AUDREY HEPBURN
- 21 -
- FUGAS -
Após alguns momentos de lutas, o espírito do homem findou por sair
para distante e mesmo assim a velha senhora ainda se desculpou por que ele
ainda estava rondando o local e a velha nada podia fazer de momento. Donana
orientou a dona Totó ter em casa uma espada de São Jorge, erva muito protetora
das pessoas. Orientou também a velha a Totó, ter um pé de pião roxo bem próprio
daquele meio ambiente e de outras ervas para se purificar de vez quando se teme
algo a perturbar insistente. E a anciã contou uma história vivida há tempos
atrás por um homem do interior.
Donana:
--- O que eu vou te contar foi uma verdade. Certa vez, um homem
jovem, Sr. Nicodemos, chegou a minha casa, ele perturbado por demais a me
contar a sua vida. Dizia o homem que estava atormentado por ter tido uma visão
por uma linda mulher de olhos verdes e um sorriso franco, mas de um instinto
paranormal. Aquela mulher tinha uma sedução demoníaca. Ele era casado sendo pai
de dois rapazes e descobriu da pior forma que mexer com o mundo paranormal pode
ser perigoso. Ele estava recém-casado com a mulher de sua vida. Seu nome era
Vera. Em sua existência normal ele era um homem muito carinhoso e tinha uma
cadela de nome Batata como sendo um animal de estimação. Um animal como parte
da família. Em breve instante, ele foi procurado por um amigo, sr. Adroaldo,
para integrar um grupo paranormal com o intuito de poder ajudar as pessoas. O
homem que o procurou já havia tido experiências com esses assuntos de
paranormalidade. Vozes, batidas entre outras coisas em sua casa, mais
diretamente em seu quarto de dormir. Os dois amigos eram conhecidos há muito
tempo sendo um irmão para ele, Nicodemos. Coisa sincera de verdade. E daí por
diante eles fizeram da paranormalidade uma coisa comum. Certa vez, o homem que
me procurou, recebera um telefonema do dono de uma loja a comentar ter sido
procurado por entidades estranhas a lhe perturbar insistentemente. Objetos a se
mover como se alguém a jogar para fora. Em outros casos os objetos voavam em
plena sala. E assim, o homem não se sentia bem quando estava só sem alguma
pessoa. Principalmente em um local fora da casa. Então, o homem que me visitou
teve de contar que após o telefonema, ele decidiu chamar o padre da Cidade por
ter em mente a possibilidade de ser alguém ou algum ente paranormal. O padre
era um homem decidido em manter a paranormalidade em suas visitas a muitos
locais da sua Cidade. E logo sentiu de haver algo negativo com assombrações
sentidas pelo segundo Nicodemos. O que chamara de depressa o primeiro homem. O
que me procurou. O Padre procurou a sua auxiliar que possuía poderes mediúnicos
e outra moça, uma sensitiva. A equipe foi até a casa do homem do telefonema e
montou os seus equipamentos. O pessoal montou tudo em várias partes da casa. O
homem que eu ajudei, ao descer para o interior de uma garagem existente, ele me
disse que o ar estava tão insuportável, pesado, que quase o sufocou. Havia uma
presença forte, algo maligno na garagem da casa. Gelado, por assim dizer. E ele
levava um medidor de frieza que a cada vez ficava mais frio, com certeza. Era
algo demoníaco o que se apresentava.
E a anciã parou por um espaço de tempo a olhar a vagar por
diversos cantos do quarto de dormir de Norma procurando divisar algo de
estranho ou anormal. Por vezes naquela noite, Donana teve de lutar com um
espírito maligno e atormentador até por em ânsias a sua exaustiva idade, caso
não poder mais segurar por muito tempo, vez ter já os seus 80 anos, quase no
final de sua precária existência. A anciã, apesar de tudo, ainda era mulher de
ver e ouvir seres de outras longínquas existências como se estivessem no mesmo
meio em que ela estava. Fantasmas, bruxos, demônios, assombrações. Era tudo
isso que anciã ainda podia combater com severidade em qualquer canto de sua
esfera de vida. Ansiosa pela luta inclemente, a anciã estava a repousar um
pouco mais. Enfim, Donana continuou a sua história ao falar com atenção de
todos a escutar o temeroso caso.
