sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O INFERNO - 21 -

AUDREY HEPBURN
- 21 -
- FUGAS -
Após alguns momentos de lutas, o espírito do homem findou por sair para distante e mesmo assim a velha senhora ainda se desculpou por que ele ainda estava rondando o local e a velha nada podia fazer de momento. Donana orientou a dona Totó ter em casa uma espada de São Jorge, erva muito protetora das pessoas. Orientou também a velha a Totó, ter um pé de pião roxo bem próprio daquele meio ambiente e de outras ervas para se purificar de vez quando se teme algo a perturbar insistente. E a anciã contou uma história vivida há tempos atrás por um homem do interior.
Donana:
--- O que eu vou te contar foi uma verdade. Certa vez, um homem jovem, Sr. Nicodemos, chegou a minha casa, ele perturbado por demais a me contar a sua vida. Dizia o homem que estava atormentado por ter tido uma visão por uma linda mulher de olhos verdes e um sorriso franco, mas de um instinto paranormal. Aquela mulher tinha uma sedução demoníaca. Ele era casado sendo pai de dois rapazes e descobriu da pior forma que mexer com o mundo paranormal pode ser perigoso. Ele estava recém-casado com a mulher de sua vida. Seu nome era Vera. Em sua existência normal ele era um homem muito carinhoso e tinha uma cadela de nome Batata como sendo um animal de estimação. Um animal como parte da família. Em breve instante, ele foi procurado por um amigo, sr. Adroaldo, para integrar um grupo paranormal com o intuito de poder ajudar as pessoas. O homem que o procurou já havia tido experiências com esses assuntos de paranormalidade. Vozes, batidas entre outras coisas em sua casa, mais diretamente em seu quarto de dormir. Os dois amigos eram conhecidos há muito tempo sendo um irmão para ele, Nicodemos. Coisa sincera de verdade. E daí por diante eles fizeram da paranormalidade uma coisa comum. Certa vez, o homem que me procurou, recebera um telefonema do dono de uma loja a comentar ter sido procurado por entidades estranhas a lhe perturbar insistentemente. Objetos a se mover como se alguém a jogar para fora. Em outros casos os objetos voavam em plena sala. E assim, o homem não se sentia bem quando estava só sem alguma pessoa. Principalmente em um local fora da casa. Então, o homem que me visitou teve de contar que após o telefonema, ele decidiu chamar o padre da Cidade por ter em mente a possibilidade de ser alguém ou algum ente paranormal. O padre era um homem decidido em manter a paranormalidade em suas visitas a muitos locais da sua Cidade. E logo sentiu de haver algo negativo com assombrações sentidas pelo segundo Nicodemos. O que chamara de depressa o primeiro homem. O que me procurou. O Padre procurou a sua auxiliar que possuía poderes mediúnicos e outra moça, uma sensitiva. A equipe foi até a casa do homem do telefonema e montou os seus equipamentos. O pessoal montou tudo em várias partes da casa. O homem que eu ajudei, ao descer para o interior de uma garagem existente, ele me disse que o ar estava tão insuportável, pesado, que quase o sufocou. Havia uma presença forte, algo maligno na garagem da casa. Gelado, por assim dizer. E ele levava um medidor de frieza que a cada vez ficava mais frio, com certeza. Era algo demoníaco o que se apresentava.
E a anciã parou por um espaço de tempo a olhar a vagar por diversos cantos do quarto de dormir de Norma procurando divisar algo de estranho ou anormal. Por vezes naquela noite, Donana teve de lutar com um espírito maligno e atormentador até por em ânsias a sua exaustiva idade, caso não poder mais segurar por muito tempo, vez ter já os seus 80 anos, quase no final de sua precária existência. A anciã, apesar de tudo, ainda era mulher de ver e ouvir seres de outras longínquas existências como se estivessem no mesmo meio em que ela estava. Fantasmas, bruxos, demônios, assombrações. Era tudo isso que anciã ainda podia combater com severidade em qualquer canto de sua esfera de vida. Ansiosa pela luta inclemente, a anciã estava a repousar um pouco mais. Enfim, Donana continuou a sua história ao falar com atenção de todos a escutar o temeroso caso.
