- AMEAÇA -
- 41 -
ESCAPADA -
Após alguns segundos a meditar,
Augusto Pontes de Miranda, contemplou bem a sua auxiliar, Vitoria Ferretti
enquanto visualizava sem consultar o computador ali inerte como se nada lhe
devesse ter importância e voltou a olhar a virgem tendo, em seguida, indagado:
Miranda:
--- E os demais? – perguntou
Vitória
--- Estão todos ocupados em seus
computadores. – foi o que respondeu
Miranda
--- Qual local? – perguntou a olhar
o computador novamente
Vitória
--- Dos Militares. – respondeu
Miranda
--- Tem notícias de Wanda Sansone?
– quis saber
Vitória
--- Deve ter chegado. Eu não sei
muito bem.
Miranda
--- E a cidade? – preocupado
Vitória
--- Em pandarecos. – lamentou.
E o cientista bateu com o punho
sobre a mesa e, por fim, se levantou:
Miranda
--- Vamos cuidar da vida. Essa
pedra não tarda mais a chegar. – e saiu quase a correr seguido de Vitória.
No Rio de Janeiro, o movimento era
confuso. Gente para todo o lado. Uns correndo, outros se lamentando, crianças a
chorar, moças agarradas aos seus namorados. Era um pandemônio. Uma moça, a
chorar, pediu ao seu noivo a lhe seguir para a fazenda do seu pai.
Virgem
--- Vamos à fazenda de papai. Lá é
mais seguro. – lamentava.
Rapaz
--- E ele está na fazenda? –
indagou com cuidado
Virgem
--- Está. Eu sei. Minha mãe também.
– relatou.
Os carros a buzinar entre todos os
que já estavam ao desespero, entre aviões ao alçar voo para um lado qualquer de
fora do país. O torpedo fumegante se aproximava cada vez mais da Terra,
obscurecendo o céu amarelo passando a tonalidade escura. Cometa a viajar
dezenas de quilometros por segundo em busca de um planeta, pelo menos menor que
o seu oponente. Era então um gigante do Universo a colidir com brutalidade
contra a insignificante Terra perante o Cosmos. Ele criava uma trilha bem maior
do que o globo terrestre. Uma trilha de gases e ferros. As marcas do impacto,
as nuvens negras eram do tamanho do planeta Terra. A nuvem de poeira estava
para encobrir tudo e visíveis por sua eternidade. O primeiro impacto se deu no
Japão e seguindo a Itália, Alemanha e países do oriente médio, como Israel. A
catástrofe era mortal. No Brasil, os de maior parte das pessoas teve sorte e se
esconderam em uns cubículos feitos do chão onde se trancaram em buracos por
demais profundos. Esses buracos existiam em Natal e em alguns municípios
distantes da cidade
O imenso Meteoro do tamanho da
Terra ou até maior acercava-se a extrema velocidade, tonando paca a luz do sol
a não permitir atravessar atmosfera. Na África, era tudo escuro como também
para o note e oeste da Terra. Na Base Aérea tudo estava às escuras. Os aviões
suspenderam seus voos e se guardaram nos hangares subterrâneos. Na rua, o povo
aclamar.
Gente
--- Meu Jesus! Já é noite! – dizia
uma mulher
Homem
--- É escuridão total. Vamos
morrer! – alertava o homem
Menino
--- Mãe! Ela o trovão! – dizia um
menino
Rapaz
--- Que trovão seu burro! É um
negócio do outro mundo. – falou com rispidez
Era plena tarde. Mas em Natal, era
plena noite. Nos túneis que teve possibilidade de chegar, procurou lanternas,
maquinas de força e outros objetos luminescentes. A escapada era para algumas
pessoas, como cientistas e oficiais da Força Aérea. Os demais militares se
abrigavam em outras trincheiras. Alguns levavam seus familiares. A população em
si, ficava à deriva. No Jornal “Primeira Página”, o seu diretor conseguiu
permissão para se agasalhar em trincheiras das Forças Armadas com o seu pessoal
da redação. Algumas pessoas desistiram da ideia e resolveram escapar para
cidades do interior do Estado. Apesar de tudo, era evidente não ter escapatória
para quem ficasse. Wanda Sansone, seu companheiro Jonas, a filha desse, senhorita
Carla, e o pai de Jonas se abrigaram em um túnel profundo feito no meio do
chão. Era tudo um horror tornando impacientes todos os militares da Marinha,
Aeronáutica, Exercito e Policia Militar. Naquele brutal instante, os vândalos
se esconderam em locas de pedras e findaram tragado pelas ondas do mar revolto.
