quinta-feira, 8 de junho de 2017

SONHOS DE MARILU - 28 -

CATACUMBAS
- 28 -
A MÉDIUM -
À noite daquele dia, Marilu foi logo cedo assistir a sessão do Centro. O relógio marcava sete horas da noite. No Centro, o pessoal se ajeitava, antes mesmo de dar início aos trabalhos mediúnicos. A luz estava acesa iluminando todo a sala. Gente chegava muito devagar a procura de um assento acolhedor até porque a sala era morna por demais, apesar de ter no teto ventiladores a espaço reduzido. Uma mulher de pouca idade, talvez seus 30 anos adentrou no ambiente. Ela e uma aparente irmã, pois as duas eram semelhantes, sendo que a segunda, era qualquer coisa mais nova. O pessoal da Mesa já estava em seus postos, calados, talvez em orações. Com um pouco mais teve início os trabalhos.  Nesse ponto, o Mentor dos trabalhos falou sobre casos mediúnicos até que chegou ao seu final. Na segunda parte, o Mentor pediu que se desligasse as lâmpadas pois naquele instante começaria, de fato, a sessão mediúnica. E tudo ficou no escuro pleno. O Médium teve que chamar a paciente que estava sentada na primeira fila junto com a sua irmã. Em seguida, solicitou a todos a fecharem os olhos, pois os trabalhos tinham começados. E todos os que estava, fecharem seus olhos; A moça, dos seus 30 anos, chamada por Alice, ficou em pé, no centro de todos. O mentor fez uma oração. Alice era médium, como se soube logo após. E ficava sempre a contar assuntos ocorridos dentro do Centro, principalmente ajuda contra espíritos malignos. E nesse dia Alice estava no templo para retirar um espirito que estava impregnado no seu corpo. Ela estava derrubada por causa do mau espírito. Estava pálida, com aparência doentia. O Mentor lhe perguntou o que estava a fazer. Ela contou a sua história, tudo o que estava ocorrendo em sua vida
Alice
--- Forças malignas me perturbam dia e noite. - - falou
Mentor
--- Como você sabe que são forças do mal? - - indagou
Alice
--- O meu marido abandou o lar, meu filho, revoltado, saiu de casa e uma sessão muito estranha me acomete. Um peso sobre os ombros cai sobre mim. - - ela falou
O Mentor pediu que a mulher, Alice, ficasse no Centro dos demais espíritas chamados para o Trabalho. E ela, obedeceu ao mentor. Ficou no centro da roda formada pelos demais.
Mentor
--- Peço que todos aqui, fechem os olhos e apenas rezem com muita força para livrar essa irmã do sofrimento.
E todos, na Sessão, atenderam ao Mentor
Mentor
--- Ninguém abra seus olhos enquanto eu expulso esse mal para o outro lado do fim.
O Mentor começou a fazer a oração para expulsar o espírito, uma mulher bem idosa, de cabelos desarrumados a cair sobre seu rosto. O Guia começou a orar forte a falar palavras diferentes igualmente com o que o espírito falava. Palavras estranhas. Nesse instante, a irmã de Alice aventurou abrir os olhos, bem devagar, e olhar em direção a visagem. E viu uma mulher de cabelos brancos e desalinhados com uma roupa preta, toda rasgada
Irma de Alice
--- Meus Deus do Céu. Isso é o demônio. - - falou em pensamento.
A velha decrépita estava ao lado de Alice. E a irmã de Alice ficou abismada com a visão. Ao sentir que a irmão de Alice não estava mais fazendo preces, começou a vir em sua direção
Velha
--- É você, hein? - - disse a idosa
Tentou estrangular a moça que, de repente fechou os seus olhos igualmente como os demais.
Guia
--- Pare aí, desumana! Eu ordeno! - - disse o guia
Então, a velha mulher despareceu de imediato. Todos ficaram abismados com a ação da mulher idosa e receberam uma prece para o seu sossego. O Guia então falou que se ele mandar para não abrir os olhos, então ninguém pode mesmo abrir os olhos durante a sessão
Guia
--- Eu disse: “Não abram os olhos! Então ninguém pode mesmo abrir os olhos”!  Aquela pessoa idosa era alguém que estava encostada em Alice. Um espírito infeliz que atrapalhava a sua vida e de sua família. Como na casa de Alice se chamava muitas palavras obscenas, aquela figura foi se encostando e ficou ao lado de Alice. - - disse.
