domingo, 18 de junho de 2017

SONHOS DE MARILU - 42 -

-MISTÉRIOS -
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MISTÉRIOS -

Em outros dias, Marilu indagou a Lauro o que era o termo Cabala. Esse não soube definir com precisão. Lauro nem sequer era um Maçon. Para ele, Cabala tinha qualquer coisa com Maçon. Para dizer ao certo pediu licença para buscar dos alfarrábios que ele guardava em sua estante. E como isso se afastou um pouco no seu gabinete de trabalho e foi rever o tema. Ele meditou em cabalístico, uma coisa sombria que lhe dava arrepios. Negócio do outro mundo ou coisa assim. Enquanto procurava o Cabala decifrava que a moça tinha casos misteriosos que nem ele sabia o que era. E passou um tempo infindo. Já bastante exausto, Lauro voltou a sua incansável mesa de trabalho encantado por ter encontrado o significado. Marilu estava sentada em uma poltrona na sala de Lauro verificando livros que ainda não tinha visto. Afinal, Lauro falou.
Lauro
--- Bem. O termo “Cabala” você encontra aqui, nesse livro. Em estudei quando fiz Filosofia. Porém, por pura burrice, me passou um “branco” pela memória e eu não sabia definir ao certo. Mas, não há problema. Cabala quer dizer: “Receber”. É um método esotérico que se originou no Judaísmo. Aqui, o livro. Leia-o.
Com essa explanação, Marilu iniciou a sua leitura.
Marilu
--- Bom. Vou ler. Hoje à noite e devolvo amanhã logo cedo. - - recomendou
Lauro
--- Não há pressa. Fique à vontade. - - disse então.
Marilu, à noite, após o jantar, começou a ler o tal escrito, sempre aguçada e sem temer coisa alguma. Dizia o livro:
Livro
Cabala, por tradição, se define, literalmente “receber”. Também romanizada, é um método esotérico, disciplina e escola de pensamento que se originou no judaísmo. Um cabalista tradicional é chamado de “Mekubal”. Definições da CABALA variam de acordo com a tradição e objetivos daqueles que lhe seguem a partir de sua origem religiosa. A cabala cristã, Nova Era é uma das adaptações sincréticas do Ocultismo. A Cabala é um conjunto de ensinamentos esotéricos feitos para explicar a relação entre o imutável, eterno e misterioso (sem limites) e o Universo mortal e finito – a criação de Deus. Embora seja muito usado, não é uma denominação religiosa em si. Ele forma os fundamentos da interpretação religiosa mística.
Marilu
--- Profundo, esse estudo. - - comentou
Livro
A Cabala é o hermetismo ou o hermeticismo.  É o estudo e a prática da filosofia oculta e da magia associados a escritos atribuídos a Hermes Trismegisto, uma deidade sincrética que combina aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth. Os escritos mais importantes atribuídos a Hermes são a Tábua de Esmeralda e os textos do Corpus Hermeticum. Estas crenças tiveram influência na sabedoria oculta europeia. Os escritos herméticos são uma coleção de 18 obras Gregas.
Marilu
--- Eu já li sobre isso. - - comentou
O texto mais importante da Cabala é o Zohar (Esplendor). Elabora sobre boa parte do material encontrado no Sêfer Yetzirá. Obra cabalística, trata-se de um comentário esotérico e místico sobre o Torá (o Pentateuco do Antigo Testamento), escrito em aramaico. A Árvore da Vida é um sistema cabalístico hierárquico em forma de árvore, dividida em dez partes, que tanto pode ser interpretada como estágios do todo, quanto ser lida como estado de consciência.
Marilu
--- Tudo isso está na Bíblia judaica. Tem mais o que?  - - comentou
Livro
Morte! O grande mistério da humanidade. É o país desconhecido. A terra de onde ninguém volta. Todas as culturas do mundo estudam a morte. É um dos livros mais sagrados do mundo, a escritura essencial do Dalai Lama. Com a exata descrição da experiência dos que foram considerados clinicamente mortos. Escrito no século VIII antes de Cristo, o Livro Tibetano dos Mortos é um guia para quem morre. Um mapa da jornada que será feita após à vida. O Livro Tibetano dos Mortos é o primeiro manual do Mundo.
