HILLARY ANN SWANK
- 24 -
EJACULAÇÃO
Nesse ponto o rapaz Sócrates tomou seu caso à sério. A após
pigarrear levantou o que se passava com o súcubo entre homens e amantes. Era
então evidente ter o caso uma terceira pessoa. A questão da macumba era
hipótese desigual. Acredita-se muito sem ver como nos processos de baixa
espiritualidade para salvar uma alma aflita no degrau baixo afinal de contas.
Seguramente, os neófitos dos casos malignos põem logo a dúvida no temor. Ao se
falar nos Sumérios, não pensa mais em saber quem eles foram. E culpam-se a um
Deus das trevas, um antídeus, um deus do mau. Uma espécie de dragão. Alguém tem
que ser o culpado e nada melhor do que uma criatura dos infernos. Mas não se
supõe em algo normal quando o sonho vai acontecer. E isso é um sonho erótico
que ocorre até a ejacular. Então esse caso deve ser o demônio chamado do súcubo
por todas as dúvidas surgidas. E a súcuba deriva de prostituta. O prazer parece
sentir a grande maioria dos homens. Uma mulher que o homem adora e quer ser o
seu companheiro de eternas noites de orgias vem a ele em um súbito sonho. Não
importa quem ela possa parecer. Importante é ser o homem voraz em sua orgia
satânica do prazer mesmo em sonho. No famigerado livro “O Martelo das Bruxas”
há o relato de um feiticeiro que fazia sexo diante dos amigos, sem que eles
vissem o súcubo. Por seu lado, o livro “As Ciências Ocultas” narrando a
história de um sacerdote declarando ter tido relações sexuais mais de quarenta
vezes com o seu súcubo do imenso prazer. E assim termina caso da conversa entre
os amigos, menos Racilva, a possível pretendente de namoro com Sócrates. E os
três combinaram um encontro na próxima reunião. Caso estivesse presente o
enfermo da alma, Aloísio, eles teriam por bem um encontro marcado, com acerto
do jovem. Com certeza, a esse encontro extaria ausente a moça Norma, para dar
maior confiança ao moço Aloísio. E seria em um local remoto. Era evidente a
moça Norma não ter gostado nem um pouco do desacerto. Ao final da conversa,
Norma se despediu dos amigos dando um beijo de cordialidade em seu chefe,
Sócrates Fernandes. A moça rangeu os dentes como a pensar em ser “tão bom uma
súcuba desse meu chefe”.
- oOo –
Com o passar dos dias, houve outra sessão do Centro Espírita. O
rapaz, Aloísio, esteve presente a nova cura de sua enfermidade espiritual. O
salão estava pleno de pessoas a procura de uma reza para se ver livre dos seus
males. Havia a preleção sempre sobre o Evangelho de Jesus e logo após uma
dissertação sobre aquele evangelho e as pessoas do mundo atual. Em sua preleção
o mentor esteve um pouco mais eufórico ao revelar de que “beber um copo de água
fluídicas” era tolice, pois daquela água, sem fé, o enfermo ficaria de “buxo
inchado” e nada mais. Depois vieram os passes de cura. Uma mulher caiu em prato
por causa de um filho que morrera há muitos anos e estava pedindo socorro à sua
mãe. Era um choro terrível que a mulher se deu em prantos. Após entre essas e
outras lamentações havia chegado ao fim os trabalhos da noite. Na sequência da
saída da Casa Espirita o rapaz Sócrates, já tendo a conhecer o outro amigo
Aloísio o procurou para marcar uma data próxima onde ambos conversariam sobre o
seu enigmático distúrbio patológico o qual não deixa de atormentá-lo. E fico aprovado ser no sábado próximo, às
três horas da tarde em um local reservado. E assim aconteceu. Por precaução,
Canindé procurou o rapaz Aloísio na tarde do dia aprazado para não haver
desencontro.
No sábado lá estavam os três companheiros para discutir o quadro
clínico de Aloísio, caso por demais bastante peculiar de assombração noturna. E
escolheram o ambiente do escritório de Sócrates, uma vez ser um sábado, dia de
não ter expediente durante a tarde, movido pela semana inglesa adotada também
no Brasil naquela época. Por vezes, depois de várias conversas Sócrates começou
a indagação.
Sócrates:
--- Há quanto você é casado? – indagou despreocupado.
Aloísio:
--- Quase dois anos. – respondeu
Sócrates:
--- Filhos? – ainda perguntou.
Aloísio:
--- Um. – e apontou com o dedo para cima.
Sócrates:
--- É bom ser casado? – fez a breve perquisição.
Aloísio:
--- Quase sempre. A gente tem o trabalho. Não raro se chega
cansado. Nem dá tempo para assistir a um futebol. A mulher vem com o filho e
põe nos meus braços. Tem a questão dos afazeres domésticos. Chega o sono. Eu
durmo. Ela se zanga por causa dos meus roncados. As vezes por sorrir, também.