A sessão terminou e todo saíram para as suas casas. Marilu também seguiu e, no caminho, estava Joana, a mulher de certa idade. As duas seguiram. E dona Joana falou com Marilu sobre o acontecido. E se lembre de outro caso. Joana perguntou a Marilu se podia contar o que sabia.
Marilu
--- Conte. Sou todos ouvidos. - - declarou
Joana
--- O rapaz que viveu esse dilema se lembra muito bem. É assim como se fosse um filme passar na sua mente, por conta dos detalhes ocorridos. Quão profundo foi isso. A lembrança marcou por dois motivos: por que com ele e por que alguma coisa o ajudou.
Marilu
--- Virgem! Lá vem o que não deve! - - falou em sua mente
Joana
--- Era uma sexta-feira e, no dia seguinte, ia trabalhar. Mas, conforme ele me contou, os amigos encheram o saco para ele ir a uma festa. Depois de muito insistirem ele resolveu ceder. Perto do local da festa tinha uma casa antiga. Ouviu? - -
Marilu
--- Ouvi. Conte mais. - -
Joana
--- Bem. Era uma casa que não tinha nem mendigo para dormir, não tinha nenhuma janela quebrada. Era uma casa abandonada como se tempo não tivesse passado. E o tempo em que ele passou, não desgrudou o olho da casa. Depois de um certo tempo, ele estava em outro local, só para fumantes, e viu passar uma moça muito bela. Ela estava de cabelos longos e pretos e nem usava maquiagem. Vestia uma calça jeans e uma camiseta. Uma roupa que definia bem a sua silhueta. Entendeu? - - perguntou
Marilu
--- Sim. Eu entendo. - -
Joana
--- E sentou a poucas cadeiras adiante. O rapaz passou uma meia hora ou mais apenas reparando na moça. Então, ele viu vários rapazes se oferecendo e ela agradecia por não querer sair para dançar. Em certos momentos, a moça olhava para o rapaz. Os seus olhos pareciam ter algo a mais, diferente. Um olhar tão penetrante parecendo faca quente em manteiga. E quando ela o olhou pela quarta vez, ele se decidiu em falar com a donzela. Compreendes? - - indagou
Marilu
--- Entendo, sim. - - respondeu
Joana
--- E se sentou em um banco, apesar de tremer, olhando a virgem. Ela era simples e cheia de encantos. Ela pediu duas doses de uísque o tratando com tamanha simpatia que o rapaz ficou bobo. –
Marilu sorriu com a história contada cheia de entrelinhas. E enfim, Joana seguiu em frente
Joana
--- Foi então que a virgem chamou o rapaz para saírem dali. Ele se sentiu atraído por demais e seguiu adiante. Ele sentia naquele sorriso, naquele olhar da virgem que o deixava extasiado. Nesse momento a virgem falou em um local mais calmo como a casa abandonada. Então, o rapaz arrombou a porta de trás e subiu com a virgem para o segundo andar entrando os dois num quarto apertado como se fosse um armário.
Marilu
--- Quer ver a desgraça! - - pensou a bela moça.
Joana
--- Então, dentro do armário começara a fazer sexo. A virgem, em pé mais perecia estar desesperada que parecia mais sedenta com o rapaz como se nada pudesse estancar o orgasmo. Em meio aquilo tudo, ele ouviu a porta da frente abrir e fechar como um enorme furacão. Nesse instante, a virgem sumiu de suas mãos, como por encanto. Subindo as calças, o rapaz fugiu em direção ao local da festa. O jovem, atarantado, não viu moça sair por lugar algum. Ainda hoje, o rapaz fica intrigado porque a moça fugiu da casa assim tão de repente apenas quando ele ouviu a porta bater com força. Ainda assim, por que ela o escolheu. Ouviu bem? –
Marilu
--- Ouvi. Ela era um espírito? - - indagou.
Joana
--- Sei bem que a última vez que ele viu essa moça, ele estava entrando em uma depressão. E ela apareceu e sumiu por uma rua onde ele seguia para o centro da cidade. Quem seria essa moça? Seria um Súcubo? - -
Marilu
--- Mistério! Mistério! - - respondeu amedrontada.


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