- JULIANA PAES -
- 23 -
- SUCCUBUS -
Em um certo dia acabara a sessão no Centro Espírita e aqueles do
grupo de Sócrates estavam a conversar sobre vários assuntos tidos no caminhar
dos trabalhos mediúnicos, inclusive de um jovem recém casado. Esse rapaz tinha
um toque de mal assombro, onde um ente se aproximada dele quase todas as
noites. Uma bela e divinal mulher de seus 18 anos de idade procurava o rapaz e
lhe fazia adormecer para depois sugar de seiva vital em uma ação cruel e
maledicente até a fornicação perfeita de uma alucinação total. Norma ouvira o
relato contado pelo rapaz, Sócrates, com um arrepio constante a se lembrar do
caso passado com o homem de nome Nicodemos. E então, indagou:
Norma:
--- Você está falando algo sobre “súccubus”? - avergou querendo saber mais.
Sócrates:
--- Súccubus! É um nome um tanto invulgar. Súccubus, Íncubos. O
Íncubos é um demônio na forma masculina que se encontra com mulheres dormindo,
a fim de ter uma relação sexual com elas. Já o súcubo é uma forma de bela e
sedutora mulher que atrai os homens para fornicar com eles durante o sono. Essa
é uma lenda bem antiga datada da civilização suméria. Em síntese: uma
prostituta. – explicou com seriedade.
Norma:
--- Ah, bom. É uma mulher prostituta? – quis saber mais.
Sócrates:
--- Bem. Não é uma prostituta com se conhece. É uma formosa criatura
em forma de mulher. Os Sumérios, no conhecer da astronomia contavam existir 12
Corpos celestiais em nosso sistema solar, incluindo a Lua e o Sol. Dessa
maneira eles afirmavam existir nove Planetas conhecidos pelo homem mais um corpo
celeste. Esse planeta chama-se Nibiru e era o local de origem de uma raça
chamada de “raças dos deuses”. Os sumérios estiveram aqui e deixaram escritos
sobre várias tecnologias, inclusive a astronomia. A explicação dada pelos
Sumérios está provada pelo desenvolvimento do que sabemos.
Norma:
--- E os súccubus? – pergunto inquieta a moça
Sócrates:
--- Ah. Sucubus? É um demônio com aparência feminina que invade o
sonho dos homens. A pronuncia exata da palavra é Lilitu no idioma sumério. E ela
foi uma deusa adorada na Mesopotâmia a terra dos Sumérios. O local dos dois
rios, o Tigre e o Eufrates. Os judeus, enfim acusaram Lilitu de ser a serpente
de ter sido levada a Adão a comer do “fruto proibido”. Você sabe qual é o fruto
proibido? – pergunto sorrindo
Norma:
--- A maçã? – indagou a sorrir com olhos atentos.
Sócrates:
--- Não. O sexo! – rebateu o rapaz.
Norma ficou corada com a fuzilante resposta dada a sua pequena
ignorância.
Sócrates:
--- Não me leve a mal. Lilite é a Lua em minguante. Lilite é a
escuridão total. Lilite é o caminho a seguir pelo esperma quando adota a
caminho do óvulo reprodutor da parceira, a sua mãe. É por isso que a mulher tem
apego com a criança ou mesmo adulta. Não importa da idade, para a mãe ele será
sempre o filho querido. Inocente mesmo sendo culpado por crime de morte ou
roubo e casos mais nefastos como a conjunção carnal. Entendes? – indagou o
rapaz.
A moça sentiu um aperto na sua vagina como se estivesse à frente
de um homem a querer lhe seduzir a qualquer instante. E se protegeu cruzando as
pernas mesmo estado em pé. E sorriu acanhada cheia de temeridade. Então
indagou:
Norma:
--- A Lua? Interessante. Não dá para entender! Como a Lua? –
indagou com receio.
Sócrates:
--- A lua em minguante em bem fina. Parece até uma rede de dormir.
Fina mesmo. E o escuro total em plena noite onde se pode ver as estrelas e tudo
mais. Até o canto da coruja apavora a quem vai ao mato. E note bem! Mato e
morte. Quer dizer: mato da serva. Morte do sêmen. Entendeu agora. – indagou a
sorrir.
Norma:
--- Se lavar por esse ângulo faz o seu sentido. Mas não entendo é
o súcubo e a Lilite! – ela refez a dúvida.
Sócrates:
--- Tem casos que são mitos. Fazem parte da mitologia. Para evitar
perguntas e transforma o teor em mito, simbologia. Entendes? – indagou.
Norma:
--- E por que súcubo? – indagou querendo saber o nome enfim.
Sócrates:
--- Ora menina! Súcubo vem do velho latim significando
“prostituta”. Assim o súcubo é a pessoa que se deita por baixo de outra pessoa.
E sempre é uma bonita, sedutora e perfumada mulher. Veja se entendeu! – indagou
o homem.
Norma:
--- Assim é melhor? E só pode ser espírito? – indagou cheia de
dúvidas.
O rapaz gargalhou e a moça se tornou acanhada.
Súcubo é um demônio (prostituta) de essência feminina, que pode
assumir a forma de uma bela e irresistível mulher – (sempre jovem e cheia de
encantos) – Este tipo de demônio feminino está relacionado com a sexualidade e
a luxúria. O Súcubo ataca homens durante a noite, a fim de ter relações sexuais
com eles. Por esse meio, este demônio atua como um vampiro, sugando as energias
vitais de sua vítima noite após noite, o que pode levar a mesma a um estado de
grande fraqueza ou mesmo à morte. O demônio Súcubo também recolhe o sémen dos
homens que ataca sexualmente, para depois inseminar mulheres, com a finalidade
de fazer nascer crianças ligadas ao mundo demoníaco. O súcubo é um demônio
ligado ao ser das trevas. Um demônio feminino adorador do pecado da luxúria, um
espírito das trevas responsável pela gestação de seres humanos com essência
demoníaca.
Norma:
--- Eu vi um caso semelhante a esse “tal” de Súcubo. O de um moço
que esteve aqui, agora, no Centro. Ele disse ser casado de pouco tempo, tem um
filho de poucos meses e é atacado, quando em sonho por uma extasiante mulher e
a querer sugar-lhe a vida. Você notou esse caso? – quis saber a moça.
Sócrates:
--- Sim. Sim. Eu o observei bem. Tem alguma ideia a respeito? -
Indagou atento.
Norma:
--- Não sei bem. Ele é casado e parece estar com remorsos da
mulher. Coisas de casal. Agora vem com a história de um espirito do mau a lhe
angustiar! -..falou a moça um tanto preocupada.
Canindé:
--- Eu sei do caso. É Aloísio. Ele anda meio perturbado. Ele não
falou de todo o seu drama. Aloísio teve (ou tem) uma amante que exigia muito
dele. Roupas de luxo, perfumes de marca, andar de carro de praça. Quer sempre
estar bela. Ter de tudo o possível. Ele é um pobretão. Casou com uma antiga
amiga. A fera não gostou nem um pouco. E andou fazendo o que se chama de
macumba para que ele se separe. Esse é o caso! – argumentou Canindé.
Sócrates:
--- Esse é o distúrbio do rapaz? E o que ele pode fazer? – indagou
confuso.
Canindé:
--- Eu não sei. E se for macumba da braba? – indagou a sorrir.
Sócrates:
--- Nesse ponto só tem um jeito: uma contra macumba para voltar
para a outra! Se ele quiser, tem mais isso! – falou achando grassa.
Norma:
--- Não vejo graça nenhuma. O pobre está em dificuldade! Quem de
nós atormentado por essa causa? – falou magoada.
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