- CARROS -
- 02 -
COLISÃO -
No mesmo instante o Vigilante
buscou o sapato de Dalva Lopes e lhe entregou quando essa já estava dentro do
auto com uma cara trancada tudo por causa dos desaforos recebidos do senhor
motorista. A essa altura, o guarda anotava os dados do infrator e dizia não
apenas balançando a cabeça tendo o outro motorista a lamentar a perda sofrida
de o seu automóvel.
Dalva
--- Bruto! Estúpido! Ignorante!
Paquiderme! – Relatava do modo revoltoso.
Era tudo contra o motorista do
acidente. Em seguida, a mulher de seus 30 anos de idade, engrenou a marcha de
partiu em desespero indagado ao ancião o chafurdo havido há poucos minutos pelo
triste motorista. E então indagou o nome do ancião.
Zequinha:
--- Meu nome é José Afrânio. Mas todos me chamam de Zequinha. E a senhora
para onde vai? – Indagou preocupado
Dalva
--- Ah. Eu? Vou te deixar em
casa. Qual a rua? – Indagou.
Zequinha
--- Não precisava de tanto. Eu
resido na Rua Voluntários da Pátria, depois da segunda esquina. Bem perto. –
Alertou senhor Zequinha.
Dalva.
--- Ah! Já sei. Chego já. O
transito de carros é que atrapalha. – Relatou um tanto nervosa.
Zequinha
--- Do lado da sombra. – Advertiu
a descrever que era do lado direito de quem descia a rua
A espera da passagem de veículos
demorou pouco tempo e em breve instante Dalva Lopes chegou a residência de José
Afrânio Beraldo, o Zequinha. A mulher saltou de carro e cruzou pela frente até
chegar a porta onde estava José Afrânio e o fez descer, apesar de mancando. Com
sua ajuda, Zequinha caminhou, pedindo que a mulher esperasse um pouco, o tempo
para colocar em dia a sua forma. Nesse ponto, chegou a janela a jovem moça
Amanda, 30 anos de idade, enfermeira e diante do apoio dado por Dalva Lopes,
ela findou por gritar chamando alguém de dentro da residência.
Amanda
--- Sorvetinho! Ajuda aqui! Uma
senhora está com meu avô! – Gritou enquanto seguiu à porta de entrada para
ajudar a mulher.
Zequinha:
--- Deixa. Deixa. Não precisa. Eu
não tenho nada! – Falou um pouco aborrecido
Dalva se aquietou soltando o
braço do idoso e deixando com aos cuidados de sua neta, como a moça falou a
logo segurar o braço do idoso. E o velho se irritou ainda mais com essa nova
atitude de sua neta.
Zequinha
--- Larga! Larga! Estou sadio! –
E empunhou a bengala
Sorvetinho chegou com pressa e
agarrou pelo braço o seu avô e o mando subir alertando ter todo cuidado é pouco
a qualquer um.
Sorvetinho
--- Larga o que? Vamos! Suba!
Agora é comigo! Vamos! – Alertava a outra neta.
Zequinha
--- Ora bosta! Até você? – E
abriu bem os olhos para a segunda neta
Sorvetinho
--- Suba! Suba! Ora velho
desobediente! – Falou querendo sorrir ao mesmo tempo.
Dalva
--- Ele está irritado! – Disse a
mulher a primeira neta.
Amanda
--- É assim mesmo. Ele se zanga
por pouco. – Sorriu a mulher
Dalva
--- A senhora é filha? – Indagou
Amanda
--- Não. Sou neta. Eu e a outra.
A que vai entrando. – Declarou.
Dalva
--- Ah Bom. Está em casa. Eu
trabalho numa repartição do Governo. Logo alí à dois passos. Eu o trouxe pelo
acidente sofrido. Ele se atrapalhou na bengala e foi ao chão bem atrás de meu
carro. Sinto muito. É um perigo. Esse trânsito. Nossa! – Declarou a mulher
Amanda
--- De fato. É uma loucura. Vamos
entrar. Chegue. Tome um café. E veja o paciente. – Sorriu.
Dalva
--- A senhora é médica? – Indagou
por precaução
Amanda
--- Não. Enfermeira. A outra é
farmacêutica. Igual a meu pai. – E sorriu enquanto entrava levando a senhora
Dalva
Dalva
--- Eu me formei em advocacia.
Mas abandonei a carreira. Depois fiz Astronomia. – Declarou
Amanda
--- A senhora é astrônoma? Que
bom. Olhar as estrelas. – Sorriu fazendo que viu uma estrela a olhar por entre
os dedos de sua mão
Dalva
--- Sim. Mas, nesse momento estou
trabalhando em um escritório do Governo. Loucuras! – Gargalhou
Amanda
--- Verdade. Nós estamos com uma
parada. Uma greve temporária. A esperança é o Governo ceder as nossas
reivindicações. Eu não sou do Sindicato. Mas, ainda assim, eu estou de greve
também. - gargalhou
Sorvetinho
--- Pronto. O velho está sentado.
Eu coloquei no seu sofá onde ele pode ouvir música. Ele gosta de música. – Disse
a mocinha a sorrir.
Dalva
--- Eu vou até ele. Quero pedir
desculpas pelo desarando havido. – Falou e sorriu
Amanda
--- Só quero ver. – falou
Sorvetinho a sorrir.
Sorvetinho
--- Quem é ela? – Perguntou em
murmúrio
Amanda
--- Advogada e astrônoma. Importante!
– Relatou
Sorvetinho
--- Que chique. – Respondeu
E Dalva Lopes foi até ao senhor
José Afrânio Beraldo, o popular Zequinha indagar se ele estava se sentindo bem
ou precisaria de alguma coisa. O homem responde estar tudo muito bem. Nesse
instante adentrou a porta a senhora Odete Beraldo, sua esposa e indagou
surpresa.
Odete
--- Que houve? – Indagou.
Amanda
--- Nada. Meu avô chegou de
carro. – Respondeu a neta
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