sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A MORTE NA ESTAÇÃO - 16 -

- CONVENTO -
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O PADRE

Os visitantes chegaram ao Convento Monte dos Carmelos pouco tempo após. A estrada era muito íngreme. Na entrada, havia um portão. A anciã Rita fez soar a sineta e após ficou a esperar ser atendida. Com o seu ouvido apurado, Rita notou a chegada de alguém pelo outro lado e com prudência abriu devagar a portinhola do portão, observou a anciã e lembrou da neta da mulher, pessoa que estava disposta a entrar para o Convento. Não disse palavra alguma. Porém buliu em um molho de chaves para destrancar a porta de entrada. Com pouco espaço, a Monja abriu o portão permitindo que a moça Onilda adentrar à sala, um cubículo de quase nada. Em seguida, dona Rita entregou um pacote, com certeza de roupas, e um saquinho que Othon não soube identificar. A moça Onilda logo recebeu e passou para as mãos da Monja. Com bastante cuidado, Rita disse a Monja que tinha necessidade de falar com a Superiora, a Abadessa ou Priora. Por certo a Monja entendeu e se pôs a caminho. A moça Onilda lhe tomou a benção e acompanho a estranha Monja pelo seu derradeiro caminho e dobrou a esquina, sumindo após.
Rita
--- Vamos esperar! – - fez um gesto com a boca.
Próximo de um quarto de horas ou menos que isso, surgiu à porta de entrada já dentro do Convento uma Madre que não era ainda a Abadessa e veio saber do que se tratava. Rita falou que estava com um senhor - e apontou o homem – que lhe queria falar de um anticristo. A Monja entendeu a recomenda e em seguida, deu meia volta, retornando ao espaço onde deveria estar a Abadessa. Cinco minutos e a Monja retornou à porta dando por aceito o pedido feito. Othon ouvia, no Convento, um Canto Gregoriano entoado em Coro em ima interpretação maravilhosa. Pouco Othon entendia de música, principalmente as do Canto Gregoriano. Ele ouvia mais as músicas eruditas de Brahms, Thaicoviski, Bach ou Beethoven entre os mais ilustres compositores das épocas passadas. Porém aquela música era a mais suave de todos os tempos
Othon
--- Vou compra-la! Ora se vou! - - recomendou para si mesmo
Caso após, Rita mais Othon de acercou da sala da administração onde a Abadessa despachava. À sua entrada os dois foram recebidos com calorosos afetos. Após palestras vagas, abadessa lhe foi direto ao assunto.
Abadessa
--- Em que posso servi-lo então? - - perguntou
Othon
--- Senhora Abadessa. Eu tenho algo que procuro acertar de todo modo. Um determinado senhor anticristo. Eu, conversando com a senhora Rita, ela me explicou e fato. Mesmo assim, eu queria perguntar se há Monges ou Sacerdotes nesta abadia que me possam atender! - - falou ligeiramente baixo
Othon
--- Sim. Há. O Padre Francisco. É ele que o senhor procura? - - indagou a abadessa.
Othon
--- Não sei. Pode ser. Eu estou na dependência da Senhora. Um que sirva de interprete desse manuscrito, - - falou calmo e entretecido
A Monja tocou a sineta e surgiu à porta grande, de madeira fornida, parecendo jacarandá, outra Monja e se persignou ao falar de manso.
Monja
--- Senhora! - - falou contrita esperando a ordem
Abadessa
--- Vá chamar o Padre o Francisco, por favor! – - alertou com voz ativa.
Ao par desse tempo, Othon verificou os Santos postos na sala úmida onde estava a Abadessa e percebeu um Cristo Morto guardado na base de um armário de vidro, bem à frente, a imagem de Nossa Senhora, Mãe, vestida toda de cor escarlate além de outros Santos. E, então lembrou do tempo em que era criança quando foi fazer a Primeira Comunhão. Nada mais lembrava o sermão do padre e de quem fora o tal. Vagas memorias lhe traziam o poder imaginar de um padre magro talvez chamado Nicodemos. O Padre falava coisa que ele não lembrava mais. Uma coceira que perturbava os pés naquele tempo. Isso, ele lembrava. Sorriu por um instante, agora.
