sábado, 4 de outubro de 2014

O INFERNO - 22 -

HILARY DUFF
- 22 -
- PÂNICO -
A anciã tossiu algumas vezes e assoou o seu nariz para limpar o catarro que descia ao espirrar o que umedecia até a boca. A coriza atrapalhava por demais a velha senhora aquelas horas da tardia noite. Um gato enveredou pelo quarto, projetando um miado nauseoso e logo partiu pulando a janela do quarto. Um galo cantou fora de hora. Dona Totó ouviu bem e nada relatou. A velha senhora então falou a respeito do assombro.
Donana:
--- Então, o meu visitante prosseguiu. Era noite escura. Nem lua ele podia enxergar. A lâmpada a alumiar a parte de fora do quintal havia se queimado e Nicodemos usou a sua lanterna de mão para clarear o caminho.  Um gato preto soltou um miado clamoroso e com duas tochas de fogo nos olhos saltou o caminho entre a parede dos fundos da casa e o quintal ensombrado pelos os pés de paus existentes na região da velha habitação. Uma caixa d’água já um tanto desgastada havia naquele quintal, talvez sem abastecer há algum tempo, pois foi feita para garantir sustento aos moradores, quando não havia água encanada na região. Havia, sim: o restante de uma armação de um cata-vento já obsoleto. Era esse o meio de captar água para suprir quando era capaz. Tudo isso Nicodemos me contou. Ele me contou: quando Nicodemos chegou ao quintal foi tomado de um verdadeiro terror. Isso era pela madrugada, cerca de três horas da manhã. Ele caminhou até à cerca da casa e ouviu gritos cada vez mais altos. Era tudo muito escuro. Não havia a lâmpada. Essa não acendia. Ele se valia da lanterna de mão. A sua mulher, dona Vera, tinha imenso medo pois não sabia o que era a tal gritaria. Algo ensurdecedor ou mais do que isso.  Era uma verdadeira loucura. O homem ouvira o gritar de um porco inexistente. Os dois tiveram um terror atroz. Nicodemos e Vera, o seu marido. Os corações pulsavam mais for ainda pelo sentimento de pavor que os dois sentiam.
A anciã sentia um arrebatamento do que o homem certa vez lhe contara. O mau do além. Os gritos continuavam sem parar. E a mulher, dona Vera, pôs o gravador a funcionar para depois daquele horror poder ouvir a verdadeira sanha assassina do hediondo monstro. Gritos ensurdecedores se ouvia por todos os recantos do largo quintal. Era algo como uma matança de porco ou de algo semelhante. O assombro findou por calar e eles, temerosos, voltaram a sua habitação. Os dois ensopados de pleno suor. Foi uma hora terrível, aquela da noite plena sem luar. Dias após, já bem tarde da noite, a família quase toda dormia. Apenas o homem estava acordado. Era em plena madrugada. Nessa altura, o sono o acolheu e ele foi dormir, o que fez amodorrar tão imediatamente da cama do casal. Em um instante a mulher Vera acordou com os brados do marido a bater bem alto em cima da cama. A mulher acordou Nicodemos para tirar de um sono de um pesadelo. Mesmo assim nada um fez acordar. O homem não se lembrava do que ocorrera. Como de nada ele se lembrava, voltou a conciliar o sono. Dias ou noites depois, Nicodemos teve sonhos assustadores. Uma mulher encantadora estava em seu quarto pronta para seduzi-lo. Porém não conseguiu nada de proveito a misteriosa e esbelta formosa mulher o seu intento. E o desejo foi em vão. Ele, Nicodemos, não falou coisa alguma do sucedido para a sua esposa Vera quando despertou desse maléfico sonho.  
A anciã pesquisou o meio-ambiente para ter a certeza de que nenhum espírito estava presente naquele instante, apesar de saber ser até mesmo impossível a pessoa se ver livre durante dia e noite dos “encostos” inoportunos, onda cada alma procura entender o de melhor que há para a sua salvação incorpórea. Um frio intenso se aplacou tão de repente fazendo as três pessoas se encolherem por um instante. A ancião ainda falou:
Donana:
--- Vai-te intruso. (E parou de falar por alguns momentos) – fez ver a mulher.
