- NÁPOLES -
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NOIVADO -
O casal de noivos mais a irmã de Ênio Monroe, a senhorita
Moema, sentaram-se no altar de São Januário para agradecer por tudo o que eles
alcançaram. Logo após, tendo percorrido com vagar a ampla Igreja, a visualizar
as imagens postas em seus locais, os noivos e a moça Moema saíram felizes da
vida. Isis ainda chorava de emoção. Nesse ponto, já ao lado de fora, o
diplomata pediu licença a noiva e foi colocar duas bandeirolas marcando o
início do veículo como sendo um carro da diplomacia, algo que até então não
fizera.
Monroe
--- Pronto! O Carro do Embaixador do Brasil! - -
comentou a sorrir.
Isis
--- Tão fácil assim, querido? - - indagou curiosa.
Moema
--- Não é tão fácil. Apenas Ênio ajustou nos
para-lamas. Mas, se pode tirar da mesma forma. - -
Monroe
--- Isso! Vamos agora percorrer os monumentos
históricos da cidade - - sorriu
E então os noivos foram visitar os monumentos
históricos com longos casarios, praças e ruelas, locais bem diversos como o
Nilo e suas estátuas, visitar ruas amplas e estreitas, casas de vendas de
artigos populares, palácio real, monumentos antigos. Enfim: beleza e mistério
entre as belas esculturas. No fim da tarde, o casal de noivos no carro da
Diplomacia, chegaram, por sorte a avenida beira-mar de onde se podia visualizar
o enigmático Vesúvio. Onde eles estavam se podia descortinar a vista mais bela
do mundo.
Isis
--- Incrível. Verdade? Ele explode? - - perguntou
casual.
Moema
--- Às vezes. Ele entra em erupção. Joga lava de fogo
para todos os lados. - - explicou
Monroe
--- Morre muita gente. Quando se encontra, são
cadáveres de gente morta sepultados pelas chamas de meses e anos passados. - -
Isis
--- Horrível! Não gosto nem de pensar. Chegam e dá
arrepios. Não quero chegar nem perto do monstro. - -
Moema gargalhou e o noivo abraçou-se com Isis. Uma
divina música florava de uma discoteca enfeitando o meio ambiente. Algo como
Ciao Italia entre as mais românticas melodias da Italia.
Logo após, o casal regressou ao Hotel para se refazer
do angustiante labor daquela tarde. Moema e Isis rumaram para o seu acomodado
ao contrário de Ênio Monroe. Esse foi para o seu quarto onde pode tomar um
banho e calcular o que fazer à noite plena. Às oito horas da noite. Ênio Morone
tomou pelo braço a sua noiva enquanto Moema ajeitava o vestido de seda de Isis
e foram para o salão de festas do Hotel Palazzo onde tudo estava arrumado para
a festa de noivado. Para bem pensar, Ênio Monroe fez tudo em surdina há cerca
de um mês. Se houvesse noivado, tudo bem. Se não houvesse, então estava tudo
desmarcado. Como houve, então a festa tinha a sua forma. Quando o casal chegou
ao salão de festas, uma música instrumental tocava delirante e a noiva se
surpreendeu.
Isis
--- Música? - - quis saber.
Monroe
--- Para você. - - sorriu o noivo
Moema
--- Linda melodia. Parece um canto apenas para dois
amantes. - -
Isis
--- Mas vocês são de morte. Eu, uma pobre proletária,
tendo tudo isso aos meus pés? –
Monroe
--- Você merece mais do que isso. Muito mais! - -
lembrou o noivo.
Isis
--- E agora? – - indagou sem saber.
Moema
--- A Valsa! - - sorriu.
Isis
--- Essa não. Eu não danço. Podia ser um xote ou um
arrasta-pé! - - sorriu
Monroe
--- Tenha calma. Vamos comer e beber. Depois, a dança!
- - sorriu argumentando
Isis
--- Mas que chique. Só falta a minha amiga. - - e
levemente chorou.
A noite virou para todo o sempre com o casal a vibrar
em tono do salão procurando ele ajeitar a sua noiva no passar do compasso da
valsa.
No dia seguinte, um domingo, o casal e Moema foram de
carro até o porto ingressar em um Itama para percorrer por três horas todos o
estuário da baía de Nápoles se afastando um pouco para visualizar a bela
cidade. O comandante da embarcação sabia tudo e por tudo de como navegar sereno
naquele remoto canto. Três horas de passeio a barco com os navegantes a olhar
de longe a cidade, deitados ao sol da embarcação. Para Isis, aquilo tudo era um encantamento.
Sol pleno e mar. Se há uma cidade italiana que reúne uma fascinante fusão de
tradições e folclore, essa é Nápoles. À vista de cada um encontram-se paisagens
magníficas. O Golfo de Nápoles guarda
sua bela panorâmica sobre as principais maravilhas podendo-se observar as ilhas
de Procida, Ischia, Capri e o Golfo de Pozzuoli. Após o longo passeio o barco
retornou na Ilha de Capri. As moças ficaram delirantes como todo aquele remoto
encanto.
Isis
--- Lindo! Lindo! Lindo! - - relatou a donzela em
delirante afeto.
Monroe
--- Isso é a Itália. - - sorriu o homem
Dali em diante, o feliz casal procurou um restaurante
para degustar uma pizza imensa que nem dava para comer de vez. Uma garrafa de
vinho frisante Chardonnay e pizzas de Quatro Queijos, forte e salgada. Após
deliciar toda aquela textura, a virgem declarou:
Isis
--- Que horas? - - com olhares trocados.
Moema
--- Veja em teu búzio. - - sorriu a moça.
Isis
--- Não posso. Minha vista está turva. - - alegou a
verificar as horas em seu relógio de pulso.
Monroe
--- Vamos sair pela madrugada. 5 horas. Eu vou de
carro. Agora, é rumar para o Hotel. –
Isis
--- Eu devia ter bebido tanto assim. - - e arrotou
Moema
--- Gases. Pode arrotar sem cerimônia. - - alegou
Monroe
--- Vamos? - - indagou. Eram 5 horas da tarde.
--- Vamos? - - indagou. Eram 5 horas da tarde.
Isis, como de costume, foi dormir no aposento de
Moema. E Ênio Monroe procurou seu próprio dormitório.
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