sábado, 17 de junho de 2017

SONHOS DE MARILU - 41 -

- MAÇONARIA -
- 41 -
MAÇONARIA -

Certo dia, Marilu saiu do Palácio do Governo e foi em busca da clínica de um médico para entrevista-lo sobre ocorrências de doenças venéreas, casos que estavam se alastrando na cidade. Caminhando, ela se deparou com um prédio bem antigo dito ser a Maçonaria. Tal Maçonaria ficava da rua que saía do Mercado da Cidade e continuava para além da Maçonaria, no cruzamento da rua Vigário Bartolomeu com a Rua João Pessoa, no centro da capital. Marilu estava em frente à casa, uma Loja, a Loja Maçônica “21 de Março”. Por instantes, vagou em seu pensar.
Marilu
--- Esta é a Loja, a Maçonaria! Eu sempre passei por aqui. Porém não sabia que era a dita.
Confrontando com a Loja estava uma casa residencial um tanto velha. Do lado direito tinha um Colégio. Sem noção do tempo, Marilu ficou a ver todo o prédio. Não dava entrada a ninguém. Tinha símbolos, um compasso e um esquadro, notadamente. Por demais curiosa, ela indagou a um homem. Ele não sabia se era a Maçonaria aquele prédio.
Marilu
--- Onde se guarda “bodes”? - - indagou em dúvidas
Vendedor
--- Bodes? Na feira! - - e sorriu
Ela então calculou.
Marilu
--- Por demais interessante. Por que não pensei nisso? - - lastimou-se
Depois do almoço, já tendo feito sua entrevista com o clínico, a moça saiu apressada para o Instituto Histórico a procura do diabólico bode. Depois de muito pesquisa, buscando livros e mais livros ela findou achando o que estava em busca. O Bode.
Marilu
--- Achei o miserável! - - sorriu
Bode, do grego Baphomet, era um andrógeno bode-cabra de Mendes. Segundo os cabalistas ocidentais, especialmente os franceses, os Templários foram acusados por adorar Baphomet. Jacques de Molay, o Grão-Mestre da Ordem do Templo, com todos os seus irmãos, morreram por causa disso. Porém, esotérica e filosoficamente falando, tal palavra nunca significou “bode” nem qualquer outra coisa tão objetiva como um ídolo. O termo em questão quer dizer “batismo” ou iniciação da sabedoria, das palavras gregas Baph e Metis, significando “Batismo da Sabedoria”. O Bode de Mendes foi um símbolo desenhado por Eliphas Levi, um deus dos Templários, representado e apoiado pela Maçonaria. Baphomet é um símbolo de iniciação a Maçonaria, descreve características, como inteligência, mãos humanas, representando a santidade do trabalho e o peito de mulher simbolizado a maternidade e o trabalho fecundo.
Marilu
--- Taí. O “bode” que deu; “Batismo da Sabedoria”. Que sabedoria é essa? De uma vez são os egípcios. De outra, os gregos. Outra, Roma. Só quero saber mesmo que foi o sábio.  - - irritada
Um homem de meia idade estava por perto e sentiu quando a moça ficou irada por desconhecer tantos assuntos de tempos remotos. E se aproximou, de vagar, para lhe falar talvez um assunto muito alheio aquela época.
Abel
--- Boa tarde, senhorita. Queira-me desculpar. Porém os antigos vieram de um povo mais além. Os Sumérios foram um deles, A senhorita já ouviu falar nesse povo? - - sorrindo
Marilu
--- Ahan? Boa tarde. Com quem eu falo? - - quis saber
Abel
--- Eu sou Abel. Desculpe-me por intrometer. Busque e veja os Sumérios, um povo da Mesopotâmia, a “terra dos reis civilizados”, ou “terra nativa”. Uma antiga civilização. - - sorriu
Marilu
--- Sumérios? Nunca ouvi falar! Quem foram eles? - - quis saber
Abel
--- Permita-me que te ajude. Os Sumérios foram um povo vindos do Espaço. Eles foram os primeiros homens aqui da Terra. Leia-os, por favor. - - sorriu
Marilu
--- Eu vou ler, tenha certeza. Sumérios. Aqui tem? - - perguntou
Abel
--- Creio que sim. É só procurar. - - disse-lhe
E Marilu buscou por Sumérios, um povo da Mesopotâmia. Depois de algum tempo, Marilu encontrou no termo de religião. E foi ali o seu início.
Marilu
--- Pronto! Encontrei. - - disse a moça
Ela procurou o homem Abel, porém esse não mais se encontrava naquele espaço. E a moça prosseguiu a estudar o termo dos sumérios, tendo início por sua religião. As crenças religiosas dos povos da antiga Suméria. Os sumérios acreditavam que o Universo era governado por um panteão formado por um grupo de seres vivos, de forma humana, porém imortais e possuidores de poderes sobre-humanos. Esses seres, segundo acreditavam, eram invisíveis aos olhos dos mortais e guiavam e controlavam o Cosmo de acordo com um plano pré-estabelecido e leis rigorosamente elaboradas.
Marilu
--- Seriam Deuses? -  - quis saber toda confusa.
Livro
Os sumérios tinham quatro divindades fundamentais, conhecidas como Deuses criadores. Estes Deuses eram: An, Deus do Céu; Ki, deusa da Terra; Enlil, deus do ar e Enki, deus da água. Céu, terra, ar e água eram considerados os quatro componentes mais importantes do Universo. Os deuses concebiam o “Me”, conjunto de regras e leis universais imutáveis que todos os seres eram obrigados a obedecer.
Marilu
--- Creio que estas regras são idênticas ao do Catolicismo de hoje. - - pensou a virgem
Livro
Próximas em importância às deidades criadoras estavam as três divindades celestiais: Nanna, deus da Lua; Utu, deus do Sol e Inanna, rainha dos céus. Inanna era também deusa do amor, da procriação e da guerra. Nanna era o pai de Utu e Inanna. Outro deus de grande importância era Ninurta, a divindade do violento e destrutivo vento sul.
Marilu
--- Tá! Eu não digo? Os mesmos deuses dos sumérios são de agora da Religião Católica. E também de outras religiões mais antigas. - - emburrada
Livro
Os Sumérios foram uma das primeiras civilizações de que se tem notícia, mas a sua importância histórica não pára aí. A eles são atribuídas duas grandes invenções: a da escrita e a da roda, ambas a cerca de 6000 anos atrás. A sua escrita era de uso particularmente da elite, principalmente dos sacerdotes e escribas. Ela era gravada em tabletes de argila com uma pinça em forma de cunha, e por isso recebeu o nome de escrita cuneiforme. Já a roda, outra grande invenção sumeriana, permitiu a eles desenvolverem carros de combate, que eram puxados por cavalos. Ainda sobre sua arte militar, eles usavam lanças, ou dardos de combates, além de armaduras feitas com o bronze extraído das montanas.
Marilu
--- Caramba! Eles foram os pioneiros! Coitado do Egito! - - disse então
Livro
Eles criaram diques e barragens que impediam enchentes e inundações nas cidades, e ainda escoavam a água através de canais para as lavouras afim de expandir mais suas cidades, que cresciam depressa. Sua arquitetura concentrava-se, principalmente, na construção de templos em forma de pirâmides chamados zigurates.
Marilu
--- Tai quem fez primeiro! - - armou-se com fé


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