sexta-feira, 9 de junho de 2017

SONHOS DE MARILU - 30 -

- O DEMÔNIO -
- 30 -

PASSOS NA MADRUGADA -

Na noite de certo dia, Marilu já estava em sua casa acabado de fazer o material da aula do Ateneu. Já era quase madrugada. Ela ouvia o galo cantar àquela hora e pressentiu ser mais da meia noite. A sua mãe, dona Noca, já dormira uma vez que teria de se levantar ainda cedo, madrugadinha, com certeza. Apesar dos afazeres da moça Marilu, a sua mãe continuava a fazer bolos e salgados para vender no Mercado Público. Nesse tempo, Marilu já não seguia com sua mãe à vendagem, salvo nos domingos, quando não estava muito cansada de seus afazeres no trabalho e no Colégio. O silencio era total naquela madrugada. Ela desligou o rádio, que estava com o volume muito baixo, e foi até ao banheiro cumprir suas necessidades antes de pegar no sono naquele resto de noite. Noite de escuridão, uma vez não haver lua. Ratos corriam pela sala e Marilu batia com a vassoura para espantar os camundongos. Isso ela fazia sempre, pois os bichos eram aborrecidos por demais, principalmente pelo cheiro das comidas que a sua mãe fazia logo cedo da noite. Certa noite ela estava a dormir quando despertou de repente e chamou por sua mãe de modo que ouvira alguém caminhar com os pés macios, pelo interior da casa
Marilu
--- Mãe? É a senhora? - - quis saber pois as pisadas não se ouvira mais
Dona Noca nada falou uma vez que ainda não acordara de pronto. Marilu ficou quieta observado de ouvia novamente o barulho em surdina. A moça sempre teve a mente aflorada para esses assuntos espirituais. E sempre que se aproximava de tais assuntos, seja por feitiço ou por uma simples conversa a respeito disso, coisa ocorriam com Marilu. Ou atormentado por sonhos ou por enigmais. Mas nada chegou tão perto a respeito do que Marilu sentiu
Ela estava na fase de pesquisa de espiritismo. E foi então que o caso ocorreu.
Marilu
--- Quem está aí. É, de fato algum espírito do mau? - - perguntou
Um silencio escabroso ocorreu. De imediato, um ente misterioso surgiu em seu quarto, junto a sua cama, apresentado apenas um vulto. Era um ser misterioso, cabelos longos, cobrindo todo o seu corpo, a face enrugada como sendo alguém de anos passados, talvez 150 anos ou mais. Marilu se encolheu toda em sua cama.
Marilu
--- Quem é você? Fale de uma vez! É um demônio? - -
O espírito sorriu, com um estranho poder querendo pegar a moça com as suas mãos encarpadas como as de um vampiro ou duende satânico. Nesse momento, Marilu lembrou a Santa Cruz de Caravaca em sua cama e a pegou, brandido a sua frente para a horrenda e estranha figura.
Marilu
--- Sai daqui Satanás! Sai daqui Satanás! Sai daqui Satanás! Eu te ordeno! - - com a Cruz pulsando a frente da figura apavorante.
Ela se levantou, em cima da cama e insistiu em proferir para a figura arrepiante. O estranho monstro, se era assim que ela sentia chamar aquele Diabo, abafou surdo pelas narinas como querendo sugar Marilu e pegá-lo com estupenda força e arrancá-la para fora levando-a para longe, em algum lugar onde pudesse saciar a sua sede de miséria. Ela continuava a gritar para a besta, cruzando a Cruz que encontrava no livreto pequeno, a única arma que possuía. A Cruz de Caravaca é um livro fino que Marilu encontrou perdido em uma livraria do Sebo, na cidade. Esse livro trazia orações sagradas para espantar os demônios perdidos pelo mundo. A moça achou interessante e, de imediato, o comprou, levando para a sua casa ode começou a ler.
Nesse momento, a sua mãe, dona Noca, acordou e se levantou mais que depressa, a ouvir o barulho vindo do quarto onde Marilu dormia. Uma luz estava acessa e Marilu ouviu o barulho quando a mulher pulou da cama mais que depressa e saiu correndo para o quarto vizinho. Ao chegar lá, perguntou, assustada, vendo a filha com um livro armado na mão, como se estivesse se defendendo naquele instante. E perguntou:
Noca
--- Que é isso, menina? - - perguntou assustada
Marilu
--- O demônio, minha mãe! Sai! Sai! Puxa daqui! - - gretava a moça

A mulher não via nem um risco, muito menos o demônio. Em desespero a mulher gritou, por seu lado.
Noca
--- Que demônio? Não tem nada aqui! - - reclamou
Marilu
--- Ele, agora, fugiu de vez! Mas, estava junto a senhora quando entrou no meu quarto! Ele era um animal de outro plano! Eu vi, minha mãe! Eu vi! - -    
A moça gelou de constante frio tendo um susto enorme. Ela conseguiu evitar aquele animal demoníaco. Daquele dia em diante, Marilu passou a noite por várias semanas sempre com as luzes acessas. E sua mãe, dona Noca, sempre indagava porque tanta luz acessa ela contava sempre a mesma história.
Marilu
--- Por causa da besta-fera! - - relatava
Sempre que a moça se aproxima de um assunto anormal, ela fica com medo. E não dorme de jeito algum, no escuro. E não precisa nem de conversar sobre tais assuntos porque ela fica assombrada. Nas noites de sessão no Centrou Espírita, Marilu sempre frequenta. Mas não conversa sobre esse assunto com pessoas desconhecias.  No Jornal ela fica mais quieta quando surge um assunto macabro. Se alguém pergunta se Marilu já viu alguém de madrugada, ela evita contar.
Na verdade, gentes contam histórias de fantasma, principalmente hediondos. Quando se viaja, sempre tem algum fantasma perturbando nos banheiros, nos quartos vagos, entre as sombras da escuridão. Sempre têm. Teatros ingleses, são comuns de aparecer assombrações, homens vestidos de cinza carregando uma espada. No Brasil, as pessoas acreditam em lendas quando se vai a um banheiro no escuro. O roube ou o sequestro de um cadáver é algo bastante esquisito. Mas acontece, sim. Marilu já viu por diversas vezes um vulto vítima de um sequestro.
Marilu
--- Não quero nem falar dessas coisas! - - contava a moça
Joana
--- Tem medo? - - sorriu
Marilu
--- Já vi coisas estranhas. Não quero nem pensar! - -
Joana
--- Vida após a morte? - -
Marilu
--- Muitas ações desse tipo! Não é mentira! Eu vejo, sim! - - e pensou no demônio 

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