Cueca em cima do vaso. Torneira gotejando. Enfim: é o fim.
Sócrates sorriu para dizer ter sido com ele do mesmo modo, apesar
de não ser casado ainda.
Canindé:
--- E tem o caso da “birita”. Essa é que prendo o sujeito por mais
tempo fora do lar. – gargalhou
Aloísio:
--- Nem me fale. E o carro pingando óleo no assoalho da garagem? –
refletiu o rapaz.
Canindé:
--- Aí é que a mulher se exaspera! – sorriu a mil
Aloísio:
--- “Vá botar a merda dessa estopa ai em baixo!” – e gargalhou
também.
Essas eram questões do dia a dia. Até que surgiu a pergunta
crucial:
Sócrates:
--- É religioso? – indagou
Aloísio:
--- Sim e não. Estou indo a Casa Espirita agora por questões
angustiantes. – respondeu sem fé
Sócrates:
--- Questões angustiantes? Como assim? – indagou se voltando mais
para perto.
Aloísio:
--- Não sei. Apenas eu sito o que eu sonho com uma bela mulher. É
só. – disse isso.
Sócrates:
--- Bela Mulher. Você já ouviu falar nos Sumérios? – indagou por acaso.
Aloísio:
--- Sumérios? Quem são? Nunca ouvir falar. Na Universidade pouco
tempo eu tinha para pesquisar esses assuntos? Sumérios? – perguntou estranhado
o termo.
Sócrates:
--- Na Universidade eu seu que tem algo. Mas os sumérios foi um
povo que veio à Terra a uma porção de anos, muito antes de Jesus. E mesmo antes
dos Gregos. Para bem dizer, foi a primeira civilização que veio a nossa Terra.
E desembarcaram aqui em naves espaciais. Certamente encontraram a raça humana
não conhecendo a civilização dos navegantes e por isso, logos os terráqueos os
chamaram de “deuses”. Entendeu? – perguntou com voz suave.
Aloísio:
--- Sumérios? Quando foi isso? – quis saber.
Sócrates:
--- Simplesmente há quinhentos mil anos. Deles temos nós as
inscrições cuneiformes feitas em argilas e cunhada com letras que foram
traduzidas recentemente, no século XIX ou coisa assim. Os sumérios “fabricaram”
o homem nosso, não do barro, mais da educação. Isso levou bastante tempo. Até
um dia os sumérios ficarem felizes por ter vistos os primeiros homens e
mulheres sendo firmado com a capacidade de raciono igual ou aparentemente igual
ao deles. E quando veio os Sumérios para a Terra, também vieram outros – para
bem dizer – espíritos. E com esses espíritos estavam os súcubos, mulheres divinais
de se completavam com os nossos homens. Entendeu agora? – indagou a fazer
silencio.
Aloisio:
--- Nossa Mãe. Conte-me mais. Vamos além! – quis saber de todos os
pormenores da história.
Sócrates:
--- Súcubo é um demônio em forma de mulher. É uma bela e irresistível
mulher. Esse demônio está sempre relacionado com a sexualidade e a luxuria. Elas
atacam o homem quando dorme para manter relações com ele e lhe conceber um
rebento. Um filho sempre ligado ao que se diz hoje em dia como Satanás. –
pesquisou.
Aloisio:
--- Vai-te mulher do diabo!!! – bateu forte com seus braços um no
outro.
Canindé:
--- Por favor se acautele. Ainda tem o que te persegue. Continue,
Sócrates. – relatou
Sócrates:
--- Há milhares de anos os Súcubos estão vivendo nesse mundo, a
Terra! – explicou
Aloísio:
--- E por que o Governo não tire esses Súcubos ou seja lá o que
for dessa nação? – indagou sugestionado.
Sócrates:
--- Qual governo? Tirar como? Você já viu um espírito? – perguntou
com sarcasmo.
Aloísio:
--- Claro que não! Mas no centro é possível! - relatou com receio
Sócrates:
--- Sim. É possível. Mas vai depender de muitas coisas. Conte-me:
você já teve uma namorada ou admira alguma mulher? Uma miss. Qualquer uma! –
indagou com boa vontade.
Aloísio:
--- Eu sempre admiro uma mulher que vejo na rua. Às vezes,
qualquer uma! – respondeu sem pensar.
Sócrates:
--- Uma mulher real. Aquela que você diz: “ah se eu te pego!” –
sorriu.
Aloísio sorriu e por instantes pensou:
Aloísio:
--- E que não pensa nas Susetes, Adeles e Sandras da vida. –
sorriu o rapaz
Nenhum comentário:
Postar um comentário