- MAÇONARIA -
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MAÇONARIA -
Certo dia,
Marilu saiu do Palácio do Governo e foi em busca da clínica de um médico para
entrevista-lo sobre ocorrências de doenças venéreas, casos que estavam se
alastrando na cidade. Caminhando, ela se deparou com um prédio bem antigo dito
ser a Maçonaria. Tal Maçonaria ficava da rua que saía do Mercado da Cidade e
continuava para além da Maçonaria, no cruzamento da rua Vigário Bartolomeu com
a Rua João Pessoa, no centro da capital. Marilu estava em frente à casa, uma
Loja, a Loja Maçônica “21 de Março”. Por instantes, vagou em seu pensar.
Marilu
--- Esta é a
Loja, a Maçonaria! Eu sempre passei por aqui. Porém não sabia que era a dita.
Confrontando
com a Loja estava uma casa residencial um tanto velha. Do lado direito tinha um
Colégio. Sem noção do tempo, Marilu ficou a ver todo o prédio. Não dava entrada
a ninguém. Tinha símbolos, um compasso e um esquadro, notadamente. Por demais
curiosa, ela indagou a um homem. Ele não sabia se era a Maçonaria aquele
prédio.
Marilu
--- Onde se
guarda “bodes”? - - indagou em dúvidas
Vendedor
--- Bodes? Na
feira! - - e sorriu
Ela então
calculou.
Marilu
--- Por demais
interessante. Por que não pensei nisso? - - lastimou-se
Depois do
almoço, já tendo feito sua entrevista com o clínico, a moça saiu apressada para
o Instituto Histórico a procura do diabólico bode. Depois de muito pesquisa,
buscando livros e mais livros ela findou achando o que estava em busca. O Bode.
Marilu
--- Achei o
miserável! - - sorriu
Bode, do grego Baphomet, era um
andrógeno bode-cabra de Mendes. Segundo os cabalistas ocidentais, especialmente
os franceses, os Templários foram acusados por adorar Baphomet. Jacques de
Molay, o Grão-Mestre da Ordem do Templo, com todos os seus irmãos, morreram por
causa disso. Porém, esotérica e filosoficamente falando, tal palavra nunca
significou “bode” nem qualquer outra coisa tão objetiva como um ídolo. O termo
em questão quer dizer “batismo” ou iniciação da sabedoria, das palavras gregas
Baph e Metis, significando “Batismo da Sabedoria”. O Bode de Mendes foi um
símbolo desenhado por Eliphas Levi, um deus dos Templários, representado e
apoiado pela Maçonaria. Baphomet é um símbolo de iniciação a Maçonaria,
descreve características, como inteligência, mãos humanas, representando a
santidade do trabalho e o peito de mulher simbolizado a maternidade e o
trabalho fecundo.
Marilu
--- Taí. O
“bode” que deu; “Batismo da Sabedoria”. Que sabedoria é essa? De uma vez são os
egípcios. De outra, os gregos. Outra, Roma. Só quero saber mesmo que foi o
sábio. - - irritada
Um homem de
meia idade estava por perto e sentiu quando a moça ficou irada por desconhecer
tantos assuntos de tempos remotos. E se aproximou, de vagar, para lhe falar
talvez um assunto muito alheio aquela época.
Abel
--- Boa tarde,
senhorita. Queira-me desculpar. Porém os antigos vieram de um povo mais além.
Os Sumérios foram um deles, A senhorita já ouviu falar nesse povo? - - sorrindo
Marilu
--- Ahan? Boa
tarde. Com quem eu falo? - - quis saber
Abel
--- Eu sou
Abel. Desculpe-me por intrometer. Busque e veja os Sumérios, um povo da Mesopotâmia,
a “terra dos reis civilizados”, ou “terra nativa”. Uma antiga civilização. - -
sorriu
Marilu
--- Sumérios?
Nunca ouvi falar! Quem foram eles? - - quis saber
Abel
--- Permita-me
que te ajude. Os Sumérios foram um povo vindos do Espaço. Eles foram os
primeiros homens aqui da Terra. Leia-os, por favor. - - sorriu
Marilu
--- Eu vou
ler, tenha certeza. Sumérios. Aqui tem? - - perguntou
Abel
--- Creio que
sim. É só procurar. - - disse-lhe
E Marilu
buscou por Sumérios, um povo da Mesopotâmia. Depois de algum tempo, Marilu
encontrou no termo de religião. E foi ali o seu início.
Marilu
--- Pronto!
Encontrei. - - disse a moça
Ela procurou o
homem Abel, porém esse não mais se encontrava naquele espaço. E a moça
prosseguiu a estudar o termo dos sumérios, tendo início por sua religião. As
crenças religiosas dos povos da antiga Suméria. Os sumérios acreditavam que o
Universo era governado por um panteão formado por um grupo de seres vivos, de
forma humana, porém imortais e possuidores de poderes sobre-humanos. Esses
seres, segundo acreditavam, eram invisíveis aos olhos dos mortais e guiavam e
controlavam o Cosmo de acordo com um plano pré-estabelecido e leis
rigorosamente elaboradas.
Marilu
--- Seriam
Deuses? - - quis saber toda confusa.
Livro
Os sumérios
tinham quatro divindades fundamentais, conhecidas como Deuses criadores. Estes
Deuses eram: An, Deus do Céu; Ki, deusa da Terra; Enlil, deus do ar e Enki,
deus da água. Céu, terra, ar e água eram considerados os quatro componentes
mais importantes do Universo. Os deuses concebiam o “Me”, conjunto de regras e
leis universais imutáveis que todos os seres eram obrigados a obedecer.
Marilu
--- Creio que
estas regras são idênticas ao do Catolicismo de hoje. - - pensou a virgem
Livro
Próximas em
importância às deidades criadoras estavam as três divindades celestiais: Nanna,
deus da Lua; Utu, deus do Sol e Inanna, rainha dos céus. Inanna era também
deusa do amor, da procriação e da guerra. Nanna era o pai de Utu e Inanna.
Outro deus de grande importância era Ninurta, a divindade do violento e
destrutivo vento sul.
Marilu
--- Tá! Eu não
digo? Os mesmos deuses dos sumérios são de agora da Religião Católica. E também
de outras religiões mais antigas. - - emburrada
Livro
Os Sumérios
foram uma das primeiras civilizações de que se tem notícia, mas a sua
importância histórica não pára aí. A eles são atribuídas duas grandes
invenções: a da escrita e a da roda, ambas a cerca de 6000 anos atrás. A sua
escrita era de uso particularmente da elite, principalmente dos sacerdotes e
escribas. Ela era gravada em tabletes de argila com uma pinça em forma de
cunha, e por isso recebeu o nome de escrita cuneiforme. Já a roda, outra grande
invenção sumeriana, permitiu a eles desenvolverem carros de combate, que eram
puxados por cavalos. Ainda sobre sua arte militar, eles usavam lanças, ou
dardos de combates, além de armaduras feitas com o bronze extraído das
montanas.
Marilu
--- Caramba!
Eles foram os pioneiros! Coitado do Egito! - - disse então
Livro
Eles criaram
diques e barragens que impediam enchentes e inundações nas cidades, e ainda
escoavam a água através de canais para as lavouras afim de expandir mais suas
cidades, que cresciam depressa. Sua arquitetura concentrava-se, principalmente,
na construção de templos em forma de pirâmides chamados zigurates.
Marilu
--- Tai quem
fez primeiro! - - armou-se com fé
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