Totó:
--- Quem era? – indagou preocupada.
Donana:
--- Alma penada! Ela é assim! Vai e vem! – respondeu a anciã,
Norma:
--- E o homem? O que mais ocorreu? – indagou com incerteza.
Donana:
--- O homem? Então ele me falou ter passado uma semana e, por volta das duas horas da madrugada quando Nicodemos já estava a adormecer e ter aparecido novamente a estranha visão. Era uma linda mulher, na verdade. Seus olhos passaram de um bonito castanho para um verde escuro, meio felino. Mas o seu belo sorriso passou para uma bocara demoníaca com uma terrível sensação de temor. Nesse verdadeiro instante, Nicodemos acordou com uma pulsação demasiadamente forte e ele paralisado por todos os sentidos. A mulher estava em cima dele sem conseguir de vez se mexer nem braços ou pernas e até mesmo falar. O homem se sentia paralisado. Nesse momento eu parece ter gritado e acordei a minha mulher de formas que ela se voltou na cama a perguntar o que eu sentia. Mas o homem Nicodemos nada falava de momento. Apenas a encarava como a pedir ajuda. E parecia ter sido encaixado por facas em diversas partes do corpo a um só instante. Após alguns momentos, a mulher bela e sedutora mas em forma de demônio do mal começou a se afastar. Então Nicodemos conseguiu a se mexer por outros espaços. Ele conseguiu sair daquele transe e contou o seu diabólico pesadelo à sua mulher, dona Vera.
Norma:
--- Incrível! Que horror! Era o demônio mesmo? – indagou perplexa.
Donana:
--- Não se pode dizer. Era um sonho. Bem parece um sonho irreal. Ele não contou os detalhes de momento. Apenas sentiu enorme temor em toda sua vida
Totó:
--- E a “mulher” sumiu de vez? – pesquisou de olhos bem abertos.
Donana:
--- Pelo que Nicodemos me falou, a dona ainda voltou por mais de uma vez. Umas duas ou três vezes por semana. O homem temia dormir e sempre passava a noite ainda desperto. Isso lhe tirou o bom humor. Parecia a tentação em seu corpo. E todos em sua casa começaram a padecer com esses momentos de aversão. Ele demonstrava um verdadeiro estrese e por completo momento o homem procurou se isolar dos seus parentes. Havia discussão constante entre Nicodemos, seus filhos e esposa. Como ele me contou: “a coisa ficou preta”. – e sorriu a anciã.
Norma:
--- Loucura! Ave Maria! – se debateu delirante.
Totó:
--- Nem eu! Isola! – bateu a mulher com os dedos na tabua da mesa.
Donana:
--- (A anciã sorriu para depois contar) – Ele me disse que pressentiu haver alguma coisa errada com a sua cabeça. O podia ser um caso de saúde ou coisa assim. Eu vejo bem ter havido um ato sexual no meio da história. Ele bem podia copular com a sua esposa. Mas não havia decerto o habito de tal sensação. Mas o caso continuou. E assim, Nicodemos foi bater no consultório médico “e o clínico – disse ele – me pediu uma tomografia do meu cérebro”. Então Nicodemos fez uma ressonância magnética a procura de encontrar um distúrbio do sono. E os exames não encontraram nada de relevância. Então Nicodemos resolveu revelar a natureza sexual de seus sonhos à esposa. E declarou tendo sonhos eróticos com uma “mulher”. E Vera ficou perplexa e, na verdade, a mulher sentiu muita raiva. Vera se sentiu perder terreno para uma entidade para normal, na verdade. E Nicodemos teve de procurar explicações razoáveis para o acontecido. Foi assim que ele colocou uma câmera instalada no quarto a pesquisar todos os momentos em que estava a dormir. Certa noite Nicodemos acordou sentindo agonias dolorosas parecendo que o seu corpo era colhido por imensas garras. Eu vi objetos moverem se mexendo em todo o quarto derrubando o que estava por perto. Então ele disse ter ficado muito assustado, pois os castiçais eram objetos bem pesados e não tinha sentido esse componente sair deslizado. E foi então que Nicodemos disse ter a certeza de alguém – paranormal – ter mexido no castiçal, apesar de a foto não