HILARY DUFF
- 22 -
- PÂNICO -
A anciã tossiu algumas vezes e assoou o seu nariz para limpar o
catarro que descia ao espirrar o que umedecia até a boca. A coriza atrapalhava
por demais a velha senhora aquelas horas da tardia noite. Um gato enveredou
pelo quarto, projetando um miado nauseoso e logo partiu pulando a janela do
quarto. Um galo cantou fora de hora. Dona Totó ouviu bem e nada relatou. A
velha senhora então falou a respeito do assombro.
Donana:
--- Então, o meu visitante prosseguiu. Era noite escura. Nem lua
ele podia enxergar. A lâmpada a alumiar a parte de fora do quintal havia se
queimado e Nicodemos usou a sua lanterna de mão para clarear o caminho. Um gato preto soltou um miado clamoroso e com
duas tochas de fogo nos olhos saltou o caminho entre a parede dos fundos da
casa e o quintal ensombrado pelos os pés de paus existentes na região da velha
habitação. Uma caixa d’água já um tanto desgastada havia naquele quintal,
talvez sem abastecer há algum tempo, pois foi feita para garantir sustento aos
moradores, quando não havia água encanada na região. Havia, sim: o restante de
uma armação de um cata-vento já obsoleto. Era esse o meio de captar água para
suprir quando era capaz. Tudo isso Nicodemos me contou. Ele me contou: quando
Nicodemos chegou ao quintal foi tomado de um verdadeiro terror. Isso era pela
madrugada, cerca de três horas da manhã. Ele caminhou até à cerca da casa e
ouviu gritos cada vez mais altos. Era tudo muito escuro. Não havia a lâmpada.
Essa não acendia. Ele se valia da lanterna de mão. A sua mulher, dona Vera,
tinha imenso medo pois não sabia o que era a tal gritaria. Algo ensurdecedor ou
mais do que isso. Era uma verdadeira
loucura. O homem ouvira o gritar de um porco inexistente. Os dois tiveram um
terror atroz. Nicodemos e Vera, o seu marido. Os corações pulsavam mais for
ainda pelo sentimento de pavor que os dois sentiam.
A anciã sentia um arrebatamento do que o homem certa vez lhe
contara. O mau do além. Os gritos continuavam sem parar. E a mulher, dona Vera,
pôs o gravador a funcionar para depois daquele horror poder ouvir a verdadeira
sanha assassina do hediondo monstro. Gritos ensurdecedores se ouvia por todos
os recantos do largo quintal. Era algo como uma matança de porco ou de algo
semelhante. O assombro findou por calar e eles, temerosos, voltaram a sua
habitação. Os dois ensopados de pleno suor. Foi uma hora terrível, aquela da
noite plena sem luar. Dias após, já bem tarde da noite, a família quase toda
dormia. Apenas o homem estava acordado. Era em plena madrugada. Nessa altura, o
sono o acolheu e ele foi dormir, o que fez amodorrar tão imediatamente da cama
do casal. Em um instante a mulher Vera acordou com os brados do marido a bater
bem alto em cima da cama. A mulher acordou Nicodemos para tirar de um sono de
um pesadelo. Mesmo assim nada um fez acordar. O homem não se lembrava do que
ocorrera. Como de nada ele se lembrava, voltou a conciliar o sono. Dias ou
noites depois, Nicodemos teve sonhos assustadores. Uma mulher encantadora
estava em seu quarto pronta para seduzi-lo. Porém não conseguiu nada de
proveito a misteriosa e esbelta formosa mulher o seu intento. E o desejo foi em
vão. Ele, Nicodemos, não falou coisa alguma do sucedido para a sua esposa Vera
quando despertou desse maléfico sonho.
A anciã pesquisou o meio-ambiente para ter a certeza de que nenhum
espírito estava presente naquele instante, apesar de saber ser até mesmo
impossível a pessoa se ver livre durante dia e noite dos “encostos”
inoportunos, onda cada alma procura entender o de melhor que há para a sua
salvação incorpórea. Um frio intenso se aplacou tão de repente fazendo as três
pessoas se encolherem por um instante. A ancião ainda falou:
Donana:
--- Vai-te intruso. (E parou de falar por alguns momentos) – fez
ver a mulher.