Os Bombeiros largaram de mão as suas buscas deixando para trás os corpos
apodrecidos das vítimas da tragédia. Mesmo assim, vários deles perderam a vida.
Não demorou nem tanto quando o
Meteoro tragou toda a Terra de uma só abocanhada. Fogos, águas, cinzas foram o
princípio do fim. O Meteoro vinha com toda a força para agarrar a frágil Terra.
E foi assim que se sucedeu, por certo. A cada passo, a Terra foi sendo toda
devorada. Mesmo os picos mais elevados dos montes, foram destroçados pela ação
catastrófica do monstro do espaço. Tudo não passava da luta entre a fera
destruidora e um verme sem noção. A Terra, com seus 4 bilhões de anos e 500
milhões de anos, estava enfim fadada ao fracasso diante da poderosa força
desastrosa desse misterioso Meteoro exterminador. A escuridão se aplacou por
todo esse mundo como uma serpente vital. Esse é o mistério geológico deixado
sobre as criaturas ainda com vida embutidas nas cercanias do sem fim. Quanto
avançava o tempo, mais a escuridão colhia o medo dos agasalhados em furnas
feitas em labirintos no meio do chão.
E passaram os dias, meses e talvez,
anos. Gente morta nos buracos feitos no chão amargo. Entre restos de cadáveres
insepultos, uma mulher dos seus bons anos desejou furar uma brecha para ver se
a claridade voltara a imperar. Nem sabia a quanto tempo estava internada
naquele lugar. Uma vontade e uma forma de caminhar para sentir algo com a brisa
fez a mulher se arranjar. Após tempos passados, a mulher chegou até uma trágica
sombra. Logo após, a luz. E brilhou a luz. A mulher sepultada em um subterrâneo
profundo para onde caminhara se alegrou de estar viva.
Mulher!
...Luz! Luz! Luz! – gritava cheia
de alegria ao contemplar aquela surpreendente luminosidade
A vida após a morte. Essa mulher
estaria morta diante de fabulosos anos sepultada. Um dia, a mulher despertou de
um verdadeiro sono profundo e caminhou para buscar a luz. A luz que não lhe
chegava. E assim vagou pelos esconderijos da Terra, devora há anos por um
gigante meteoro. Ela não mais existia, por certo. Morrera quando a Terra foi
sufocada de gigante meteoro. Porém, certa vez, ela despertou do seu profundo
sono. E tão logo despertou, procurou achar um caminho para a luz e então sair
das trevas misteriosas e inquietantes. E quando visitou a casa dos vivos se
deparou com aquela luminosidade onde tudo era belo. E foi assim que ela gritou
per ter visto a luz.
Naquele momentâneo instante, uma
forte voz lhe perguntou:
Voz
--- Onde estás, mulher? –
A mulher se virou e quis saber;
Mulher
--- Quem fala? - se assustou
Voz
--- Um alguém do passado. –
Mulher
--- Virgem! Quem? – se assombrou
Voz
--- Tu já morreste. E agora vem
para a parte superior dos mortos. – relatou
Mulher
--- Quem? Você está morto? -
indagou
Voz
--- Tu estás morta. Eu te digo! –
disse a voz
Mulher
--- Eu? Mas não é possível! Morta?
– falou procurando se apalpar em seus braços
Voz
--- E agora tu estás à procura de
uma nova vida após a tua morte. –
Mulher
--- E como estou falando? –
espantou.
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