Marilu
--- Bom. Melhorou. Vamos à frente. - - sorriu.
Livro
Qualquer um que leia o livro aprenderá algo. Nele há uma sabedoria Universal. Se a antiga cultura tibetana estiver correta, o livro dos Mortos é a cave da vida após a morte e a resposta as mais velhas perguntas da humanidade. Em um canto remoto do mundo uma civilização afirma exatamente o que acontece após a morte. Durante séculos o livro foi mantido em segredo em uma terra tão isolada que era chamada de Reino Proibido. O Tibete guarda um texto profundamente espiritual e desafiador. O Livro Tibetano dos Mortos é uma descrição precisa de que cada indivíduo enfrentará no além.
Marilu
--- Estou sentindo frio. Será que vou morrer? - - perguntou a si mesma.
Livro
Qualquer um, quando morre, renascerá em outro lugar. O tempo de intervalo se chama de vida intermediária. Em tibetano chama-se Bardo. No budismo tibetano a maior ênfase está na morte. Surpreendentemente, as palavras do Livro Tibetano dos Mortos encaixam-se com as modernas descrições de quem morreu, clinicamente, na mesa de operação. A chamada “Experiencia Quase Morte”. Não raro, o morto observa uma luz ofuscante. O Livro Tibetano dos Mortos fala dessa luz branca. É muito clara, arrebatadora. O livro descreve a luz com impressionante precisão.
Marilu
--- Meu Deus do Céu! Eu verei essa luz também? - - quis saber
Livro
Quer em trepidantes modernas, quer em pacatas vilas tibetanas, a grande constante da humanidade é o mistério da morte. No Tibete, o ritual da morte continua o mesmo a mais de seiscentos anos. Quando alguém morre no Tibete, monges visitam a pessoa que desencarnou. Vê com ele a imagem aterradora da morte. No Bardo, eles podem ver várias luzes diferentes causando grande confusão. E o medo é muito forte. Apenas o Livro Tibetano dos Mortos pode guiar a alma rumo à nova vida.
Marilu
--- Que faço eu? Morro aqui ou no Tibete? - - assustada.
Livro
Os tibetanos praticam certa forma de budismo. Uma das grandes religiões da Ásia começou 500 anos antes de Cristo. O ensinamento de um santo homem indiano conhecido pelos adeptos como Buda ou “aquele que despertou” está na Índia há 2.500 anos. O pondo básico do budismo é uma simples e profunda verdade: “A vida está cheia de sofrimento”. De acordo com os budistas, o sofrimento é causado por desejos e ignorâncias. O budismo não é só uma religião. É uma filosofia. Um, é a compaixão. O outro, a sabedoria. Quando se adquire essas duas coisas, já é “iluminado”.
Marilu
--- É fácil e é difícil! - - comentou
Livro
Um conceito central em todas as formas de budismo é a reencarnação. A ideia de que após a morte, a pessoa renasce. Com esse conceito vem a ideia do “karma”, a crença de que o bem e o mal praticados serão compensados na vida seguinte. O objetivo do budismo é deixar a roda eterna do karma e libertar-se do sofrimento. Durante séculos o segredo do Livro Tibetano dos Mortos ficou guardado na vastidão do Himalaia. A forma tibetana de budismo é diferente dos outros estilos essa religião asiática
Marilu
--- Formas? - - perguntou
Livro
Uma das poucas atividades do budismo tibetano é a Mandala de Areia. Trata-se de uma idealização geométrica do Cosmo feita com areia colorida. Sua criação é uma forma de meditação. A estrutura física representa as qualidades do ‘Iluminado”. E no momento em que é terminada, seria como trazer a força da vida para a Mandala. A Mandala de Areia é o símbolo da vida. Tão logo essa trabalhosa obra de arte chega ao fim, é destruída. Trata-se de um símbolo profundo da própria vida e da certeza da morte.
Marilu
--- Curioso! -  - alegou

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