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NÁPOLES
Tão logo desembarcaram do trem expresso na Estação de
Nápoles os três passageiros junto aos demais procuraram resolver seus
embrulhos. A província tem cerca de um
milhão de habitantes e o mar é a grande atração para os turistas ao qual se
deslumbram de forma entusiasta. Além dos Templos religiosos cristão, pode-se
ver o Castel Nuovo, ruas cheias de gente, casarios antigos, obras de arte a um
romantismo duas horas ao sul de Roma. Sem dúvidas, Nápoles é a maior cidade ao
sul da Itália. Os melhores estão encravados naquele centro. E por isso é
chamada de “museu a céu aberto” devido a seus vários monumentos e estátuas.
Hotéis e restaurantes por toda Nápoles, cidade sem árvores. Apenas casas e
mansões. No verão faz calor intenso ao contrário do inverno onde o frio
predomina.
Monroe
--- Fiquem perambulado pela estação que eu não demoro.
– - falou o homem.
Isis
--- Onde ele vai? - - perguntou
Moema
--- Bater pernas.
E nós vamos bater pernas também, oui? – - sorriu.
Isis, de surpresa, ouviu a indagação e respondeu na
mesma moeda.
Isis
--- Oui mademoiselle. – - e sorriu
E viram e ouviram tudo o que podia se enxergar. Até
mesmo um tocador de gaita o qual a moça advertiu à Moema ser aquele gaiteiro um
homem de balcãs suíços, com certeza.
Moema
--- Deve ser. Aqui tem de tudo um pouco. - - falou a
moça tomando noção por onde trafegava.
Isis
--- Sem destino? - -
Moema
--- Eu estou perdida no meio de tanta gente. A questão
é: voltar! - - relatou a sorrir.
Um veículo parou no acostamento de prédio da estação.
Buzinou alto e Moema ouviu de imediato.
Moema
--- Ele! Vamos! - -
Isis
--- Que chique. – - respondeu em cima da hora.
O diplomata rumou direto até o hotel de primeira
categoria, o Hotel Palazzo Turchini onde o homem foi recebido de uma forma
gentil. O seu veículo, ele entregou ao chefe para poder entrar no recinto e
cumprimentar o senhor ao mostrar-lhe seus documentos de estadista. O salão era
um deslumbramento, apesar do hotel ser de quatro estrelas e não de cinco. Mesas
primorosas arrumada por cadeiras estilo antigo. Do canto onde ele estava podia
vislumbrar todo o recanto do Hotel e as partes internas do mesmo com ambiente
enigmático. O Café Turchini era panorâmico de onde se podia descortinar a vista
para a central e típica Via Medina.
Moema
--- Que achas? - - sorriu ao indagar.
Isis
--- Nem parece com as boates de Natal. Um luxo só!!!.
- - ressaltou a humilde funcionária da Embaixada do Brasil.
Monroe
--- Deixa de conversa. Vamos! Nosso apartamento!
Advirto. Um único apartamento em separado para homens e damas. Se vocês tolerarem,
podemos juntar tudo em um. - -
Isis
--- Como? Não entendi! - -
Moema
--- Deixa p’ra lá! Vamos ao nosso quarto de ratos. - -
falou a irmã do diplomata saído às pressas.
Após a hora do almoço a turma foi repousar por uns
instantes. O diplomata orientou às duas moças sair logo após às 15 horas para a
tradicional visita aos prédios importantes da cidade e a Catedral de Nápoles
onde o Santo Padroeiro era Januário de Benevento ou simplesmente São Januário,
homem de caridade infatigável. Seu maior exemplo está na liquefação do seu
próprio sangue após de morto. É comum se ouvir falar em São Januário por parte
do povo humilde. O salmo “Miserere” é o mais comum de se ouvir nas celebrações
das festas do padre santo. Quando um milagre ocorre, o Clero entoa solene o Te
Deum. E a multidão irrompe em vivas, os sinos repicam e toda a cidade se
rejubila. O sangue de São Januário está recolhido em duas ampolas de vidro,
hermeticamente fechadas.
E por volta de três horas da tarde, lá estavam os três
personagens. Ênio Monroe, sua irmã Moema Rabelo e a jovem Maria Isis Fernandes.
Após breve oração, o diplomata se ergueu para saber de Isis.
Monroe
--- Senhorita Isis. Eu indago: A senhorita quer casar
comigo? - -
Aquilo foi um tremendo susto. Isis não esperava tal
pergunta. E olhou em volta para Moema.
Isis
--- Que susto! O senhor o que disse? - -
Moema sorriu e se intrometeu:
Moema
--- Besta! Ele está pedindo tu em casamento. - - e
sorriu
Isis
--- Nossa Mãe! Como eu? Vocês estão brincando! - - respondeu
inquieta.
Monroe
--- Não é brincadeira. Eu te pergunto de verdade. - -
Moema
--- Responda! Sim ou não! - - retrucou
Isis
--- Mas não sei nem o que falar! - - e chorou de
emoção,
Moema
--- Fala, mulher. Parece que não bebe! - -
Isis
--- Pergunte de novo para eu saber se ouvi direito. -
- cheia de emoção
Monroe sorriu e abraçou a moça. De imediato, Moema
sacou do seu pochete tirando as alianças de compromisso. E respondeu ao lacrar
as alianças nas mãos dos noivos. Uma era toda encrustada de diamantes
Moema
--- Pronto! Quer mais? - -
Isis
--- Vocês fizeram tudo isso em surdina! - - chorosa e
abraçada com seu noivo
Moema
--- Que nada. Está tudo sendo divulgado no Serviço de
Alto Falante de Luis Romão – gargalhou sem trégua
Monroe
--- Na verdade, foi assim. - - e abraçou a noiva em
frente ao altar de São Januário.
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