quarta-feira, 3 de junho de 2015

RASTRO MORTAL - 40 -

- REDE CÓSMICA -
- 40 -
CATÁSTROFE

A rede cósmica é uma teia infinita de aglomerado de galáxias rodeada por matéria escura de uma forma invisível e misteriosa que representa 90 por cento da massa do Universo. A rede cósmica de matéria escura é visível a olharmos o objeto que a preenchemos. Essa rede cósmica é como uma teia de aranha tridimensional. A origem da rede cósmica é incerta. Mas há quem diga que tudo começou com o início do Universo. Durante o seu início o Universo expandiu e muito depressa. A matéria cósmica tem a criação do Universo. Hoje está se tentando mapear a rede cósmica que envolve todo o universo. Há na Ciência a determinação de que nem tudo está contínuo no espaço. A astronomia não tem uma estimativa exata. Mas a rede cósmica pode ser formada por milhares de superaglomerados que são conjuntos imensos de galáxias ligadas pela gravidade com milhões de anos luz de diâmetros. O maior superaglomerado de galáxias conhecido é o Shapley. Essa densa região de galáxias tem 400 milhões de anos-luz de comprimento. A mais rápida nave interplanetária levaria trilhões de anos para atravessa-la. O superaglomerado Shapley inclui várias constelações e está a 650 milhões de anos-luz da Via Láctea. Todos os superaglomerados, inclusive o Shapley, originaram-se a formação do Universo há mais de 13 bilhões de anos. E assim, como ocorreu no Universo, também ocorreu com o Wasa. O monstro vagava, solitário, com a sua aparente lentidão, buscando acertar o alvo desejado, com a sua sanha assassina, terror de outros eternos mundos. Vago mundo deserto onde nada podia haver a mais. Montanha simplesmente de pedra. Algo de sobrenatural a arrancar de todos o pouco existir. A Terra estava próxima. Em poucos momentos o monstro tragaria mais esse outro inerte planeta. Ele, enfim, era o dragão da maldade para sempre. Enfim, o dragão dos mortos-vivos. Os efeitos do vento se fazia efeito. A cauda imensa se fazia notar após cada passo a dar.
Em proximidade de Macaíba no interior do Estado, a virgem Wanda procurava a base de rádio da Marinha alí existente. Tudo estava escuro, salvo por algumas luzes nem tão brilhantes. Muros altos protegiam o abrigo. Torres de rádios e de micro-ondas, e parecia, estavam às escuras. Cerca de arame protegia a entrada da Casa de Comunicação. Muito a baixo, estava os cercados onde não se ouvia vozeiro algum. Com derradeiro momento, o velho desceu do carro acompanhado da virgem Wanda e, bem depressa buscou entrar adiante do monstro de pedras, no alto, do outro lado da Terra. O monstro Wasa caminhava um tanto vagaroso, talvez por isso mesmo, pela distância a separar onde não se podia distinguir o verdadeiro marchar. Porém quem estivesse fora da Terra, veria com mais rigor a boca do dragão a vomitar cruel vômito a cada instante.  Na Base, após se identificar, a virgem adiantou de precisar remeter uma mensagem urgente para o Campo de Parnamirim. A ela se dispôs o que era necessário. O velho indagou
Velho
--- Posso ajudar em alguma coisa? – perguntou.
Wanda
--- Não! Eu estou quase lá! Só tenho que ampliar o sinal do celular. – falou plena de vexame.
Às primeiras horas da manhã do dia seguinte, Jean Tissou e seus dois companheiros rumaram para a cidade de Fortaleza, no Ceará, de onde seguiriam para a capital da França, a cidade de Paris, onde não mais conseguiram comunicação via telefone ou mesmo celular. A cidade estava destroçada após o tsunami ocorrido no mar Mediterrâneo.  Esse tsunami destruiu toda a América do Norte rompendo de um Oceano Atlântico ao Pacifico fazendo aquela parte do mundo um único mar. A França, sem dúvidas, teve participação, porém nem de todo. O tsunami varreu a Terra pegando toda a costa da África do Norte, entrando pelo Canal de Suez, indo para o Oceano Atlântico, destruindo regiões da Europa e forçando até a França, mais ao norte. Tissou estava alucinado com a destruição da Espanha e Portugal ficando em sua mente o fim da América do Norte, bem mais a oeste. De qualquer modo o francês procurou alcançar um avião para seguir viagem até o seu país de origem. Sem bastante verba, Tissou pouco se preocupou, pois, a sua missão era chegar a Paris onde deixou a família. Se não conseguisse um avião, por causa do tsunami, teria de buscar outros meios, como seguir pela África. A decepção foi tamanha pois não havia programa de vou para qualquer dia. Ele ficou sabendo de uma tormenta espacial no momento quando chegou a Fortaleza oito horas após. A tormenta atingira a cidade com a ocorrência de um Meteoro gigante. Com estava sendo perseguido em Natal o terror do espaço se fez presente também em Fortaleza, Ceará. Isso levou a cancelar voos para qualquer canto do país e exterior, principalmente para os países do Leste. O aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, era uma só tormenta com as pessoas procurando vagas a qualquer preço. A questão era não ter mais vos nem para o sul do país e nem para o exterior, como para a Europa. A gritaria aumentava até o ponto de se fechar as portas de atendimento. Com isso, Jean Tissou e seus amigos ficaram desolados. Todavia, um cavalheiro que estava atento, indagou:
