CATACUMBAS
- 28 -
A MÉDIUM -
À noite
daquele dia, Marilu foi logo cedo assistir a sessão do Centro. O relógio
marcava sete horas da noite. No Centro, o pessoal se ajeitava, antes mesmo de
dar início aos trabalhos mediúnicos. A luz estava acesa iluminando todo a sala.
Gente chegava muito devagar a procura de um assento acolhedor até porque a sala
era morna por demais, apesar de ter no teto ventiladores a espaço reduzido. Uma
mulher de pouca idade, talvez seus 30 anos adentrou no ambiente. Ela e uma
aparente irmã, pois as duas eram semelhantes, sendo que a segunda, era qualquer
coisa mais nova. O pessoal da Mesa já estava em seus postos, calados, talvez em
orações. Com um pouco mais teve início os trabalhos. Nesse ponto, o Mentor dos trabalhos falou
sobre casos mediúnicos até que chegou ao seu final. Na segunda parte, o Mentor
pediu que se desligasse as lâmpadas pois naquele instante começaria, de fato, a
sessão mediúnica. E tudo ficou no escuro pleno. O Médium teve que chamar a
paciente que estava sentada na primeira fila junto com a sua irmã. Em seguida,
solicitou a todos a fecharem os olhos, pois os trabalhos tinham começados. E
todos os que estava, fecharem seus olhos; A moça, dos seus 30 anos, chamada por
Alice, ficou em pé, no centro de todos. O mentor fez uma oração. Alice era
médium, como se soube logo após. E ficava sempre a contar assuntos ocorridos
dentro do Centro, principalmente ajuda contra espíritos malignos. E nesse dia
Alice estava no templo para retirar um espirito que estava impregnado no seu
corpo. Ela estava derrubada por causa do mau espírito. Estava pálida, com
aparência doentia. O Mentor lhe perguntou o que estava a fazer. Ela contou a
sua história, tudo o que estava ocorrendo em sua vida
Alice
--- Forças
malignas me perturbam dia e noite. - - falou
Mentor
--- Como você
sabe que são forças do mal? - - indagou
Alice
--- O meu
marido abandou o lar, meu filho, revoltado, saiu de casa e uma sessão muito
estranha me acomete. Um peso sobre os ombros cai sobre mim. - - ela falou
O Mentor pediu
que a mulher, Alice, ficasse no Centro dos demais espíritas chamados para o
Trabalho. E ela, obedeceu ao mentor. Ficou no centro da roda formada pelos
demais.
Mentor
--- Peço que
todos aqui, fechem os olhos e apenas rezem com muita força para livrar essa
irmã do sofrimento.
E todos, na
Sessão, atenderam ao Mentor
Mentor
--- Ninguém
abra seus olhos enquanto eu expulso esse mal para o outro lado do fim.
O Mentor
começou a fazer a oração para expulsar o espírito, uma mulher bem idosa, de
cabelos desarrumados a cair sobre seu rosto. O Guia começou a orar forte a
falar palavras diferentes igualmente com o que o espírito falava. Palavras
estranhas. Nesse instante, a irmã de Alice aventurou abrir os olhos, bem
devagar, e olhar em direção a visagem. E viu uma mulher de cabelos brancos e
desalinhados com uma roupa preta, toda rasgada
Irma de Alice
--- Meus Deus
do Céu. Isso é o demônio. - - falou em pensamento.
A velha
decrépita estava ao lado de Alice. E a irmã de Alice ficou abismada com a
visão. Ao sentir que a irmão de Alice não estava mais fazendo preces, começou a
vir em sua direção
Velha
--- É você,
hein? - - disse a idosa
Tentou
estrangular a moça que, de repente fechou os seus olhos igualmente como os
demais.
Guia
--- Pare aí,
desumana! Eu ordeno! - - disse o guia
Então, a velha
mulher despareceu de imediato. Todos ficaram abismados com a ação da mulher
idosa e receberam uma prece para o seu sossego. O Guia então falou que se ele
mandar para não abrir os olhos, então ninguém pode mesmo abrir os olhos durante
a sessão
Guia
--- Eu disse:
“Não abram os olhos! Então ninguém pode mesmo abrir os olhos”! Aquela pessoa idosa era alguém que estava
encostada em Alice. Um espírito infeliz que atrapalhava a sua vida e de sua
família. Como na casa de Alice se chamava muitas palavras obscenas, aquela
figura foi se encostando e ficou ao lado de Alice. - - disse.
