terça-feira, 23 de junho de 2015

LAÇOS DE TERNURA - 22 -

- FENÔMENOS -
- 22 -
ESPÍRITO -
Apesar da chuva intensa caída logo à noite, mais que 8 horas, mesmo assim, Dalva Lopes Baldo esteve na residência de Amanda quando se lembrou de indagar se a moça de tinha mesmo a conclusão de enfermagem porque havia a possibilidade de se levar a paciente Noêmia para outro centro. A recomendação foi feita pelo próprio especialista, o doutor Orta. Ao conversar com o médico, esse aventou a possibilidade de se transferir a paciente para outro centro mais adiantado. Na verdade, Dalva sentiu deveras preocupação em ouvir essa alusão ao definir ser a mulher de condições miseráveis. Já perdera um marido e dois filhos. Naquele momento se tratava com chá do mato.
Dalva:
--- É essa a condição de Noêmia! – Mostro a mulher com temor.
Amanda
--- É essa a possibilidade? Tem gente aqui em pior situação. Câncer, mata. Ninguém duvide! – Reclamou a enfermeira.
Dalva:
--- Eu sei. Disso, eu sei! Mas. ...- quis dizer algo e parou.
Nesse momento alguém bateu à porta.  Foi tao forte que assustou as duas mulheres. Nesse momento, José Afrânio se acercou para ver o desesperado. Ao chegar à porta viu um oficial e dois militares da Aeronáutica. Ele pensou estarem os militares perdidos no temporal. E indagou:
Zequinha:
--- Pois não! Que deseja? – Indagou cauteloso.
Militar
--- Eu procuro o senhor José Afrânio! É o senhor? – Indagou em meio a capa que o cobria.
O velho olhou para e jeep e viu um motorista sentado na boleia olhando em frente. E respondeu de modo precavido.
Zequinha:
--- Sim, sou eu. Em que posso servir? – Respondeu o ancião.
Militar
--- Com licença! Eu vou poder entrar em seu recinto? – Indagou com capa e tudo.
Zequinha:
--- Claro. Claro. Pois não. Desculpe-me pela demora. – Respondeu o ancião abrindo a porta de entrada.
E o militar penetro na sala cumprimentado as duas moças. Sacudiu a sua capa e olhou para o ancião pedindo desculpas pela tragédia ocorrida.
Militar;
--- Estou todo encharcado. Mas, a conversa tem outro estilo. Bem. Eu vim aqui a pedido do Major Souza. Ele pediu ao senhor o seu obsequio e poder ajudar em uma causa. Sim? - Adiantou.
Zequinha:
--- Sim. Pois não. Que causa? – Indagou surpreso.
Militar;
--- É difícil até contar. Mas, vamos lá. O senhor tem certos poderes de ver alguém...que já não vive? – Perguntou assustado.
Zequinha;
--- Gente morta? É claro! Aqui tem uma porção! – Sorriu ao responder.
O militar se assustou olhando para um lado e para outro. E, depois, sorriu com a cara de quem não gostou a pilheria.
Militar:
--- Certo. Certo. E. ...agora não sei mais o que diga! Mas de qualquer forma, o Major pede a sua presença na Base. É possível? – Indagou temeroso
Zequinha olhou os demais militares e, levou alguns segundos para indagar.
Zequinha:
--- Quando? – De sua vez, perguntou.
O militar coçou a cabeça para poder falar.
Militar:
--- Se possível, ainda hoje. – Falou o homem coçando os seus olhos.
A moça Amanda se levantou de imediato e veio até onde estava o seu avô. E falou.
Amanda:
--- Vovô, cuidado! O que esse major deseja, heim? – Indagou com dúvidas.
O militar, talvez um tenente, observou a moça e por alguns instantes, ficou mudo. Em certo tempo, o militar voltou a falar.
Militar
--- Sabe, senhora. Eu não tenho palavras para dizer. Mas, pelo que eu soube, é o caso do avião. Ele sumiu de uma maneira incrível. É isso! – Lamentou o militar.
Amanda:
--- Sumiu? O Governador sumiu? Quer dizer: Não se sabe onde o avião está? – Quis saber.
Militar.
--- Não. Bem. Sim. Mas não é possível buscar o resto da aeronave. Talvez se existe “resto”. Declarou o oficial militar.
Amanda:
--- Meu avô não sabe nada! Pronto! Estamos conversados! – Respondeu com ira.
Zequinha:
--- Espere, filha. Tenha calma. Calma. Ouviu? E o que tenho a fazer, senhor? – Quis saber.
Militar
--- Talvez o senhor encontre os destroços ou fale com …. As Almas dos mortos. – Explicou temeroso.
O ancião gargalhou e depois respondeu:
Zequinha:
--- Isso eu posso fazer aqui. Não é preciso de Base. Mas, de qualquer forma, eu vou, de preferência, agora. – E saiu para pegar sua capa e a bengala.
Amanda:
--- Ah. Eu vou também! -  disse a moça cheia de preocupação.
Nesse pondo, surgiu a mulher do ancião, dona Odete Beraldo. E indagou com estranheza.
Odete:
--- Para onde você pensa que vai, seu velho manco? – Indagou a mulher de forma com espanto.
Zequinha
--- Ora! Vou sentar praça. – E gargalhou.
Odete:
--- Praça? – Indagou estranhando.
Amanda:
--- Não se preocupe, minha avó. Eu estou com ele. – Disse apressada
Dalva
--- Ele está indo para a Base. Questão do acidente com o governador. – Falou com cautela.
Odete:
--- E o que ele sabe? – Indagou surpresa.
Dalva
--- Coisa de espiritismo. – Explicou baixinho
Odete:
--- Espiritismo? – Indagou surpresa.


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