Cavalheiro:
--- Vai viajar? – indagou
Tissou
--- Não tem avião. – disse ele perturbado
Cavalheiro
--- São quantos? – indagou
Tissou:
--- Somos três. – destacou
Cavalheiro
--- Rio, serve? – perguntou.
Tissou olhou para os demais e aceitou a oferta.
Tissou
--- Até que enfim. De lá eu pego outro voo. – e sorriu  
Cavalheiro
--- Eu tenho um avião. E vou viajar. Não diga nada a ninguém. Por favor. Seis pessoas, no muito. Eu já levo um. Essa pessoa, ficou de conseguir outro mais. Com os senhores, está bem. Espere-me. O avião é pequeno. Eu vim para um congresso, em Fortaleza. Mas não houve. Só tem tormenta. – relatou
Tissou
--- Nós somos da França. Eu estou vindo de Natal. A coisa por lá está muito tumultuosa. E nós não temos notícias de casa. Eu não sei nem se estão vivos! – alertou temeroso
Cavalheiro
--- No Rio é mais fácil de se saber. E tem outras rotas. – argumentou
Tissou
--- Itália, Alemanha. Qualquer lugar. Estados Unidos se afundaram. – disse o homem
Cavalheiro
--- Tudo foi ao fundo. Canadá, México. E até a Espanha! – falou consternado
Tissou
--- Verdade. Espero que a Itália não naufrague. – relatou cheio de dúvidas.
E o Mundo se derretia em dúvidas. O sistema solar é mais do que oito planetas e cerca de 170 luas que giram em torno do Sol. No amplo espaço vazio entre esses corpos celestes gigantes há astros menores à espreita. Estes cometas e asteroides que dividem o espaço conosco atacam o planeta desde a formação do sistema solar.  Os indícios apontam para um único fato nesse mapeamento: por mais que o Céu pareça tranquilo quando o contemplamos, a realidade é outra. O sistema solar é um lugar perigoso. A questão é: o campo celeste mais próximo da Terra está cheio de indícios de impactos violentos ocorridos no passado.  Quando admiramos a Lua, sua presença é reconfortante. Ela ilumina as noites, controla as marés e marca o tempo nas suas fases. Mas, as crateras da Lua são tudo, menos tranquilizadoras. Como cicatrizes de um rosto de um lutador vitorioso, elas contam uma história longa e violenta sobre as batalhas épicas em nosso próprio sistema.
Lá fora, ocultos na vastidão do espaço há planetas tão estranhos que nem mesmo a ficção científica poderia tê-los imaginado. Pela primeira vez, esses planetas alienígenas surgem além do nosso sistema solar. Lugares onde o gelo é quente e a chuva é feita de ferro. Eles são inexplorados, extraordinários e imprevisíveis. E em algum lugar, em meio a esses estranhos nossos mundos a ciência procura a maior de todas as descobertas. Planetas como os nossos. Planetas alienígenas. E o Observatório Espacial procura planetas similares à Terra dentre as cem mil estrelas. É a culminação de uma jornada que começou há mais de uma década com uma das mais profundas descobertas científicas jamais realizadas. A constelação de Pégaso está localizada a mais de 50 anos luz de distância do planeta Terra. Quem a observou notou algo estranho. Uma das estrelas saltava e mudava violentamente. Algo poderoso o bastante conturbando uma estrela do tamanho do nosso sol. Um planeta. Mas nunca ninguém tinha avistado um planeta ao redor de outra estrela semelhante ao sol.
O planeta foi apelidado de “O Pequeno Belerofonte” que domou o cavalo alado Pégaso. É um planeta que quebra todas as regras. Belerofonte forma a luz escaldante da estrela e tem quase 50 vezes a massa da Terra. É um gigante gasoso como Júpiter composto por hidrogênio e hélio. Por dentro dele é comprimida a pressão tao gigantesca que nada se parece com gás. Diferente de qualquer coisa encontrada em nosso sistema solar, essa é uma classe nova de planetas que costuma se chamar de Júpiter Quente. A Terra se encontra a uma distância confortável de 150 milhões de quilometros do Sol ao contrário do que ocorre com o Belerofonte em relação ao seu astro. As variações da temperatura causam ventos estranhos na atmosfera de Belerofonte. O vento uiva há milhares de quilometros por horas nesse planeta, muito além de qualquer coisa do que poderíamos suportar. As rajadas de calor garantem a inexistência de valor de água. Mas, isso, não significa que não haja chuva.
Vitória
--- Professor! Algo me põe em dúvida! Esse tormento não seria algo como Belerofonte? – quis saber
Miranda:
--- Por que a pergunta? – perguntou
Vitória:
--- Como se fosse uma nave espacial. Ele está bem próximo da Terra. Mas, se irrompe uma chuva de ferro a cada instante. Algo como há em Belerofonte. – relatou a virgem a estremecer
Miranda;
--- O que você quer dizer? – perguntou
Vitória
--- Seria melhor nós procuramos local mais seguro! – relatou
Miranda
--- Verdade? – indagou.

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