domingo, 7 de junho de 2015

LAÇOS DE TERNURA - 02 -

- CARROS -
- 02 -
COLISÃO -
No mesmo instante o Vigilante buscou o sapato de Dalva Lopes e lhe entregou quando essa já estava dentro do auto com uma cara trancada tudo por causa dos desaforos recebidos do senhor motorista. A essa altura, o guarda anotava os dados do infrator e dizia não apenas balançando a cabeça tendo o outro motorista a lamentar a perda sofrida de o seu automóvel.
Dalva
--- Bruto! Estúpido! Ignorante! Paquiderme! – Relatava do modo revoltoso.
Era tudo contra o motorista do acidente. Em seguida, a mulher de seus 30 anos de idade, engrenou a marcha de partiu em desespero indagado ao ancião o chafurdo havido há poucos minutos pelo triste motorista. E então indagou o nome do ancião.
Zequinha:
--- Meu nome é José Afrânio.  Mas todos me chamam de Zequinha. E a senhora para onde vai? – Indagou preocupado
Dalva
--- Ah. Eu? Vou te deixar em casa. Qual a rua? – Indagou.
Zequinha
--- Não precisava de tanto. Eu resido na Rua Voluntários da Pátria, depois da segunda esquina. Bem perto. – Alertou senhor Zequinha.
Dalva.
--- Ah! Já sei. Chego já. O transito de carros é que atrapalha. – Relatou um tanto nervosa.
Zequinha
--- Do lado da sombra. – Advertiu a descrever que era do lado direito de quem descia a rua
A espera da passagem de veículos demorou pouco tempo e em breve instante Dalva Lopes chegou a residência de José Afrânio Beraldo, o Zequinha. A mulher saltou de carro e cruzou pela frente até chegar a porta onde estava José Afrânio e o fez descer, apesar de mancando. Com sua ajuda, Zequinha caminhou, pedindo que a mulher esperasse um pouco, o tempo para colocar em dia a sua forma. Nesse ponto, chegou a janela a jovem moça Amanda, 30 anos de idade, enfermeira e diante do apoio dado por Dalva Lopes, ela findou por gritar chamando alguém de dentro da residência.
Amanda
--- Sorvetinho! Ajuda aqui! Uma senhora está com meu avô! – Gritou enquanto seguiu à porta de entrada para ajudar a mulher.
Zequinha:
--- Deixa. Deixa. Não precisa. Eu não tenho nada! – Falou um pouco aborrecido
Dalva se aquietou soltando o braço do idoso e deixando com aos cuidados de sua neta, como a moça falou a logo segurar o braço do idoso. E o velho se irritou ainda mais com essa nova atitude de sua neta.
Zequinha
--- Larga! Larga! Estou sadio! – E empunhou a bengala
Sorvetinho chegou com pressa e agarrou pelo braço o seu avô e o mando subir alertando ter todo cuidado é pouco a qualquer um.
Sorvetinho
--- Larga o que? Vamos! Suba! Agora é comigo! Vamos! – Alertava a outra neta.
Zequinha
--- Ora bosta! Até você? – E abriu bem os olhos para a segunda neta
Sorvetinho
--- Suba! Suba! Ora velho desobediente! – Falou querendo sorrir ao mesmo tempo.
Dalva
--- Ele está irritado! – Disse a mulher a primeira neta.
Amanda
--- É assim mesmo. Ele se zanga por pouco. – Sorriu a mulher
Dalva
--- A senhora é filha? – Indagou
Amanda
--- Não. Sou neta. Eu e a outra. A que vai entrando. – Declarou.
Dalva
--- Ah Bom. Está em casa. Eu trabalho numa repartição do Governo. Logo alí à dois passos. Eu o trouxe pelo acidente sofrido. Ele se atrapalhou na bengala e foi ao chão bem atrás de meu carro. Sinto muito. É um perigo. Esse trânsito. Nossa! – Declarou a mulher
Amanda
--- De fato. É uma loucura. Vamos entrar. Chegue. Tome um café. E veja o paciente. – Sorriu.
Dalva
--- A senhora é médica? – Indagou por precaução
Amanda
--- Não. Enfermeira. A outra é farmacêutica. Igual a meu pai. – E sorriu enquanto entrava levando a senhora Dalva
Dalva
--- Eu me formei em advocacia. Mas abandonei a carreira. Depois fiz Astronomia. – Declarou
Amanda
--- A senhora é astrônoma? Que bom. Olhar as estrelas. – Sorriu fazendo que viu uma estrela a olhar por entre os dedos de sua mão
Dalva
--- Sim. Mas, nesse momento estou trabalhando em um escritório do Governo. Loucuras! – Gargalhou
Amanda
--- Verdade. Nós estamos com uma parada. Uma greve temporária. A esperança é o Governo ceder as nossas reivindicações. Eu não sou do Sindicato. Mas, ainda assim, eu estou de greve também. -  gargalhou
Sorvetinho
--- Pronto. O velho está sentado. Eu coloquei no seu sofá onde ele pode ouvir música. Ele gosta de música. – Disse a mocinha a sorrir.
Dalva
--- Eu vou até ele. Quero pedir desculpas pelo desarando havido. – Falou e sorriu
Amanda
--- Só quero ver. – falou Sorvetinho a sorrir.
Sorvetinho
--- Quem é ela? – Perguntou em murmúrio
Amanda
--- Advogada e astrônoma. Importante! – Relatou
Sorvetinho
--- Que chique. – Respondeu
E Dalva Lopes foi até ao senhor José Afrânio Beraldo, o popular Zequinha indagar se ele estava se sentindo bem ou precisaria de alguma coisa. O homem responde estar tudo muito bem. Nesse instante adentrou a porta a senhora Odete Beraldo, sua esposa e indagou surpresa.
Odete
--- Que houve? – Indagou.
Amanda
--- Nada. Meu avô chegou de carro. – Respondeu a neta


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