quarta-feira, 3 de junho de 2015

RASTRO MORTAL - 41 -

- AMEAÇA -
- 41 -
ESCAPADA -
Após alguns segundos a meditar, Augusto Pontes de Miranda, contemplou bem a sua auxiliar, Vitoria Ferretti enquanto visualizava sem consultar o computador ali inerte como se nada lhe devesse ter importância e voltou a olhar a virgem tendo, em seguida, indagado:
Miranda:
--- E os demais? – perguntou
Vitória
--- Estão todos ocupados em seus computadores. – foi o que respondeu
Miranda
--- Qual local? – perguntou a olhar o computador novamente
Vitória
--- Dos Militares. – respondeu
Miranda
--- Tem notícias de Wanda Sansone? – quis saber
Vitória
--- Deve ter chegado. Eu não sei muito bem.
Miranda
--- E a cidade? – preocupado
Vitória
--- Em pandarecos. – lamentou. 
E o cientista bateu com o punho sobre a mesa e, por fim, se levantou:
Miranda
--- Vamos cuidar da vida. Essa pedra não tarda mais a chegar. – e saiu quase a correr seguido de Vitória.
No Rio de Janeiro, o movimento era confuso. Gente para todo o lado. Uns correndo, outros se lamentando, crianças a chorar, moças agarradas aos seus namorados. Era um pandemônio. Uma moça, a chorar, pediu ao seu noivo a lhe seguir para a fazenda do seu pai.
Virgem
--- Vamos à fazenda de papai. Lá é mais seguro. – lamentava.
Rapaz
--- E ele está na fazenda? – indagou com cuidado
Virgem
--- Está. Eu sei. Minha mãe também. relatou.
Os carros a buzinar entre todos os que já estavam ao desespero, entre aviões ao alçar voo para um lado qualquer de fora do país. O torpedo fumegante se aproximava cada vez mais da Terra, obscurecendo o céu amarelo passando a tonalidade escura. Cometa a viajar dezenas de quilometros por segundo em busca de um planeta, pelo menos menor que o seu oponente. Era então um gigante do Universo a colidir com brutalidade contra a insignificante Terra perante o Cosmos. Ele criava uma trilha bem maior do que o globo terrestre. Uma trilha de gases e ferros. As marcas do impacto, as nuvens negras eram do tamanho do planeta Terra. A nuvem de poeira estava para encobrir tudo e visíveis por sua eternidade. O primeiro impacto se deu no Japão e seguindo a Itália, Alemanha e países do oriente médio, como Israel. A catástrofe era mortal. No Brasil, os de maior parte das pessoas teve sorte e se esconderam em uns cubículos feitos do chão onde se trancaram em buracos por demais profundos. Esses buracos existiam em Natal e em alguns municípios distantes da cidade
O imenso Meteoro do tamanho da Terra ou até maior acercava-se a extrema velocidade, tonando paca a luz do sol a não permitir atravessar atmosfera. Na África, era tudo escuro como também para o note e oeste da Terra. Na Base Aérea tudo estava às escuras. Os aviões suspenderam seus voos e se guardaram nos hangares subterrâneos. Na rua, o povo aclamar.
Gente
--- Meu Jesus! Já é noite! – dizia uma mulher
Homem
--- É escuridão total. Vamos morrer! – alertava o homem
Menino
--- Mãe! Ela o trovão! – dizia um menino
Rapaz
--- Que trovão seu burro! É um negócio do outro mundo. – falou com rispidez
Era plena tarde. Mas em Natal, era plena noite. Nos túneis que teve possibilidade de chegar, procurou lanternas, maquinas de força e outros objetos luminescentes. A escapada era para algumas pessoas, como cientistas e oficiais da Força Aérea. Os demais militares se abrigavam em outras trincheiras. Alguns levavam seus familiares. A população em si, ficava à deriva. No Jornal “Primeira Página”, o seu diretor conseguiu permissão para se agasalhar em trincheiras das Forças Armadas com o seu pessoal da redação. Algumas pessoas desistiram da