Donana:
--- Bem. E o homem me disse: Muitos investigadores paranormais
acreditam que a temperatura ambiente ao cair daquela forma indica haver uma
cidade naquele meio, muitas vezes de outros tempos ou até de certos lugares.
Houve um estrondo provocando um susto enorme em todos os presentes. Ninguém
empurrou balde algum como o que caíra. Era uma coisa que não nos queria naquele
ambiente. As perguntas foram feitas a alguém do além. Invocou-se o precioso
sangue de Cristo. Perguntou-se o nome da criatura. E uma coisa me beliscou no
braço. Tinha uma marca de mordida no meu braço – disse Nicodemos. Marcas de
dentes no local da mordida. Então eu fiquei chocado, falou Nicodemos. Foi
assustador aquele enigmático caso. Era sinal de que o espírito estava furioso.
E podia ser uma grande atividade demoníaca. E o Sacerdote pensou usar em toda
energia a utilizar para expulsar o demônio. Naquela hora ele sentiu enjoos
horrendos. E começou a vomitar, a tremer. E foi então que reagiu. A rezar ele,
com todas as forças, mandou o Satanás sair daquele ambiente. E o padre também
reagiu buscado não apenas da oração, mas em todos os seus impulsos mandar
embora o verdugo governando, ordenando o espírito do mau se afastar daquele
ambiente não mais pertencente a ele. Naquela hora, o brado horrendo ecoou no
espaço e o demônio fugiu para sempre do seu habitat. – Foi assim que me contou
aquele homem, Nicodemos, quase ao delírio. – falou a anciã em ânsia profunda.
Um arrepio estremeceu a todos os presentes – dona Totó e a sua
filha – fazendo cair uma panela enquanto uma gargalhada tomou o canto do quarto
e sumiu para todo o sempre. As duas pessoas se sacudiram todas. Algo de horror
e temeridade. Norma gritou assombrada e dona Totó clamou pela Virgem Maria
entre todos os momentos de cisma. E dona Donana aquietou a todos com seu modo
mortiço de falar.
Donana:
--- Calma! Calma! A visagem já foi embora! Todos tenham calma! –
relatou a mulher com a sua pequena voz. Ainda ocorreu o seguinte: o padre
declarou na oportunidade que ele buscou evidencias e nada mais encontrou. E
nunca mais houve nenhuma ocorrência naquele solitário canto. A verdade é que
nunca se sabe o que vai se encontrar quando se mexe com essas coisas. E
Nicodemos me disse que nas semanas seguintes as coisas começaram a mudar um
pouco. A cadela que eles tinham em casa começou a ficar agressiva. Sempre que
um dos seus filhos cuidava de abraçar a sua mãe Vera, a cadela Batata começava
a rosnar. Batata começava a latir e corria com temor. Normalmente Batata ficava
do lado de Nicodemos a brincar com carinho. E isso não causou grande
preocupação à mulher Vera ou a seu esposo Nicodemos. Mesmo assim, coisas
estranhas ocorreram na casa de Nicodemos. Ouvia-se passos no corredor; a
televisão ligava sem que ninguém tocasse e as luzes da casa começavam a piscar.
Sombras apareciam em lugares diferentes da casa. Sem corrente de ar, a casa
ficava mais friorenta. E nem porque
havia explicação para o sucedido. A cadela de Nicodemos ficava mais inquieta
com os tais casos. Certa vez a cadela se aproximou do quarto de Nicodemos e
começou a latir parecendo tentar avisar sobre algo estranho. Quando a dona Vera
abriu a porta do quarto, a cadela Batata se recusou a entrar no recinto. De
repente, Nicodemos começou a ouvir gritos vindos do seu quintal. Alguém parecia
estar sendo esfaqueado ou assassinado. Era algo assustador. Parecia que ninguém
percebera os gritos além de Nicodemos, foi como me contou a história. Mesmo
assim, certa vez, logo após ter ouvido os gritos, a sua mulher Vera quando
dormia, teve um pesadelo e algo a acordou. Mas fez tanto barulho que a mulher
se levantou de imediato. Então, a senhora Vera ouviu os terríveis gritos vindo
do quintal. Ela chamou o marido que, ao chegar no quintal, ouviu o grito
hediondo de um verdadeiro terror. E os dois saíram com seus gravadores.
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