sábado, 31 de outubro de 2015

O ALÉM - 06 -

O ALÉM
- 06 -
HUMANIDADE -
Dias se passaram para Joelma. Ela era ciosa de tudo o que estava estudando. E não terminava tão cedo porque a verdadeira história da humanidade ainda nem começara. A cada instante novas descobertas. A cada nova descoberta uma nova história. Algo mais delirante do mais além. Muito mais além. A humanidade jamais teria fim. Tudo porque era essa a razão da história. Com mais de um universo, Joelma já sabia que havia o Multiverso. E o espaço se continua a se expandir. Mas, muito mais devagar. E as vezes, galáxias, estrelas e planetas são formados como se pode ver, hoje, em nosso Universo.
Enquanto isso, fora dos novos Universos surgidos a algum tempo o resto do espaço ainda está cheio de energia que não foi liberada. E ainda está expandindo em uma velocidade enorme. Mais espaço em expansão significa mais lugares que energia pode ser liberada em outros Universos. Isso significa que esse processo pode continuar para sempre. Em outras palavras, quando se fala em expansão eterna novos Universos são criados de forma infinita, criando o Multiverso.
Joelma
--- Incrível! Quanto mais eu vivo, mais aprendo. A inflação dura mais em alguns do que em outros Universos.
O problema com o conceito de multiverso era o de haver meios de detecta-lo. E ao se falar de coisas que não se pode observar, não é ciência. Mas, os estudos sobre a inflação eterna de forma independente por outros cientistas. Se as equações da inflação eterna eram a única pista para o Multiverso, o assunto seria então encerrado. Mas a questão do multiverso ganhou o apoio inesperado de duas áreas da ciência completamente diferentes. Uma delas era a chamada Teoria das Cordas criada para explicar como o Universo funciona nas menores escalas. A outra, foi uma descoberta impressionante feita por astrônomos que exploravam o Universo nas maiores escalas. Uma descoberta que é totalmente misteriosa se só existe um Universo. Mas se estamos falando de um Multiverso, a coisa muda de figura. Ela tem a ver com a expansão do Universo. E é fácil de se explicar. Os astrônomos sabiam que o Universo estava expandindo. E assumiram que a expansão desacelerai por força gravitacional das estrelas e galáxias. Mas quando eles fizeram as medições descobriram algo impressionante. Algo que balançou a estrutura da física. A expansão não está desacelerando. Ela está acelerando. Os astrônomos chegaram a conclusão acerca do Universo. Algum tipo de energia no espaço deve estar afastando as galáxias, uma das outras.
Joelma
--- E agora? - - perguntou surpresa
Alguém
--- Continue a estudar. - - declarou uma voz
Joelma
--- Quem fala? Ah! Já sei. Não responde. - - falou ríspida.
Como não vemos essa energia, os astrônomos chamaram de Energia Escura. Essa é uma das descobertas mais importantes na área da ciência. Descobrir que essa Energia Escura está afastando todas as galáxias do nosso Universo já foi um choque. Mas a força dessa Energia é surpreendente. Por mais de uma década os cientistas não souberam explicar porque existe uma força tão peculiar num espaço vazio. Mas o mistério fica muito mais fácil de desvendar se formos parte de um Multiverso muito maior. A ideia de que o espaço contém qualquer energia parece estranha. Mas, nossa teria sobre coisas muito pequenas como moléculas de átomos, a teoria chamada de Mecânica Quântica, diz que existe muita atividade num nível microscópico e toda essa atividade pode contribuir numa energia no espaço.
E de acordo com a matemática, a quantidade de energia gerada com a atividade microscópica é enorme. O problema é que, quando os astrônomos mediram a quantidade de energia que existe eles chegaram a um ponto decimal seguido de 122 zeros e depois apenas 1. Isso é uma discrepância colossal. A força exata da gravidade repulsiva tem implicações para todos nós. Se realmente vivemos em um Multiverso a Energia Escura pode não ser tao misteriosa no final das contas. Na verdade, se formos parte de um Multiverso, a quantidade de Energia Escura que sentimos pode fazer total sentido.
Joelma
--- Se não existe como eu posso ouvir alguém que está bem perto de mim e eu não o vejo? Que mistério é esse? Milhões de seres passam por mim todas as horas, minutos e segundos. E eu não os vejo. Com isso se pode acontecer?  - - a moça entrou em dúvidas.
