- GAROTO NA PRAIA -
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A PRAIA
O garoto ficou calado por certo
instante talvez por não saber explicar a questão ou só ouvir falar dos efeitos
da Lua nas ondas marinhas quando essa estava na vez de chamada Lua Cheia. Não
combinação com o Sol, a Terra chamava a Lua e, isso, fazia com o qual se
costuma falar é a força da lua. Até mesmo os animais sentem esses efeitos em
sua visão, quando chega a noite cruel. Há que diga ser a Lua o mau dos loucos,
bêbados e desnorteados. Em suas habitações, os homens sentem mais a aflição por
parte da mulher quando a Lua é mais forte. A Lua Cheia, à noite com um temor do
mar remoto. Dalva bem sabia disso tudo, pois concluíra seu curso de Astronomia,
certa vez. E, assim, ficou intrigada com a alegação do garoto.
Dalva
--- A Lua não tem nada a ver com
isso! – Relatou a mulher e esperou um pouco.
O garoto, desconfiado, com a
cabeça levemente abaixada, olhou para Dalva por baixo da vista e alegou de
outra vez e forma.
Garoto
--- Os cachorros rosnam quando a
Lua vem para cima deles. – Falou meio inconsciente.
E a mulher ficou desnorteada com
o que disse o menino.
Dalva
--- Cachorros? Só se for o seu.
Ora! – Pontificou a mulher
Sorvetinho:
--- Verdade! Eu vejo! – Relatou a
moça tomada de susto.
Dalva
--- Mas eles latem por outra
coisa. E não por causa da Lua.- comentou a mulher
Garoto
--- E ficam malucos. Isso, sim. –
Disse mais o menino
Dalva
--- Isso tem uma certa ligação.
Há a possibilidade de cães e gatos sofrerem os efeitos da Lua. Mesmo assim os
estudiosos estão a verificar o assunto. Malucos? Eu não posso afirmar, com
certeza. - Disse a mulher a pensar.
Garoto
--- E a sereia? – Indagou.
Dalva
--- Sereia? O que tem a ver? –
Perguntou um tanto com cisma
Garoto
--- Ela não canta? – Perguntou
com dúvidas.
Dalva:
--- Isso é lenda. O navegante
ouve música maravilhosa, melodia incrível e procurar ver, então. Mas não encontra[aa1]
nada. E diz ser a Sereia. É só. – Relatou a mulher.
Garoto
--- Meu avô viu uma sereia. Ela
cantava. Foi. – Disse o garoto desconfiado
Dalva
--- Você já leu a Bíblia? –
Perguntou a mulher
Garoto
--- Bíblia? Não. Também não sei
ler. – Destacou.
Dalva
--- Há sim. Mas a Bíblia tem
vários relatos. Por exemplo: Dilúvio, Criação do Homem, Deus, Moises. Tudo isso
é lenda. Sabe o que é lenda? – Quis saber.
Garoto
--- Não senhora. - Respondeu
Dalva
--- Histórias. Por exemplo:
Moises. Sabe quem foi Moises? – Perguntou de novo.
Garoto
Dalva
--- Não. Esse não. É outro. Aliás,
ele nem existiu. Quem existiu foi outro homem. Seu nome era bem diferente.
Agora, todo mundo chama de Moises. Sabe? Mas isso é lenda. Pura lenda. Quer
dizer: invenções. Você já ouviu um tocador de viola? – Quis saber.
Garoto
--- Eu faço uma viola. Quer ver?
– Indagou sorrindo.
Dalva
--- Não é preciso. Mas você sabe
cantar? Espere. Cante um pouco. – Prosseguiu
com cautela.
E o garoto iniciou a cantoria
apesar de não ter viola ao seu lado. Nem banjo e nem cavaquinho. Era ele só.
Apenas só. E cantou uma embolada. Sem ter ao menos um toque para o acompanhar
de certo. E logo após, o garoto se lembrou de uma cana de mamão. Foi até um
mamoeiro e arranjou um talo. Então solfejou tendo largado a cantar e tocar como
se toca uma flauta desafinada. Após uns breves acordes, o garoto sorriu sem
mais falar.
Dalva ouviu o solo do garoto e,
quando acabou, ela sorriu e aplaudiu de contente. Após um breve instante, o
garoto falou
Garoto
--- E tem mais outras. Quer? –
Perguntou o menino.
Dalva
--- Cante. Cante. Por favor. –
Disse a mulher cheia de plena alegria.
O garoto, então, após solfejar,
iniciou a cantoria em combinação com a dança e seus atentos requebrados. E
dançou, e dançou até o solfejo cair de maduro com a dança dos pés. Após esse
ritmado, o garoto sorriu e agradeceu por sua cantoria desajeitada. Uma salva de
palmas por parte de Sorvetinho e Dalva Lopes eternizou o conteúdo do tempo.
Sorvetinho
--- Você já foi a Natal, meu
garoto? – Sorriu a moça.
Garoto.
--- Nunca. Eu vendo tapioca,
aqui, quando aparece alguém. – Respondeu com resignação
Sorvetinho:
--- Mas você pode ir qualquer
dia. Pense nisso. – Dialogou.
Garoto
--- Vou pensar. Mas que vai
cuidar daminha mãe? – Indagou cabisbaixo
Sorvetinho
--- Ela está doente de não se
locomover? – Indagou.
Garoto
--- De o que? – Indagou para
poder responder
Sorvetinho
--- Andar. Andar. Quero de ser. –
e fez o gesto de quem anda com os próprios dedos das mãos.
Garoto
--- Bem. Eu não sei. Ela anda
dentro de casa. A doença não deixa ela sair para a rua. Ela está muito mal.
Qualquer dia ela morre. – Chorou o garoto sacudindo a sua flauta no mato
Dalva
--- Não seja pessimista. Ela vai
curar de vez, meu garoto. – Respondeu a mulher abrandando o garoto
Sorvetinho:
--- Com é o seu nome? –Perguntou a
moça para não desnortear o garoto.
Garoto
--- José. Meu nome? José. José Patrício.
Esse nome. – Fez ver.
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