ideia e resolveram escapar para cidades do interior do Estado. Apesar de tudo, era evidente não ter escapatória para quem ficasse. Wanda Sansone, seu companheiro Jonas, a filha desse, senhorita Carla, e o pai de Jonas se abrigaram em um túnel profundo feito no meio do chão. Era tudo um horror tornando impacientes todos os militares da Marinha, Aeronáutica, Exercito e Policia Militar. Naquele brutal instante, os vândalos se esconderam em locas de pedras e findaram tragado pelas ondas do mar revolto. Os Bombeiros largaram de mão as suas buscas deixando para trás os corpos apodrecidos das vítimas da tragédia. Mesmo assim, vários deles perderam a vida.
Não demorou nem tanto quando o Meteoro tragou toda a Terra de uma só abocanhada. Fogos, águas, cinzas foram o princípio do fim. O Meteoro vinha com toda a força para agarrar a frágil Terra. E foi assim que se sucedeu, por certo. A cada passo, a Terra foi sendo toda devorada. Mesmo os picos mais elevados dos montes, foram destroçados pela ação catastrófica do monstro do espaço. Tudo não passava da luta entre a fera destruidora e um verme sem noção. A Terra, com seus 4 bilhões de anos e 500 milhões de anos, estava enfim fadada ao fracasso diante da poderosa força desastrosa desse misterioso Meteoro exterminador. A escuridão se aplacou por todo esse mundo como uma serpente vital. Esse é o mistério geológico deixado sobre as criaturas ainda com vida embutidas nas cercanias do sem fim. Quanto avançava o tempo, mais a escuridão colhia o medo dos agasalhados em furnas feitas em labirintos no meio do chão.
E passaram os dias, meses e talvez, anos. Gente morta nos buracos feitos no chão amargo. Entre restos de cadáveres insepultos, uma mulher dos seus bons anos desejou furar uma brecha para ver se a claridade voltara a imperar. Nem sabia a quanto tempo estava internada naquele lugar. Uma vontade e uma forma de caminhar para sentir algo com a brisa fez a mulher se arranjar. Após tempos passados, a mulher chegou até uma trágica sombra. Logo após, a luz. E brilhou a luz. A mulher sepultada em um subterrâneo profundo para onde caminhara se alegrou de estar viva.
Mulher!
...Luz! Luz! Luz! – gritava cheia de alegria ao contemplar aquela surpreendente luminosidade
A vida após a morte. Essa mulher estaria morta diante de fabulosos anos sepultada. Um dia, a mulher despertou de um verdadeiro sono profundo e caminhou para buscar a luz. A luz que não lhe chegava. E assim vagou pelos esconderijos da Terra, devora há anos por um gigante meteoro. Ela não mais existia, por certo. Morrera quando a Terra foi sufocada de gigante meteoro. Porém, certa vez, ela despertou do seu profundo sono. E tão logo despertou, procurou achar um caminho para a luz e então sair das trevas misteriosas e inquietantes. E quando visitou a casa dos vivos se deparou com aquela luminosidade onde tudo era belo. E foi assim que ela gritou per ter visto a luz.
Naquele momentâneo instante, uma forte voz lhe perguntou:
Voz
--- Onde estás, mulher? –
A mulher se virou e quis saber;
Mulher
--- Quem fala? -  se assustou
Voz
--- Um alguém do passado. –
Mulher
--- Virgem! Quem? – se assombrou
Voz
--- Tu já morreste. E agora vem para a parte superior dos mortos. – relatou
Mulher
--- Quem? Você está morto? - indagou   
Voz
--- Tu estás morta. Eu te digo! – disse a voz
Mulher
--- Eu? Mas não é possível! Morta? – falou procurando se apalpar em seus braços
Voz
--- E agora tu estás à procura de uma nova vida após a tua morte. –
Mulher
--- E como estou falando? – espantou. 

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