- REDE CÓSMICA -
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CATÁSTROFE
A rede cósmica é uma teia infinita
de aglomerado de galáxias rodeada por matéria escura de uma forma invisível e
misteriosa que representa 90 por cento da massa do Universo. A rede cósmica de
matéria escura é visível a olharmos o objeto que a preenchemos. Essa rede
cósmica é como uma teia de aranha tridimensional. A origem da rede cósmica é
incerta. Mas há quem diga que tudo começou com o início do Universo. Durante o
seu início o Universo expandiu e muito depressa. A matéria cósmica tem a
criação do Universo. Hoje está se tentando mapear a rede cósmica que envolve
todo o universo. Há na Ciência a determinação de que nem tudo está contínuo no
espaço. A astronomia não tem uma estimativa exata. Mas a rede cósmica pode ser
formada por milhares de superaglomerados que são conjuntos imensos de galáxias
ligadas pela gravidade com milhões de anos luz de diâmetros. O maior
superaglomerado de galáxias conhecido é o Shapley. Essa densa região de
galáxias tem 400 milhões de anos-luz de comprimento. A mais rápida nave
interplanetária levaria trilhões de anos para atravessa-la. O superaglomerado
Shapley inclui várias constelações e está a 650 milhões de anos-luz da Via
Láctea. Todos os superaglomerados, inclusive o Shapley, originaram-se a
formação do Universo há mais de 13 bilhões de anos. E assim, como ocorreu no
Universo, também ocorreu com o Wasa.
O monstro vagava, solitário, com a sua aparente lentidão, buscando acertar o
alvo desejado, com a sua sanha assassina, terror de outros eternos mundos. Vago
mundo deserto onde nada podia haver a mais. Montanha simplesmente de pedra.
Algo de sobrenatural a arrancar de todos o pouco existir. A Terra estava
próxima. Em poucos momentos o monstro tragaria mais esse outro inerte planeta. Ele,
enfim, era o dragão da maldade para sempre. Enfim, o dragão dos mortos-vivos.
Os efeitos do vento se fazia efeito. A cauda imensa se fazia notar após cada
passo a dar.
Em proximidade de Macaíba no
interior do Estado, a virgem Wanda procurava a base de rádio da Marinha alí
existente. Tudo estava escuro, salvo por algumas luzes nem tão brilhantes.
Muros altos protegiam o abrigo. Torres de rádios e de micro-ondas, e parecia,
estavam às escuras. Cerca de arame protegia a entrada da Casa de Comunicação. Muito
a baixo, estava os cercados onde não se ouvia vozeiro algum. Com derradeiro
momento, o velho desceu do carro acompanhado da virgem Wanda e, bem depressa
buscou entrar adiante do monstro de pedras, no alto, do outro lado da Terra. O
monstro Wasa caminhava um tanto
vagaroso, talvez por isso mesmo, pela distância a separar onde não se podia
distinguir o verdadeiro marchar. Porém quem estivesse fora da Terra, veria com
mais rigor a boca do dragão a vomitar cruel vômito a cada instante. Na Base, após se identificar, a virgem
adiantou de precisar remeter uma mensagem urgente para o Campo de Parnamirim. A
ela se dispôs o que era necessário. O velho indagou
Velho
--- Posso ajudar em alguma coisa? –
perguntou.
Wanda
--- Não! Eu estou quase lá! Só
tenho que ampliar o sinal do celular. – falou plena de vexame.
Às primeiras horas da manhã do dia
seguinte, Jean Tissou e seus dois companheiros rumaram para a cidade de Fortaleza,
no Ceará, de onde seguiriam para a capital da França, a cidade de Paris, onde
não mais conseguiram comunicação via telefone ou mesmo celular. A cidade estava
destroçada após o tsunami ocorrido no mar Mediterrâneo. Esse tsunami destruiu toda a América do Norte
rompendo de um Oceano Atlântico ao Pacifico fazendo aquela parte do mundo um
único mar. A França, sem dúvidas, teve participação, porém nem de todo. O
tsunami varreu a Terra pegando toda a costa da África do Norte, entrando pelo
Canal de Suez, indo para o Oceano Atlântico, destruindo regiões da Europa e
forçando até a França, mais ao norte. Tissou estava alucinado com a destruição
da Espanha e Portugal ficando em sua mente o fim da América do Norte, bem mais
a oeste. De qualquer modo o francês procurou alcançar um avião para seguir
viagem até o seu país de origem. Sem bastante verba, Tissou pouco se preocupou,
pois, a sua missão era chegar a Paris onde deixou a família. Se não conseguisse
um avião, por causa do tsunami, teria de buscar outros meios, como seguir pela
África. A decepção foi tamanha pois não havia programa de vou para qualquer
dia. Ele ficou sabendo de uma tormenta espacial no momento quando chegou a
Fortaleza oito horas após. A tormenta atingira a cidade com a ocorrência de um Meteoro
gigante. Com estava sendo perseguido em Natal o terror do espaço se fez
presente também em Fortaleza, Ceará. Isso levou a cancelar voos para qualquer
canto do país e exterior, principalmente para os países do Leste. O aeroporto Pinto
Martins, em Fortaleza, era uma só tormenta com as pessoas procurando vagas a
qualquer preço. A questão era não ter mais vos nem para o sul do país e nem
para o exterior, como para a Europa. A gritaria aumentava até o ponto de se
fechar as portas de atendimento. Com isso, Jean Tissou e seus amigos ficaram
desolados. Todavia, um cavalheiro que estava atento, indagou:
Cavalheiro:
--- Vai viajar? – indagou
Tissou
--- Não tem avião. – disse ele
perturbado
Cavalheiro
--- São quantos? – indagou
Tissou:
--- Somos três. – destacou
Cavalheiro
--- Rio, serve? – perguntou.
