sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A MORTE NA ESTAÇÃO - 28 -

- HOTÉIS DE LUXO - 
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AMORES

Othon estava num crucial pensamento: divorciar da mulher sem ter algum motivo real. Nesse dia, ele procurou falar com o seu amigo de infância, o senador Sindarta, o mesmo que acolheu a moça quando essa o procurou para entregar-lhe os documentos para poder receber os recursos do Senado, com pouco mais de 17 mil reais. Isso, Maria não sabia dizer como seria feito. Apenas lhe entregou os documentos necessário. O senador Sindarta então era por demais conhecido entre seus pares. Cinquenta anos de idade, três legislaturas como Senador, ele era um Membro do senado da melhor importância. Qualquer um que assumisse o poder de Presidente da Senatoria, ele já estava por perto, não se importando com quem. Sindarta tinha seu escritório em São Paulo para resolver pendencias alusiva ao Poder. Homem rico, tinha na faze amplo sorriso. Foi casado durante vários anos e o que fosse resolvido para se ter certeza, Sindarta bem sabia resolver. Quando houve a vaga na Presidência da Receita Federal, de imediato o Senador colocou o seu “compadre” Othon na primeira vaga. Sabe-se bem que a Receita é um órgão da melhor importância, ligado ao Ministério da Fazenda. Por isso, Sindarta foi depressa ao setor de ligação. Tendo ele ligação com o seu “compadre”, o procurou para aconselha-lo a assumir o novo cargo. Esse, deveras aceitou. Foi esse o dia em que Othon encontrou Maria, menina de vestes rotas, quase se acabando de carente. Sindarta, homem de fino trato, amigo de Othon, tinha negócios no campo e nas fazendas do Rio Grande, Paraíba, Ceará, Pernambuco e nos Estados de Minas, Goiás e demais Estados do Sul do Brasil. Se o homem tinha uma amizade, era para todo o fim. Sidarta não fazia questão por pequenas coisas. Advogado, dos melhores, apenas sorria quando um Presidente dava as ordens. Sorrir por um preço elevado. Naquele sorriso, teria a volta.
Sindarta
--- Sente-se! Mas, a conversa! - - sorriu o senador
Othon
--- O que há de novo? - - sorriu
Sindarta
--- Você está agora em São Paulo, novo ambiente, ares modernos, tudo é novidade. E então, como tem passado essa vida? - - sorriu e baforou um charuto
Othon
--- Tudo é progresso! Eu aluguei um apartamento em um local próximo a Repartição. - -
Sindarta
--- Só para você? E a moça? Ela é bonita, por sinal! – - Baforou e sorriu.
Othon
--- Eis a questão. A moça, ela está morando! Estamos juntos, apenas! Como você sabe, eu ainda estou casado. Mas houve certos desentendimentos e eu requeri divórcio. Coisas frustrantes. Eu me dei mal e não suportei por mais tempo. Então, resolvi pelo divórcio. Entende? - - 
Sindarta
--- Ah. Pois não. Ou case ou deixe-o!  É assim o proceder! - - charutadas no ar
Othon
--- Agora, estou em uma capital do país e espero que o meu advogado resolva o caso. - - relatou pensativo
Sindarta
--- De qualquer modo nós estamos aqui. Não é preciso se desgastar. Mulheres! Mulheres! - - baforou seu charuto
Othon
--- É o que não pensamos. Nós gastamos tudo e nada recebemos. - - meio triste
Sindarta
--- A primeira sabe onde estás? - - indagou
Othon
--- Fiz questão em não dizer. Agora, tem os filhos! - - declarou tristonho
Sindarta
--- Ela descobre. Tem meios para isso. Descobre já! - - rematou
Othon
--- Então, o que se faz? - -
Sindarta
--- Pelos, agora, nada. Deixemos um vulcão rosnar. Quando for seu tempo, nós enfiamos a lança.
Othon
--- E você o que faria no meu caso? - - indagou
Sindarta
--- Paz e sossego. Você não fugiu. Tem trabalho fixo. Não anda com ladrões. É uma autoridade! Não tem por que cismar! - -
Othon
--- Isso, é. Não temo por nada! - - divagou
Sindarta
--- Então? Vamos almoçar? - - o homem gordo levantou
Othon foi com o seu amigo de infância a um local bastante amplo cheio de gente de classe sendo ele o menor de todos. Navegou por entre as mesas e jardins, pianos de cauda e ornamentos fecundos. O nome do melhor requinte, como Fasano, Sani ou Chanel. Notadamente pessoas de alto estilo. De cima do alto daquele solar podia-se olhar toda a visão a se espraiar por bastante longe. O Terraço Itália é o belo local de luxo que atrai turistas interessados não só nas atrações do cardápio, mas na visão de São Paulo.
Othon
  --- Mas você sabe cativar seus convivas!  -  relatou cheio de graça
Sindarta
--- Cada qual tem o seu preço! - - relatou
Após o almoço, por volta as duas horas da tarde, ambos se despediram com advertência de Sindarta de qualquer coisa, ele fosse informado. Em tudo o Senador queria está ao par, pelo mínimo que fosse. Dessa vez, Othon saiu alegre para a sua repartição onde estavam a aguardas uma porção de papeis para logo o homem pôr em marcha.  Maria, um pouco cismada, não quis importuná-lo a contento. Logo depois, eu seu AP eles conversariam mais à vontade. A noite chegava com chuvas, como todo dia e o atrapalho do trânsito o qual era o mais confuso nesse tempo ou em odo tempo. Garotos oferecendo as coisas simples e a moça, Maria, a se divertir com aquela algazarra. São Paulo parecia uma cidade que não dorme.  A Avenida Augusta parecia mais um dia em lugar da noite. Gente aos atropelos, transito cruel e mais ainda: além do máximo havia mesmo um cartaz luminoso clamando que naquele ponto era local para shows Eróticos. Comisso, a moça sorriu.
Othon
--- Que estás a sorrir? - -
Maria
--- Um cartaz. Shows Eróticos!  - - e sorriu mais
Othon
--- Tem muitos desses. Uma cidade que não dorme. - -
Maria
--- Imagino. Coisa estranha! - -beliscando a unha
Othon
--- Tem putas, mulheres despidas, bichas, inferninhos, beco do chupa. De tudo tem!
Maria
--- Coisa feia! Eca! - - e ela cuspiu para longe
Othon
--- O que é feio? Duas mulheres se beijado em plena praça? Uma mulher mostrado o sexo para os machos? As bichas anunciando o que fazem? Numa cidade como São Paulo nada disso é feio
Maria
--- Eu sei. Mas é estranho! Mulher fazendo sexo na rua! –
Othon
--- As putas, são putas. Elas vivem disso. Em Roma elas fazem sexo com qualquer um. Não só em Roma, como em Paris, Bonn, Madri e mesmo em Nova York ou Los Angeles. Em qualquer metrópole! –
Maria
--- Nunca vou morar em um lugar como esses. - - ficou abusada
Othon
--- Minha filha, em qualquer lugar, sexo é sexo! - - respondeu

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