apresentar alguém na imagem. Apesar de nenhuma explicação era plausível, portanto. E até mesmo Vera, a esposa, indagou para si o que havia de natural ou sobrenatural entre as ações ocorridas no quarto e as aparições no quintal da sua casa. Então a mulher falou ser importante buscar a ajuda do sacerdote. E o sacerdote atendeu e verificou estar havendo algo de muito errado na casa de Nicodemos. O homem estava sofrendo ataques de natureza sexual. Algo demoníaco. Algo de solução era o importante fazer. As coisas mudaram quando o padre e a sua equipe entraram no corredor onde ficava o quarto de Nicodemos. O piso estava vibrando insistente. Era uma sensação muito pesada e sufocante. Uma fúria crescendo então. A cadela começou a latir, e a equipe reteve suas energias para sentir a presença demoníaca. A procura de se sentir a comunicação com entidades anormais, como de espíritos desencarnados, foi o instante decisivo. A resposta decisiva ao se indagar de quem era a estranha força surgiu de repente. A voz declarou “Gloria a Satanás!”. É claro que Nicodemos ficou desolado o que ouvira a voz declarar pela entidade paranormal. Para o sacerdote era comum se glorificar por entidade para normais o “Senhor das Trevas”. E era então a força derradeira do legítimo senhor Satanás. Um espírito perverso e sujo. O sacerdote ordenou o Diabo a se apresentar perante ele em nome da força do Espírito Santo. O Padre ordenou com ênfase para provocar uma reação ao demônio se apresentar em nome da Virgem Maria. O pessoal de ajuda que estava em outra sala sentiu o queimar e de algo demoníaco de garras afiadas. A entidade estava furiosa por Nicodemos estar no seu encalço. Algo em baixo da cama do casal se fez presente. E foi a vez de saber ser aquele demônio era um predador sexual somente pelo que estava fazendo a seguir em uma mochila de Nicodemos que ele a utilizava quando partia para o trabalho. O predador sexual seguia o homem através da sacola que ele a levava para onde ele fosse. O súccubu é uma entidade feminina que se atrai de um espírito humano do sexo masculino. Essa sacola era o elemento natural do súccubu a trazer até a sua casa de morada. Acredita-se que súccubus foram trazidos à Terra pelos espíritos do mau. Os súccubus atacam as suas vítimas quando elas estão a adormecer. E assim como a sua vítima tendo a estar adormecida eles voltam repetidas noites. De modo que as vítimas se sentem paralisadas, subjugadas e mesmo bastante violadas. É essa entidade sombria que se alimenta do corpo da vítima. O seu propósito é a de ter sugado as forças vitais da vítima de manter então as relações sexuais. Para poder se livrar de um súccubu a vítima precisa ter forças de vontade, ter forças religiosas e do contrário ela – a vítima – pode perder a batalha. Há casos em que a entidade demoníaca domina a pessoa. E foi necessário o padre e sua equipe voltar a casa de Nicodemos outras noites para eliminar a entidade. A libertação é uma cerimônia conduzida para expulsar espíritos malignos. E na noite da libertação o padre sabia que haveria uma luta pois a entidade era muito poderosa. Seria o confronto final. Era a condução de uma batalha. Orações para libertação são do estilo para livrar a pessoa do demônio. E o sacerdote ordenou que qualquer espírito do mau que estivesse ali presente partisse depois e jamais retornasse. Disse ainda que o chão seria amarrado de vez que não pudesse por esses demônios ser subjugados de forma alguma. Porém algo maligno sentia-se presente no quarto. Mesmo com Nicodemos se sentisse impedido de fazer a prece, o homem declarou ter os demais sentido o recinto então desocupado. Era o fim do súccubu, para toda a vida.
Norma:
--- Mas, na verdade, o que é súccubu? – indagou com temor.
Donana:
--- Súccubu? Nem queira saber! – e sorriu. 


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