Donana:
--- Bem. E o homem me disse: Muitos investigadores paranormais acreditam que a temperatura ambiente ao cair daquela forma indica haver uma cidade naquele meio, muitas vezes de outros tempos ou até de certos lugares. Houve um estrondo provocando um susto enorme em todos os presentes. Ninguém empurrou balde algum como o que caíra. Era uma coisa que não nos queria naquele ambiente. As perguntas foram feitas a alguém do além. Invocou-se o precioso sangue de Cristo. Perguntou-se o nome da criatura. E uma coisa me beliscou no braço. Tinha uma marca de mordida no meu braço – disse Nicodemos. Marcas de dentes no local da mordida. Então eu fiquei chocado, falou Nicodemos. Foi assustador aquele enigmático caso. Era sinal de que o espírito estava furioso. E podia ser uma grande atividade demoníaca. E o Sacerdote pensou usar em toda energia a utilizar para expulsar o demônio. Naquela hora ele sentiu enjoos horrendos. E começou a vomitar, a tremer. E foi então que reagiu. A rezar ele, com todas as forças, mandou o Satanás sair daquele ambiente. E o padre também reagiu buscado não apenas da oração, mas em todos os seus impulsos mandar embora o verdugo governando, ordenando o espírito do mau se afastar daquele ambiente não mais pertencente a ele. Naquela hora, o brado horrendo ecoou no espaço e o demônio fugiu para sempre do seu habitat. – Foi assim que me contou aquele homem, Nicodemos, quase ao delírio. – falou a anciã em ânsia profunda.
Um arrepio estremeceu a todos os presentes – dona Totó e a sua filha – fazendo cair uma panela enquanto uma gargalhada tomou o canto do quarto e sumiu para todo o sempre. As duas pessoas se sacudiram todas. Algo de horror e temeridade. Norma gritou assombrada e dona Totó clamou pela Virgem Maria entre todos os momentos de cisma. E dona Donana aquietou a todos com seu modo mortiço de falar.
Donana:
--- Calma! Calma! A visagem já foi embora! Todos tenham calma! – relatou a mulher com a sua pequena voz. Ainda ocorreu o seguinte: o padre declarou na oportunidade que ele buscou evidencias e nada mais encontrou. E nunca mais houve nenhuma ocorrência naquele solitário canto. A verdade é que nunca se sabe o que vai se encontrar quando se mexe com essas coisas. E Nicodemos me disse que nas semanas seguintes as coisas começaram a mudar um pouco. A cadela que eles tinham em casa começou a ficar agressiva. Sempre que um dos seus filhos cuidava de abraçar a sua mãe Vera, a cadela Batata começava a rosnar. Batata começava a latir e corria com temor. Normalmente Batata ficava do lado de Nicodemos a brincar com carinho. E isso não causou grande preocupação à mulher Vera ou a seu esposo Nicodemos. Mesmo assim, coisas estranhas ocorreram na casa de Nicodemos. Ouvia-se passos no corredor; a televisão ligava sem que ninguém tocasse e as luzes da casa começavam a piscar. Sombras apareciam em lugares diferentes da casa. Sem corrente de ar, a casa ficava mais friorenta.  E nem porque havia explicação para o sucedido. A cadela de Nicodemos ficava mais inquieta com os tais casos. Certa vez a cadela se aproximou do quarto de Nicodemos e começou a latir parecendo tentar avisar sobre algo estranho. Quando a dona Vera abriu a porta do quarto, a cadela Batata se recusou a entrar no recinto. De repente, Nicodemos começou a ouvir gritos vindos do seu quintal. Alguém parecia estar sendo esfaqueado ou assassinado. Era algo assustador. Parecia que ninguém percebera os gritos além de Nicodemos, foi como me contou a história. Mesmo assim, certa vez, logo após ter ouvido os gritos, a sua mulher Vera quando dormia, teve um pesadelo e algo a acordou. Mas fez tanto barulho que a mulher se levantou de imediato. Então, a senhora Vera ouviu os terríveis gritos vindo do quintal. Ela chamou o marido que, ao chegar no quintal, ouviu o grito hediondo de um verdadeiro terror. E os dois saíram com seus gravadores.

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