sábado, 20 de junho de 2015

LAÇOS DE TERNURA - 19 -

- DESASTRE -
- 19 -
DESASTRE -
De retorno a sua moradia, Dalva Lopes com o garoto José Patrício, filho da senhora Noêmia, conversava para distrair falando ser naquela hora ter a sua mãe melhor condições de vida, pois o médico que atendera era o melhor de todo o território brasileiro e ela mantinha confiança em tudo o que ele fazia em qualquer um dos pacientes. O garoto manteve-se calado, pensativo no hospital e na sua mãe, um derradeiro estado de vida. O automóvel avançava com toda pressa até o ponto do destino. Dalva saltou do carro e chamou o garoto para poder entrar na habitação. Logo em seguida, viu o seu amado filho de braços abertos e sorriso abertos e com isso ela se abraçou a Ciro. A madrinha do menino, estava contente e ao mesmo tempo preocupada. Por isso, indagou:
Sorvetinho;
--- E dona Noêmia? – Indagou surpresa.
Dalva
--- Já está no hospital. O garoto fica aqui. Eu vou ver se ele tem algumas vestes. – Dialogou
Sorvetinho
--- Ele não pode ficar lá? – Estranhou.
Dalva
--- Só na hora de visitas. – Afirmou.
Sorvetinho
--- E que dorme com a mulher? – Indagou
Dalva
--- Tem enfermeiras. E o médico ainda precisa diagnostica a situação. – Respondeu.
O garoto José chorou pela ausência de sua mãe e pediu a mulher Dalva Lopes para deixa-lo voltar ao Hospital naquele instante. Dalva o ouviu disse apenas que ele voltaria à tarde.  E indagou se ele estava com mudas de roupas.
José.
--- Tenho uma muda. E está com minha mãe. – Respondeu.
Dalva:
--- Está bem. À tarde a gente vê isso. Agora, você vá tomar banho e depois, o almoço. – Falou com calma.
Walquíria falou para o garoto onde era o banheiro e tinha rompa limpa para a troca.
Sorvetinho:
--- Não se preocupe. Tudo se ajeita. Tome seu banho. – Sorriu a madrinha de Ciro.
A televisão estava ligada e um locutor de uma notícia de cunho nacional.
Locutor:
--- Urgente! Um avião caiu no mar. Todos os seus ocupantes morreram. O aparelho vinha para Natal. Detalhes: em instantes. – E terminou a fala.
Sorvetinho:
--- Quem foi? – Veio correndo para ouvir a notícia.
Dalva:
--- Não deu detalhes. Vamos esperar. – Falou a mulher enquanto trocava de roupas.
Sorvetinho:
--- Vinha para Natal? Quem vinha? – Indagou alarmada.
Dalva
--- Deve ter sido um avião de passageiros. Ele não informou. – E sacudiu suas vestes levando o seu menino.
Nesse ponto, o velho da enxada estava rumando para fora da casa levando seu carro de mão com os entulhos recolhidos. Ao sentir a presença de dona Dalva, o velho afirmou a notícia data na reportagem.
Ancião
--- Foi o Governador e um punhado de gente. – Afirmou.
E assenhora Dalva ficou alarmada com a notícia dada pelo ancião tendo então indagado:
Dalva:
--- Como o senhor soube? – Perguntou curiosa.
Ancião
--- Um repórter de uma rádio. Em instantes ele falou. Essas coisas correm o mundo. – Relatou.
Dona Dalva Lopes voltou correndo para dento de sua habitação e alteou um pouco o televisor dizendo depois a Walquíria ter sido o desastre com o Governador do Estado. De imediato telefonou para residência de José Afrânio sabendo de algum detalhe a mais enquanto buscava a Assessoria de Impressa do Governo sabedora da tragédia da autoridade máxima do Estado. A primeira ligação deu certa. E Dalva indagou sobre a situação vexativa. Quem atendeu foi de Zequinha. E falou:
Zequinha:
--- Olá. Como vai. Eu soube. Algum detalhe a mais? – Indagou.
Dalva
--- Não. Não. Não. Estou estarrecida. A televisão deve dar maiores detalhes. Eu procuro comunicado com a Assessoria de Imprensa, mas só dá ocupada. Qual é o outro telefone? –Indagou preocupada com o noticiário.
Zequinha
--- Não se desespere. Morreu, morreu! Agora é se substituir. – Respondeu a gargalhar.
Dalva:
--- Seu José. Não é isso. Ai meu Deus. Estou ao desespero. – Disse a mulher.
Zequinha:
--- Ele estava te devendo? – Perguntou sorrindo
Dalva:
--- Não. Mas é uma autoridade! – Lamentou.
Zequinha:
--- Mas o seu substituo já está tomando posse. – Gargalhou
Dalva:
--- Infâmia. Isso é infâmia. – E desligou o telefone.
Após o almoço, Dalva Lopes saiu de sua casa em companhia do garoto José Patrício e a sua comadre Walquíria tomando conta do seu filho amado, Ciro até as lojas de roupas para adquirir algo para o garoto antes de voltar ao Hospital. Foi um tempo imenso gasto com a busca de calças, ceroulas, camisa, meias e sapatos. Umas, davam acochadas. Outras, folgadas demais. E assim passou a tarde inteira em busca de algo que pudesse dar no garoto. Quando eram cinco horas, tudo arrumado, a mulher rumou para o Hospital. No caminho se ouvia notícias da morte do Governado e assessores além de gente simples vinda com as autoridades.  No Palácio, tudo estava em desordem pois não se sabia ao certo como foi o acidente. Os aviões de busca seguiam a procura do avião caído ao mar e nada foi resgatado. Lanchas e corvetas da Base Naval estavam em curso na vista de algum vestígio do avião acidentado.
Dalva:
--- Nossa! Esse negócio já está enchendo! – Disse a mulher, angustiada.
Sorvetinho:
--- Danado é se encontrarem hoje! – Falou a moça.
Dalva:
--- Não tem nem perspectiva. – Relatou mulher
Sorvetinho
--- E as pessoas só dizem a mesma coisa. – Argumento solitária.
Dalva
--- Eles vinham de onde? – Perguntou a mulher.

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