Totó:
--- Quem era? – indagou preocupada.
Donana:
--- Alma penada! Ela é assim! Vai e vem! – respondeu a anciã,
Norma:
--- E o homem? O que mais ocorreu? – indagou com incerteza.
Donana:
--- O homem? Então ele me falou ter passado uma semana e, por
volta das duas horas da madrugada quando Nicodemos já estava a adormecer e ter
aparecido novamente a estranha visão. Era uma linda mulher, na verdade. Seus
olhos passaram de um bonito castanho para um verde escuro, meio felino. Mas o
seu belo sorriso passou para uma bocara demoníaca com uma terrível sensação de
temor. Nesse verdadeiro instante, Nicodemos acordou com uma pulsação demasiadamente
forte e ele paralisado por todos os sentidos. A mulher estava em cima dele sem
conseguir de vez se mexer nem braços ou pernas e até mesmo falar. O homem se
sentia paralisado. Nesse momento eu parece ter gritado e acordei a minha mulher
de formas que ela se voltou na cama a perguntar o que eu sentia. Mas o homem
Nicodemos nada falava de momento. Apenas a encarava como a pedir ajuda. E
parecia ter sido encaixado por facas em diversas partes do corpo a um só
instante. Após alguns momentos, a mulher bela e sedutora mas em forma de
demônio do mal começou a se afastar. Então Nicodemos conseguiu a se mexer por
outros espaços. Ele conseguiu sair daquele transe e contou o seu diabólico
pesadelo à sua mulher, dona Vera.
Norma:
--- Incrível! Que horror! Era o demônio mesmo? – indagou perplexa.
Donana:
--- Não se pode dizer. Era um sonho. Bem parece um sonho irreal.
Ele não contou os detalhes de momento. Apenas sentiu enorme temor em toda sua
vida
Totó:
--- E a “mulher” sumiu de vez? – pesquisou de olhos bem abertos.
Donana:
--- Pelo que Nicodemos me falou, a dona ainda voltou por mais de
uma vez. Umas duas ou três vezes por semana. O homem temia dormir e sempre
passava a noite ainda desperto. Isso lhe tirou o bom humor. Parecia a tentação
em seu corpo. E todos em sua casa começaram a padecer com esses momentos de
aversão. Ele demonstrava um verdadeiro estrese e por completo momento o homem
procurou se isolar dos seus parentes. Havia discussão constante entre
Nicodemos, seus filhos e esposa. Como ele me contou: “a coisa ficou preta”. – e
sorriu a anciã.
Norma:
--- Loucura! Ave Maria! – se debateu delirante.
Totó:
--- Nem eu! Isola! – bateu a mulher com os dedos na tabua da mesa.
Donana:
--- (A anciã sorriu para depois contar) – Ele me disse que
pressentiu haver alguma coisa errada com a sua cabeça. O podia ser um caso de
saúde ou coisa assim. Eu vejo bem ter havido um ato sexual no meio da história.
Ele bem podia copular com a sua esposa. Mas não havia decerto o habito de tal
sensação. Mas o caso continuou. E assim, Nicodemos foi bater no consultório
médico “e o clínico – disse ele – me pediu uma tomografia do meu cérebro”.
Então Nicodemos fez uma ressonância magnética a procura de encontrar um
distúrbio do sono. E os exames não encontraram nada de relevância. Então
Nicodemos resolveu revelar a natureza sexual de seus sonhos à esposa. E
declarou tendo sonhos eróticos com uma “mulher”. E Vera ficou perplexa e, na
verdade, a mulher sentiu muita raiva. Vera se sentiu perder terreno para uma
entidade para normal, na verdade. E Nicodemos teve de procurar explicações
razoáveis para o acontecido. Foi assim que ele colocou uma câmera instalada no
quarto a pesquisar todos os momentos em que estava a dormir. Certa noite
Nicodemos acordou sentindo agonias dolorosas parecendo que o seu corpo era
colhido por imensas garras. Eu vi objetos moverem se mexendo em todo o quarto
derrubando o que estava por perto. Então ele disse ter ficado muito assustado,
pois os castiçais eram objetos bem pesados e não tinha sentido esse componente
sair deslizado. E foi então que Nicodemos disse ter a certeza de alguém –
paranormal – ter mexido no castiçal, apesar de a foto não apresentar alguém na
imagem. Apesar de nenhuma explicação era plausível, portanto. E até mesmo Vera,
a esposa, indagou para si o que havia de natural ou sobrenatural entre as ações
ocorridas no quarto e as aparições no quintal da sua casa. Então a mulher falou
ser importante buscar a ajuda do sacerdote. E o sacerdote atendeu e verificou
estar havendo algo de muito errado na casa de Nicodemos. O homem estava
sofrendo ataques de natureza sexual. Algo demoníaco. Algo de solução era o
importante fazer. As coisas mudaram quando o padre e a sua equipe entraram no
corredor onde ficava o quarto de Nicodemos. O piso estava vibrando insistente.