A sessão
terminou e todo saíram para as suas casas. Marilu também seguiu e, no caminho,
estava Joana, a mulher de certa idade. As duas seguiram. E dona Joana falou com
Marilu sobre o acontecido. E se lembre de outro caso. Joana perguntou a Marilu
se podia contar o que sabia.
Marilu
--- Conte. Sou
todos ouvidos. - - declarou
Joana
--- O rapaz
que viveu esse dilema se lembra muito bem. É assim como se fosse um filme
passar na sua mente, por conta dos detalhes ocorridos. Quão profundo foi isso.
A lembrança marcou por dois motivos: por que com ele e por que alguma coisa o
ajudou.
Marilu
--- Virgem! Lá
vem o que não deve! - - falou em sua mente
Joana
--- Era uma
sexta-feira e, no dia seguinte, ia trabalhar. Mas, conforme ele me contou, os
amigos encheram o saco para ele ir a uma festa. Depois de muito insistirem ele
resolveu ceder. Perto do local da festa tinha uma casa antiga. Ouviu? - -
Marilu
--- Ouvi.
Conte mais. - -
Joana
--- Bem. Era
uma casa que não tinha nem mendigo para dormir, não tinha nenhuma janela
quebrada. Era uma casa abandonada como se tempo não tivesse passado. E o tempo
em que ele passou, não desgrudou o olho da casa. Depois de um certo tempo, ele
estava em outro local, só para fumantes, e viu passar uma moça muito bela. Ela
estava de cabelos longos e pretos e nem usava maquiagem. Vestia uma calça jeans
e uma camiseta. Uma roupa que definia bem a sua silhueta. Entendeu? - -
perguntou
Marilu
--- Sim. Eu
entendo. - -
Joana
--- E sentou a
poucas cadeiras adiante. O rapaz passou uma meia hora ou mais apenas reparando
na moça. Então, ele viu vários rapazes se oferecendo e ela agradecia por não
querer sair para dançar. Em certos momentos, a moça olhava para o rapaz. Os
seus olhos pareciam ter algo a mais, diferente. Um olhar tão penetrante
parecendo faca quente em manteiga. E quando ela o olhou pela quarta vez, ele se
decidiu em falar com a donzela. Compreendes? - - indagou
Marilu
--- Entendo,
sim. - - respondeu
Joana
--- E se
sentou em um banco, apesar de tremer, olhando a virgem. Ela era simples e cheia
de encantos. Ela pediu duas doses de uísque o tratando com tamanha simpatia que
o rapaz ficou bobo. –
Marilu sorriu
com a história contada cheia de entrelinhas. E enfim, Joana seguiu em frente
Joana
--- Foi então
que a virgem chamou o rapaz para saírem dali. Ele se sentiu atraído por demais
e seguiu adiante. Ele sentia naquele sorriso, naquele olhar da virgem que o
deixava extasiado. Nesse momento a virgem falou em um local mais calmo como a
casa abandonada. Então, o rapaz arrombou a porta de trás e subiu com a virgem
para o segundo andar entrando os dois num quarto apertado como se fosse um
armário.
Marilu
--- Quer ver a
desgraça! - - pensou a bela moça.
Joana
--- Então,
dentro do armário começara a fazer sexo. A virgem, em pé mais perecia estar
desesperada que parecia mais sedenta com o rapaz como se nada pudesse estancar
o orgasmo. Em meio aquilo tudo, ele ouviu a porta da frente abrir e fechar como
um enorme furacão. Nesse instante, a virgem sumiu de suas mãos, como por
encanto. Subindo as calças, o rapaz fugiu em direção ao local da festa. O
jovem, atarantado, não viu moça sair por lugar algum. Ainda hoje, o rapaz fica
intrigado porque a moça fugiu da casa assim tão de repente apenas quando ele
ouviu a porta bater com força. Ainda assim, por que ela o escolheu. Ouviu bem?
–
Marilu
--- Ouvi. Ela
era um espírito? - - indagou.
Joana
--- Sei bem
que a última vez que ele viu essa moça, ele estava entrando em uma depressão. E
ela apareceu e sumiu por uma rua onde ele seguia para o centro da cidade. Quem
seria essa moça? Seria um Súcubo? - -
Marilu
--- Mistério!
Mistério! - - respondeu amedrontada.
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