domingo, 6 de setembro de 2015

MAR SERENO - 16 -

- CAMARÕES -
- 16 -

PIZZARIA -

À tarde. Isis foi ao setor de Clinica de Saúde para fazer o exame e com a moça também foi a irmã de Monroe, a senhorita Moema como acompanhante ao lado do seu irmão, por certo. Isis estava com temor de ter de submeter a tal exame, vez que nunca fez tal processo. Mesmo assim, não teve dúvidas e, com a companhia de Moema, o temor se reduziu. Após fazer os exames, Isis, ainda assim temerosa, seguiu na companhia de Moema e nada mais alegou. O diplomata Ênio Monroe convidou as companheiras para seguir até certo ponto onde mostraria a moça Isis algo diferente. Talvez Isis não conhecesse ainda. Era uma pizzaria no bairro de Ponta Negra, praia um pouco distante de onde Isis estava.
Monroe
--- Vamos ver uma coisa que Isis talvez não conheça. Moema já é acostumada com isso. – Falou sorrindo
Moema
--- Não me diga ser uma chouparia! – Sorrio.
E os três seguiram para Ponta Negra onde havia locais de pizzarias. Os automóveis passavam em vertiginosa velocidade, cruzando uns com os outros. Os vidros das portas do carro estavam levantados e a moça não ouvia muito bem o sucedido. Apenas olhava os veículos a transitar e as lojas de autos, Bancos, armarinhos e algo mais a passar céleres como se locomovesse a todo custo. Na aparência, Isis era o que supunha. Umas ninfas oferecendo o seu corpo, era o comum para se denotar. Mesmo assim, tudo era muito rápido. Alguma coisa Isis podia vislumbrar. Lojas de utilidades, homens a mostrar seus imóveis como a falar de casos surpreendentes. As entradas das ruas permitiam o trânsito de outros veículos a procura de sugestivas e enormes mansões ou de consultórios médicos. Um idoso a sair carregado em uma cadeira de rodas, uma ambulância trafegar com rapidez parecendo um louco desalmado. Tudo isso e mais a moça podia ver. Quando Monroe chegou a uma loja onde além de tudo estava cheia de algo muito mais que alimentos por conveniência ele estacionou o veículo. Pedintes já estavam a posto a solicitar uma ajuda. Notava-se de pouca carência para com os esmoleres.
Isis:
--- Como tem! Nossa! – Fez ver a moça.
Monroe
--- Vamos entrar. Moema, acompanhe a moça. – Disse ele a sorrir.
Moema
--- Já está comigo. – Respondeu a sorrir.
O restaurante do self Service já estava lotado de pessoas, cada uma a conversar com os seus amigos de momentos triviais. Era um imenso local destinado ao preparo e comércio de refeições podendo também ter bebidas alcóolicas ou não. O servir era diferente em sua forma de atender ao consumidor. A refeição fora de casa deixou de ser uma opção de lazer e passou a ser uma questão de necessidade. É uma tendência dentro do que se pode chamar de terceirização dos serviços familiares, acompanhadas pelo surgimento de outros serviços, como a venda de comida congelada, entrega de pizzas em domicilio dentre outros afazeres. Um restaurante self-service está relacionado à conveniência e proximidade, além de oferecer sociabilidade, prazer e qualidade. Os consumidores têm a opção de escolher o que quer degustar. É bem diferente dos restaurantes à la carte.  Com isso, Monroe foi à frente tendo a companhia de Moema e Isis. Ele queria mostrar a Isis o que havia de bom em uma cidade, como Natal. Na mesa, o homem pediu um champanhe.
Monroe
--- Champanhe, por favor. – Solicitou
De imediato o garçom surgiu como por um encanto com uma garrafa e três copos. Abriu a garrafa e delicadamente se afastou. Monroe serviu à moça um pouco da bebida e essa indagou
Isis
--- Posso beber “isso”? – Com a cara franzida
Moema
--- “Isso”, pode. Menina, não tem nada a ver com o que você fez, hoje. Beba! – Sorriu
Isis
--- Primeiro, eu prefiro ir ao banheiro. - Comentou
Moema
--- Então, vamos. – Disse com bastante polidez.
Após um longo tempo de mais de três minutos, a moça chamou por Moema para acochar a sua cintura pois não conseguia fechar o zíper.
Isis
--- Duro. Não consigo. – Ela tentava abotoar o zíper.  
Moema
--- Você não tinha vestido? –
Isis
--- Nunca. Foi negócio de Nizete. – Com cara feira até a moça soerguer o zíper.
Quando estava no setor do restaurante, Isis procurou ver como se montava as moças e rapazes a procura de servir os consumidores. Notou a moça a vestimenta aprumada dos funcionários e como o pessoal usava suas roupas de serviço onde a cor predominante era um preto e branco com sapatos altos e uma gola levemente em cor de mel. O atendimento era a razão maior daquela empresa de uma forma impecável.
Monroe
--- O cliente tem sempre razão. – Falou com suavidade.
Isis.
--- Eu estou a observar. –
Moema
--- Isso é em toda a administração. Os funcionários estão sempre contentes, são afáveis e bem-comportados. – Falou baixo a moça.
Monroe
--- A limpeza e higiene são primordiais. –
Isis
--- Eu, nunca poderei assumir um compromisso assim. –
Moema
--- Mas, você nem pense que vai colocar um estabelecimento assim. Você terá que fazer cursos. Hoje, existe cursos em todo o Brasil. São Paulo, Rio, Minas e por certo, em Natal. Em todo o recanto. E nem precisa de dinheiro assim aos montões. –
Isis
--- Eu prefiro ser funcionária. É muito melhor. –
Monroe
--- Eu te digo. Talvez eu esteja enganado. Mas, ser funcionário é querer ganhar pouco. Veja bem isso. –
Isis
--- Pode ser, porém, é mais seguro. –
Monroe
--- Veja bem. Um servidor do Governo Federal tem um salário de, no frigir, menos de 2 mil reais se ele começar uma carreira. Um agente da Polícia Federal tem salário de 7 mil reais. Mas, um Agente de Serviço Gerais, tem salário de apenas 700 reais. – Dialogou.
Isis
--- Nossa! Como é pouco. Eu sei que não faço isso. Mas, ganhar uma miséria dessa? – Alarmou.
Moema
--- É o que eu digo. Hoje, em países mais desenvolvidos, ricos mesmo, como Suíça, Finlândia, Holanda, nesses países se paga o salário mínimo. Para você vê. –
Isis
--- Eu não acredito. –
Moema
--- Vá morar lá! -  sorriu. 



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