Em um minuto o Padre Francisco chegou à sala de Administração onde estava também a Abadessa com mãos posta em forma cruzada sobre o busto. Dava a impressão de que estava a se espreguiçar por um tempo ou, pelo menos, a cochilar. O Padre cumprimento aos presentes e logo em seguida, a sóror Abadessa.
Padre
--- Senhora? - - falou o padre
Abadessa
--- Bom dia. Eu tenho aqui, esse cidadão, senhor Othon, a procura o senhor com umas amostras condenáveis! Por favor, o Prade Francisco! - - dirigindo se a Othon.
Othon postou de pé e mostrou a Padre o que ele trazia. O Anticristo!  O padre observou a matéria por algum tempo e, em seguida quis saber se tudo era aquilo. Respondendo sim, Othon procurou se curvar para também olhar o manuscrito. Entao o padre se postou firme e indagou:
Padre
--- Vamos até ao meu escritório! Senhora? - - e fez um gesto de respeito
Os três – Rita também com eles - seguiram para o Escritório do Padre passado pela Igreja existente no local. Othon ouvia ainda, com atenção, os cânticos sacros dos Monges, entoando as preces gregorianas mais parecendo um canto de lamento. Por encanto, o homem molhou a sua face com lágrimas dos olhos.
Rita
--- Que houve? - - indagou
Othon
--- Essa música! Muito triste. Cantos gregorianos! - - lamentou
A Igreja parecia um Santuário de Orações. Um momento de glória e paz. Com os Cânticos eram mais ainda aquela paz tranquila e interior dos mais devotos arcanjos celestes. Os arcanjos de Deus, portadores das boas-novas.
Ao entrarem pela porta central da Igreja, os fiéis persignaram como mandam as Santas Sagradas Escrituras. Uma obediência ao Criador dos Homens. A Via-Sacra fazia o contorno pelos umbrais de sustentação dos imensos telhados a sustentar todo aquele magnifico templo cristão tal como se erguia nas alturas e matizado com imagens sagradas do templo tendo à frente um Jesus Crucificado como caído do Céu, todo suspenso em tamanho natural. A Imagem vinha à sua frente como a observar os pecados de todos. Os arranjos do Santuário eram ornados com afrescos em ouro. No Santuário, ao final de tudo, havia o Céu estrelejado com a Virgem Santíssima a observar os videntes quando chegavam ao imaginável altar.
Othon
--- Incrível Um altar desse porte!  - - comentou
Na frente, onde entoavam seus cânticos, havia um órgão exercitado nas Missas Orbis Factor a efetuar um Kyrie gregoriano tocado no Mosteiro. Naquele canto estava um grupo de Monges, naquela hora a fazer as suas obrigações da manhã
Padre
--- São os Monges! - - disse ele.
Em passos rápidos o Padre Francisco – todos o chamava de Dom Francisco – enfiou-se por entre o altar de Jesus Crucificado, acompanhado de dona Rita e o seu protegido, Othon, e por fim entrou na Abadia onde havia uns outros Sacerdotes e Monges a escrever algo em suas páginas tirada de livros remotos. Nesse ponde Dom Francisco convidou um mais velho e apresentou o moço Othon a trazer em seu alforje os documentos secretos.
Padre
--- Veja o que ele quer e depois me apresente! - - relatou o Dom
O velho Monge pediu a Othon os documentos e em seguida pôs-se a examinas o conteúdo durando certo tempo para a seguir dize-lhe.
Monge
--- O Anti-Cristo? O senhor o encontrou? - - perguntou com certo alarme
Othon
--- Sim. O encontrei em um sebo! - - relatou com precaução
Monge
--- Já mostrou a alguém? - - indagou

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