Era uma sensação muito pesada e sufocante. Uma fúria crescendo então. A cadela
começou a latir, e a equipe reteve suas energias para sentir a presença
demoníaca. A procura de se sentir a comunicação com entidades anormais, como de
espíritos desencarnados, foi o instante decisivo. A resposta decisiva ao se
indagar de quem era a estranha força surgiu de repente. A voz declarou “Gloria
a Satanás!”. É claro que Nicodemos ficou desolado o que ouvira a voz declarar
pela entidade paranormal. Para o sacerdote era comum se glorificar por entidade
para normais o “Senhor das Trevas”. E era então a força derradeira do legítimo
senhor Satanás. Um espírito perverso e sujo. O sacerdote ordenou o Diabo a se
apresentar perante ele em nome da força do Espírito Santo. O Padre ordenou com
ênfase para provocar uma reação ao demônio se apresentar em nome da Virgem
Maria. O pessoal de ajuda que estava em outra sala sentiu o queimar e de algo
demoníaco de garras afiadas. A entidade estava furiosa por Nicodemos estar no
seu encalço. Algo em baixo da cama do casal se fez presente. E foi a vez de
saber ser aquele demônio era um predador sexual somente pelo que estava fazendo
a seguir em uma mochila de Nicodemos que ele a utilizava quando partia para o
trabalho. O predador sexual seguia o homem através da sacola que ele a levava
para onde ele fosse. O súccubu é uma entidade feminina que se atrai de um
espírito humano do sexo masculino. Essa sacola era o elemento natural do súccubu
a trazer até a sua casa de morada. Acredita-se que súccubus foram trazidos à
Terra pelos espíritos do mau. Os súccubus atacam as suas vítimas quando elas
estão a adormecer. E assim como a sua vítima tendo a estar adormecida eles voltam
repetidas noites. De modo que as vítimas se sentem paralisadas, subjugadas e
mesmo bastante violadas. É essa entidade sombria que se alimenta do corpo da
vítima. O seu propósito é a de ter sugado as forças vitais da vítima de manter
então as relações sexuais. Para poder se livrar de um súccubu a vítima precisa
ter forças de vontade, ter forças religiosas e do contrário ela – a vítima –
pode perder a batalha. Há casos em que a entidade demoníaca domina a pessoa. E
foi necessário o padre e sua equipe voltar a casa de Nicodemos outras noites
para eliminar a entidade. A libertação é uma cerimônia conduzida para expulsar
espíritos malignos. E na noite da libertação o padre sabia que haveria uma luta
pois a entidade era muito poderosa. Seria o confronto final. Era a condução de
uma batalha. Orações para libertação são do estilo para livrar a pessoa do
demônio. E o sacerdote ordenou que qualquer espírito do mau que estivesse ali
presente partisse depois e jamais retornasse. Disse ainda que o chão seria
amarrado de vez que não pudesse por esses demônios ser subjugados de forma
alguma. Porém algo maligno sentia-se presente no quarto. Mesmo com Nicodemos se
sentisse impedido de fazer a prece, o homem declarou ter os demais sentido o
recinto então desocupado. Era o fim do súccubu, para toda a vida.
Norma:
--- Mas, na verdade, o que é súccubu? – indagou com temor.
Donana:
--- Súccubu? Nem queira saber! – e sorriu.
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