segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A MORTE NA ESTAÇÃO - 12 -

- SANTUÁRIO -
- 12 -
DIAS PASSADOS

Em dias passados com a noite chegado, Othon dormiu bem cedo o que não era costume. A sua mulher permaneceu um pouco a conversar com Neta, sua doméstica sobre a vida no interior. Norma viveu mais que sempre no interior. Neta, também foi outra a viver em um sítio com seus pais. Os bebé quase menino já dormiam por vasto tempo. Mesmo assim, a sua mãe ficava sempre a observar a eles. No seu quarto, Othon ferrava no sono. Em alguns momentos bem quieto. Em outros, não. Mastigava as gengivas e falava coisas sem nexo. Uma espécie de grunhido quando sacudias as mãos para o alto. Nesse ponto, ele voltava ao outro canto da cama como se estivesse discutindo algo com alguém. Em determinado instante Othon parecia falar com outro ser do espaço interestelar falando que ele não via intenção de viajar pelas estrelas.
Ser
--- No espaço existe mundos habitáveis! - -
Othon
---Não existe!!! Está vendo uma coisa dessas? - -
Ser
--- Eu sou de outro mundo igual a esse! - -
Othon
--- Você? Vai nessa!!! Quem morre acaba! - -

Ser
--- Acaba aqui. Mas, não em outros mundos! Você está, agora, em outro mundo a conversar comigo. Em outro Mundo! Veja bem! - -
Othon
--- Que outro mundo é esse? Eu moro aqui! - -
Ser
--- Você vive em vários mundos! - -
Othon
--- Como é que eu vivo em vários mundos? - -
Ser
--- Da mesma forma como você vive no seu. Apenas com alguma diferença. Você está se alimentado agora aqui nesse mundo. Não está no outro! - -
Othon
--- Conversa! Eu não estou nesse tal de mundo estranho! - -
Ser
---Se você vive em um planeta, por que não vive em outro? - -
Othon
--- Em que condição? - -
Ser
--- Veja bem! Você não viaja! Apenas existe! Com a Terra assim como em outros Planetas! Você é o mesmo e vário planetas. - -
Othon
--- Está certo! E que eu me alimento nesses outros Planetas? - -
Ser
--- Da mesma forma que onde você vive! Você pensa que vive num Planeta! É certo que você vive! Mas em outros Planetas, agora, você se alimenta, você trabalha, você é um mestre de obras, você é um teórico! Enquanto você dorme, aqui, o seu espírito viaja para outros Universos onde pode se alimentar ou não. Essa é a verdade! - -
Othon
--- Será que eu sou alienígena? - - quis saber
Nesse ponto, Othon despertou de seu sono quando então sonhava. Ele ficou um tempo eterno acordado a imaginar no que sonhara naquele instante da vida. Ele recordou um amigo há muito tempo não poder vê-lo e, com ele os dois tanto passeavam pelas avenidas dessa terra. Um tempo, Othon esteve com esse amigo e, o rapaz, apenas desenhava naquele dia, coisas que Othon não entendia muito bem. O rapaz nem mesmo se importava. Ele estava mais atento aos seus desenhos. À noite, Othon teve um sonho. O rapaz que desenhava, saiu de casa, onde Othon dormira e, no caminho, o rapaz declarou que saíra para encontrar outros amigos. O almoço que o moço deveria se alimentara, não havia mais, e o moço nada podia fazer. E Othon indagou para onde o moço seguia, e ele dizia ter que ir a algum canto da cidade. O sonho terminou dessa vez. Isso foi há tempos. Muito tempo mesmo.
Na manhã seguinte, um domingo. Othon convidou a esposa para ter que ir até o sítio da anciã, apenas para uma visita social e nada mais. A mulher, Norma, estava um tanto abusada. E sua doméstica, em poder de um filho do casal, sugeriu ser o local muito belo, com fruteiras e até um rio com cachoeira. Norma nunca tinha visto, de perto, uma cachoeira de verdade. Apenas conhecera algumas de fotos na sua visita a Alemanha. Por fim atendeu ao chamado e resolveu ir ao sítio da velha senhora. Ela, seu filho Hervê e a doméstica, Neta, levando sua filha, Racílva. As crianças ainda eram de tenra idade. Seis meses.
Norma
--- É longe? - - quis saber
Othon
--- Não muito perto. Duas horas de viagem. - - falou o marido
Logo após, quase duas horas de viagem, tudo arrumado, cestas de comidas para os nenéns já habituados a viagens no carro do seu pai, então, a turma chegou. Othon, contente da vida, fazia cócegas na barriga de Racílva. A menina sorria pelas cócegas. Com passo, Neta foi abrir a cancela e o homem segurou a neném, fazendo carinhos e lhe pondo em pé, como de costume. Logo aberta a cancela, o carro seguiu em frente. A anciã, cachimbeira como sempre, se orgulhou ter como visita aquele punhado de gente. E então, Othon foi quem primeiro falou:
Othon
--- Chegamos! Aqui tem a troupe! Minha esposa e o resto da minhunçada. Não precisa se incomodar. Nós chegamos de mala e cuia. Queremos água! - - falou sorrindo
Anciã
--- Ora mais que viva! Vamos se abancar! - - sorriu a velha senhora
Neta, a doméstica, correu para dentro, levando no colo a menina consigo. A mulher, Norma, cumprimentou a senhorinha e em par, as crianças, adultos, mulher do sito e muito mais. Muitas conversas, matando aves do terreiro, os homens um tanto acanhados. O velho de chapéu a sorrir contente chamando todos para sentar em umas cadeiras toscas. Mocinhas traziam as cadeiras e sorria em classe mandado a mulher, Norma, sentar ali mesmo. Norma se alegrou por ter o sito a aparecia com sua terra bem longe dali. Em outra direção. A mulher da casa foi depressa matar uns frangos.
Mulher
--- Chega, menina! Neta está com a criança! - - dizia a dona da casa.
Do lado de fora, o velho de um modo de mãos dos braços, a sorrir, parecendo completamente banguela, chapéu na cabeça, andando para um lado a outro. Vezes a olhar o menino e fazer carinhos. O homem, Othon, entrou na conversa com a anciã.
Othon
--- Minha senhora, eu tive um sonho que um meu amigo – pintor – depois de almoçar, foi embora e eu perguntei a ele para onde seguia. Ele me dizia e se desculpava em não ter mais comida para me dar. O que é isso?
Anciã
--- Como eu digo sempre. Nós vivemos nesse mundo, mas não somos desse mundo. Nós temos vários mundos onde se vive cada um em sua forma! Para vosmissê observar. Em cada Mundo, nós temos uma forma de vida. Nós vivemos em várias Terras! - - confirmou a anciã
Othon
--- Quer dizer que eu vivo nesse Mundo e ao mesmo tempo estou em outro? - -
Anciã
--- Mais ou menos assim. Vosmissê vive aqui, mas não é mais o senhor quem vive em outro Planeta. É o senhor de modo diferente. - - confirmou
Othon
--- Nossa! Mas como pode ser isso? - - meio confuso 

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