quarta-feira, 10 de junho de 2015

LAÇOS DE TERNURA - 06 -

- MESOPOTÂMIA -
= 06 -
CRIANÇA -
As três mulheres e a criança entraram para o interior do apartamento e deixaram fechar a porta fazendo um leve ruído. Sorvetinho com a criança ao colo, a sua irmã, Amanda, a acompanha e a futura mãe a olhar o menino sem saber o que fazer daquele instante à frente. A sua cabeça rodava e Dalva a perguntar repetidas vezes
Dalva
--- O que eu faço, agora? – Indagava indecisa.
Amanda
--- Batize-o e registre. – Responde a sorrir.
Sorvetinho
--- Eu vou ser a madrinha. – Assinou despachada como querendo afagar a criança
Amanda
--- E o padrinho? – Indagou impaciente
Dalva.
--- Que nome eu ponho? – Indagou confusa
Sorvetinho
--- Ciro. Esse é o nome. Ciro, o Grande! Já pensou? – Indagou a moça a sorrir balançado o bebê
Dalva
--- Ciro? – Perguntou indecisa
Amanda
--- Vejamos a folhinha. – Correu para a folhinha no quarto.
Dalva
--- Ciro. Oficial militar. Religião: Católica. Irmão de Salomão. Nascido em Dara, Mesopotâmia. É o que diz. – Falou de olhos compenetrados
Amanda
--- Mesopotâmia, a sede do primeiro Governo da Terra. Os Sumérios. – Relatou com ênfase.
Dalva
--- Pode ser.  Mas não diz isso aqui. – Apontou para a folhinha.
Amanda
--- Tem outro? – Indagou curiosa
Dalva
--- Eu pensei em Enzo. Gigante, o Vencedor. No Brasil se traduz para Henrique, o Príncipe. – Falou com certa dúvida
Amanda
--- Pode ser também. Henrique V, filho de Rei, governou a Inglaterra e fez parte da dinastia de Lencastre. –
Dalva:
--- Sorvetinho! O que você acha? Ciro ou Enzo? – Indagou indecisa.
Sorvetinho
--- P’ra mim tanto faz. Eu vou ser a madrinha, e pronto. – Disse a moça acalentado a criança
Amanda
--- Espere. Vamos tirar na aposta. – Então a mulher procurou uma tigela.
Dalva
--- Aposta?  Tirar o nome da criança na aposta? Isso nunca! – Vibrou a mulher exaltada.
Amanda
--- Então, qual o nome? – Perguntou ostensiva
Dalva
--- Enzo. Quer dizer: Ciro. Esse é o nome da criança. – Decidiu resoluta.
Amanda
--- O registro nós vamos tirar amanhã. Tem que passar por um médico. Ele dá o certificado. – Declarou
Dalva
--- Médico? Eu tenho que ir ao médico? – Indagou preocupada
Amanda:
--- Ah tem. Mas, isso eu cuido. Tem um médico da família. Coisa rápida. Deixa comigo. Eu venho logo cedo. Nós iremos. – Declarou de uma só vez.
Sorvetinho
--- Ah. Eu vou também. E nem tenho roupa para trocar. – Comentou desiludida.
Dalva
--- Eu te empresto as minhas. Com isso, não se vexe. – Comentou.
Amanda
--- A senhora não diga nada. Deixa comigo. –
Sorvetinho
--- Eu vou dormir aqui. Hoje e sempre. – Relatou a moça.
Amanda olhou de imediato para Dalva como a indagar:
Amanda:
--- Que achas? – Perguntou.
Dalva
--- Está bem. Estou atônita com tudo isso. Não sei mais o que se faça. – E foi segurar o seu filho
Amanda
--- Já amamentou no passado? – Indagou
Dalva
--- Não. Nunca fui mãe. Não sei nem segurar crianças. – Declarou desiludida
Amanda
--- A minha irmã também nunca foi. E segura o bebê como se fosse uma mãe de 20 filhos. – Gargalhou
Sorvetinho
--- Ora Amanda. Você acordou o rebento com sua risada. – Aludiu com antipatia.
Amanda
--- Que nada. Esse menino dorme mais de 18 horas por dia. – gargalho de novo
Dalva
--- É melhor não fazer sustos ao bebê. Eu não sei de nada recém-nascidos. Eu sou leiga de cabo a rabo. – Declarou a nova mãe.
Amanda
--- Mas tem revistas que ensinam todos os modos de cuidar da criança. – Explicou
Sorvetinho
--- Que livro que nada. É segurar e pronto. – Disse a nova madrinha
Amanda
--- Tem, sim. Quer dizer a mim? – Indagou embrutecida.
Dalva
--- E depois quem cuida do neném? É que eu trabalho. Como se faz? – Perguntou atrapalhada
Sorvetinho
--- Eu não já disse que cuido? Se disse está dito? Banho de sol, roupinhas. Aliás eu seu farmacêutica. Lembra-se? – 

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