu amigo – pintor – depois de almoçar, foi embora e eu perguntei
a ele para onde seguia. Ele me dizia e se desculpava em não ter mais comida
para me dar. O que é isso?
Anciã
--- Como eu digo sempre. Nós
vivemos nesse mundo, mas não somos desse mundo. Nós temos vários mundos onde se
vive cada um em sua forma! Para vosmissê observar. Em cada Mundo, nós temos uma
forma de vida. Nós vivemos em várias Terras! - - confirmou a anciã
Othon
--- Quer dizer que eu vivo nesse
Mundo e ao mesmo tempo estou em outro? - -
Anciã
--- Mais ou menos assim. Vosmissê
vive aqui, mas não é mais o senhor quem vive em outro Planeta. É o senhor de
modo diferente. - - confirmou
Othon
--- Nossa! Mas como pode ser
isso? - - meio confuso
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