Se alguém vai a um Hotel e pede uma reserva, ele recebe um cartão. É como se pode solucionar o Multiverso uns quebra cabeças e o número do seu quarto é 10 milhões e 1. Isso pode ser um número estranho para um quarto. Pegar um quarto assim seria surpreendente assim como o valor da Energia Escura no nosso Universo. Mas a verdade é que, se o hotel tivesse um número imenso de quartos, então um quarto com esse número não seria nenhuma surpresa. Se somos parte de um Multiverso com enorme número de Universos, cada um com uma quantidade de Energia Escura diferente e de se esperar que um deles possa ter um número com valores tão pequenos como o que encontramos. Universos como menos energia escura simplesmente implodiriam.
Joelma
--- Céus! E se fosse projetada para um desses Universos? Não quero nem pensar! - -
E Universo com muito mais Energia Escura explodiriam tão rápido que a matéria nunca teria chance parasse aglutinar e formar estrelas e galáxias. Então, se somos parte do Multiverso, o mistério de Energia Escura deixa de ser misterioso. Mas ainda há uma peça do quebra cabeça faltando. Como sabemos se há diversidades suficientes dentro do Multiverso para que cada montante de energia escura possa ser encontrado em algum lugar? A resposta viria de uma área completamente diferente da Física. A história inovadora que surgiu do estudo do Universo na menor escala. Sabemos que dentro dos átomos existem pedaços de matéria ainda menores: os prótons de átomos que são compostos por partículas ainda menores chamadas de quiosques. Os físicos perceberam que esse pode não ser o fim da linha. As partículas subatômicas podem ser compostas por minúsculos filamentos ou anéis vibrantes de energia chamadas de Cordas. Esse conjunto de ideias tem o nome de Teoria das Cordas e afirma que tudo que existe é composto por esse tubo de ingredientes.
Assim como uma corda de violoncelo pode produzir várias notas diferentes dependendo de como vibra, as Cordas podem produzir propriedades diferentes dependendo de como vibram, criando muito tipos de partículas. Dessa teoria veio uma elegância simplicidade: uma única expressão geral capaz de explicar tudo que vemos no nosso redor. Entretanto, para que essa linda teoria funcionasse, havia um problema: a matemática da Teoria das Cordas precisava de algo que desafiasse o censo comum. Uma categoria que abrisse as portas para a teoria do Multiverso.
Joelma
--- Isso não pode! Mais uma teoria? - -
Alguém
--- É simplesmente teoria. Conhecimento hipotético. - -
Joelma
--- Já vem você de novo? - - a virgem fez um beiço
Alguem
--- Outras dimensões do espaço. - -  e calou.
Todos nós estamos acostumados com três dimensões do espaço: altura, largura e profundidade. Mas os cálculos da teoria das Cordas dizem que essas não são as únicas dimensões. A matemática só funciona se as Cordas e vibrarem nas três dimensões que se conhece. Mas, em outras seis. Nove no total. Se a teoria das Cordas está certa, onde estão essas outras dimensões? Pense num cabo que sustenta um semáforo. De longe, parece uma linha unidimensional. Mas se o seu tamanho fosse diminuído a de uma formiga você descobriria uma dimensão circular que se enrola em volta do cabo.  A Teoria das Cordas afirma que, se pudéssemos ser diminuídos a um tamanho bilhões de vezes menor que o da formiga, encontraríamos outras minúsculas dimensões como essa enrolada em volta de tudo, no Universo.
Joelma
--- Eu ser menor que uma formiga? - - supões
Alguém
--- Em cada ponto do espaço existem outras dimensões do espaço enroladas em pequenos nós que não podemos ver porque são muito pequenos. - -
A moça olhou para o espaço em volta e não viu ninguém. E não deu bolas.
As formas dessas outras dimensões determinam as características fundamentais do nosso Universo. Do mesmo jeito que as correntes de ar de um instrumento de sopro tem padrões determinadas pela forma do instrumento, a forma das outras dimensões determina como as pequenas cordas vibram. Os padrões de vibração determinam as propriedades das partículas. Assim, as características fundamentais do nosso Universo podem ser determinadas pelas formas das outras dimensões. O problema era que como mais determinava os estudos dos padrões prosseguiam, mais ainda havia quais as outras dimensões podiam se enrolar.  O número parecia ser astronômico. Alguns artigos publicados seriam de 10 elevado a 500 ou seja; 10 seguidos de 500 zeros.
Joelma
--- Eureca! E quando dá? - -  

Nenhum comentário:

Postar um comentário