Tissou olhou para os demais e
aceitou a oferta.
Tissou
--- Até que enfim. De lá eu pego
outro voo. – e sorriu
Cavalheiro
--- Eu tenho um avião. E vou
viajar. Não diga nada a ninguém. Por favor. Seis pessoas, no muito. Eu já levo
um. Essa pessoa, ficou de conseguir outro mais. Com os senhores, está bem.
Espere-me. O avião é pequeno. Eu vim para um congresso, em Fortaleza. Mas não
houve. Só tem tormenta. – relatou
Tissou
--- Nós somos da França. Eu estou
vindo de Natal. A coisa por lá está muito tumultuosa. E nós não temos notícias
de casa. Eu não sei nem se estão vivos! – alertou temeroso
Cavalheiro
--- No Rio é mais fácil de se
saber. E tem outras rotas. – argumentou
Tissou
--- Itália, Alemanha. Qualquer
lugar. Estados Unidos se afundaram. – disse o homem
Cavalheiro
--- Tudo foi ao fundo. Canadá,
México. E até a Espanha! – falou consternado
Tissou
--- Verdade. Espero que a Itália
não naufrague. – relatou cheio de dúvidas.
E o Mundo se derretia em dúvidas. O
sistema solar é mais do que oito planetas e cerca de 170 luas que giram em
torno do Sol. No amplo espaço vazio entre esses corpos celestes gigantes há
astros menores à espreita. Estes cometas e asteroides que dividem o espaço
conosco atacam o planeta desde a formação do sistema solar. Os indícios apontam para um único fato nesse
mapeamento: por mais que o Céu pareça tranquilo quando o contemplamos, a
realidade é outra. O sistema solar é um lugar perigoso. A questão é: o campo
celeste mais próximo da Terra está cheio de indícios de impactos violentos
ocorridos no passado. Quando admiramos a
Lua, sua presença é reconfortante. Ela ilumina as noites, controla as marés e
marca o tempo nas suas fases. Mas, as crateras da Lua são tudo, menos
tranquilizadoras. Como cicatrizes de um rosto de um lutador vitorioso, elas
contam uma história longa e violenta sobre as batalhas épicas em nosso próprio
sistema.
Lá fora, ocultos na vastidão do
espaço há planetas tão estranhos que nem mesmo a ficção científica poderia
tê-los imaginado. Pela primeira vez, esses planetas alienígenas surgem além do
nosso sistema solar. Lugares onde o gelo é quente e a chuva é feita de ferro.
Eles são inexplorados, extraordinários e imprevisíveis. E em algum lugar, em
meio a esses estranhos nossos mundos a ciência procura a maior de todas as
descobertas. Planetas como os nossos. Planetas alienígenas. E o Observatório
Espacial procura planetas similares à Terra dentre as cem mil estrelas. É a
culminação de uma jornada que começou há mais de uma década com uma das mais
profundas descobertas científicas jamais realizadas. A constelação de Pégaso
está localizada a mais de 50 anos luz de distância do planeta Terra. Quem a
observou notou algo estranho. Uma das estrelas saltava e mudava violentamente.
Algo poderoso o bastante conturbando uma estrela do tamanho do nosso sol. Um
planeta. Mas nunca ninguém tinha avistado um planeta ao redor de outra estrela
semelhante ao sol.
O planeta foi apelidado de “O
Pequeno Belerofonte” que domou o cavalo alado Pégaso. É um planeta que quebra
todas as regras. Belerofonte forma a luz escaldante da estrela e tem quase 50
vezes a massa da Terra. É um gigante gasoso como Júpiter composto por
hidrogênio e hélio. Por dentro dele é comprimida a pressão tao gigantesca que
nada se parece com gás. Diferente de qualquer coisa encontrada em nosso sistema
solar, essa é uma classe nova de planetas que costuma se chamar de Júpiter
Quente. A Terra se encontra a uma distância confortável de 150 milhões de
quilometros do Sol ao contrário do que ocorre com o Belerofonte em relação ao
seu astro. As variações da temperatura causam ventos estranhos na atmosfera de Belerofonte.
O vento uiva há milhares de quilometros por horas nesse planeta, muito além de
qualquer coisa do que poderíamos suportar. As rajadas de calor garantem a
inexistência de valor de água. Mas, isso, não significa que não haja chuva.
Vitória
--- Professor! Algo me põe em
dúvida! Esse tormento não seria algo como Belerofonte? – quis saber
Miranda:
--- Por que a pergunta? – perguntou
Vitória:
--- Como se fosse uma nave
espacial. Ele está bem próximo da Terra. Mas, se irrompe uma chuva de ferro a
cada instante. Algo como há em Belerofonte. – relatou a virgem a estremecer
Miranda;
--- O que você quer dizer? –
perguntou
Vitória
--- Seria melhor nós procuramos
local mais seguro! – relatou
Miranda
--- Verdade? – indagou.
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